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29/07/2015

O ORGULHO-FERIDO REVELA QUEM SOMOS






Será que os bons são realmente bons? O que é bondade, senão soma de virtudes? E como um mal qualquer seria capaz de tornar reativa no mal uma pessoa virtuosa, que aprendeu a tolerar, a perdoar, que desenvolveu valores de humildade?

Ora, se um mal exterior me faz expor um interior apodrecido pelo desejo do revide, poderia eu, em sã consciência, julgar-me bom?

Dizer “sim” seria como assumir que o mal destrói as virtudes já conquistadas, transformando os bons em maus. Num primeiro golpe de vista, parece mesmo ser isso o que vemos acontecer na convivência em sociedade.

Mas será que somos mesmo bons como nos julgamos ser?

Refletindo, percebemos se somos bons apenas quando recebemos o bem, ou mesmo recebendo o mal, esse mal não se torna um sentimento de reação maldosa dentro de nós.

Se não somos capazes de impedir que o mal fora se torne um mal dentro de nós, é evidente que não possuímos, pelo menos não em caráter suficiente, as virtudes que caracterizam a bondade.

A convivência é imensa escola do aprendizado, pela divergência, cujo fim é nos fazer desenvolver as virtudes que, pela falta, nos mantém presos a um mundo de “injustiças”, que são as provas ou as expiações dos nossos erros pretéritos.

Mas, ora, como aperfeiçoar qualquer virtude sem vivenciar o seu contrário? Como se tornar tolerante sem os testes que fustigam a intolerância? Como aprender a perdoar sem lidar antes com muitas situações de ofensa? Como podemos nos dizer bons se, ao primeiro contra-gosto nos tornamos maus como aquele que nos feriu?

Que bênção é a reflexão, não é?! A razão e a fé são os elos entre o Homem e Deus.

Se a causa do mal que sofremos não se encontra na vida presente, é preciso buscá-la numa precedente.

E, não há verdadeiras injustiças! Colhemos sempre aquilo que semeamos, e negar este princípio é negar a Deus, que é a bondade e a justiça infinitas.

Coragem, irmãos! É preciso mais coragem para vencer a si mesmo do que para revidar o ataque dos outros. A porta é estreita, e o orgulho por ela não passa.

O orgulho nos faz pensar que somos bons; mas o orgulho-ferido revela quem nós somos.

“Só há dois tipos de homens: os pecadores que se veem justos, e os justos que se veem pecadores” (Pascal)


Pensemos nisso.


Sentido da Luz


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