.OKEY CABOCLO!

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OKEY CABOCLO!

25/10/2017

ORAÇÃO DO AMOR PRÓPRIO






“Com carinho eu me cuido e me amparo a cada passo, a cada queda.

Sei que minha força se refaz no meu tempo e nele meu coração celebra.

Que eu não me critique ou me culpe, drenando assim minha própria energia.

Que eu saiba respeitar o meu tempo de florescer a cada dor, que eu possa também me permitir a alegria.

Que antes de cuidar do outro, eu olhe para a minha vida, regue o meu jardim para que a doação não me deixe um buraco e eu me sinta depois dolorida.

Que eu não abandone a mim mesma, esperando que alguém venha me salvar, ao invés disso que eu saiba me olhar com amor e me curar.

Que eu saiba primeiro me encontrar antes de me doar.

Que eu possa respeitar os meus próprios limites e aprender a dizer não, quando essa é a minha real vontade e direção.

Nos erros que cometo, que eu possa me olhar com todo amor e compaixão, pois sei que faço e dou o meu melhor, que eu aprecie a auto gratidão.

Em cada Alegria celebro a grandeza de ser quem sou, sem querer ser uma imagem que pintaram de mim, pois esse tempo acabou.

Com carinho eu me curo e me amparo a cada passo, a cada queda. Sei que minha força se refaz no meu tempo e nele meu coração celebra.”

[ Eu me abençôo a cada instante no que EU SOU!]

Meire Oliveira


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22/10/2017

Mérito Intransferível





" A maior fraqueza, mas que a espécie humana acredita ser a sua maior força, é a aceitação mútua de que a vida é medida pelo que recebemos, não pelo que damos."


Filhos, estais convictos de que, para os trabalhadores, o mérito do trabalho é pessoal e intransferível.

Quem obedece e realiza lucra mais do que quem simplesmente ordena, negando-se a ombrear com os companheiros que disputam o privilégio de servir.

Sem dúvida, quem idealiza o bem, ensejando a outros oportunidade de concretizá-lo, cumpre elevada função entre os homens, não olvidemos, no entanto, que deve ser de seu interesse o envolvimento direto nas tarefas que planeja.

Quem fala e ensina o caminho acende uma luz, mas quem ouve e se
dispõe a percorrê-lo ilumina-se com ela.

Digo-vos assim, a propósito de quantos costumam se queixar das
inúmeras atividades que são convidados a desempenhar na casa espírita...

Quantos não são os que se sentem sobrecarregados espiritualmente, chegando mesmo a se imaginarem explorados na boa vontade que revelam?

Quantos não são os que se afastam, por serem concitados a efetuarem, constantes doações pecuniárias, em face das despesas inevitáveis para que o trabalho seja sustentado?

Não acrediteis, sob qualquer pretexto, que a vossa bolsa, em nome da caridade, se abre para poupar aqueles que ainda demonstram excessivo apego aos bens materiais e tampouco admitais que, lavrando o campo do espírito, alguém vos seja capaz de substituir no rosto o suor que devereis verter por vós mesmos...

A Contabilidade Divina, que jamais se equivoca, se debita em vosso nome o que passastes a dever aos cofres da Divina Providência, credita em vosso benefício tudo quanto vos advém do próprio esforço.

Não vos canseis, pois, e nem vos desalenteis, quando, porventura, pesar um tanto mais sobre os vossos ombros o lenho das obrigações espirituais que abraçastes, voluntariamente, ou que vos foram delegadas por aqueles que se renderam ao comodismo.

Recordai-vos das inolvidáveis palavras do Cristo:

"O Filho do Homem veio para servir, e não para ser servido".

Por conseguinte, somente quem serve desinteressadamente conhece a alegria íntima que o serviço do bem pode proporcionar.

Filhos, agradecei aos Céus a oportunidade de já terdes sido admitidos na vossa presente romagem terrestre, como os últimos dentre os últimos servos do Senhor, dando assim inicio à jornada de vossa ansiada redenção espiritual.



Bezerra de Menezes


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Cada pessoa que você conheceu em sua vida foi pelo motivo de 5 razões cósmicas






"Os milagres existem para quem tem olhos que sabem ver a sabedoria amorosa própria do que é divino.

Do que transcende. Do que escapa a nossa lógica, tantas vezes sem coração.

Todo encontro que verdadeiramente nos toca é uma espécie de milagre num mundo de bilhões de seres humanos.

Algumas pessoas a gente nem imaginava que existiam, mas, Deus, que agrado bom é para a Alma descobrir que vivem. Que estão por aqui conosco.

Pessoas que fazem muita diferença na nossa jornada, com as quais trocamos figurinhas raras para o álbum da nossa história."


Ana Jácomo

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Cada pessoa que você conheceu em sua vida foi pelo motivo de 5 razões cósmicas


O Universo em que vivemos funciona de maneira misteriosa. Há um caos nas complexidades do seu funcionamento e, no entanto, tudo está equilibrado.

Pode-se dizer com razão que nada neste Universo acontece por acaso. Mesmo os incidentes mais insignificantes acontecem conforme planejado e servem para um propósito maior.

Tudo o que acontece é uma manifestação do cosmos.

Nossa jornada na vida não é um passeio suave. Há altos e baixos. Algumas estradas são difíceis e outras não são.

A vida é um mistério onde todas as experiências possuem igual importância e valor. Temos a sorte de que o Universo acompanhe nossa jornada.

Ao longo desta jornada, conhecemos pessoas diferentes que desempenham diferentes papéis e servem para diferentes fins. Alguns nos ensinam certas lições de vida, enquanto outras não nos deixam um impacto duradouro.

Algumas pessoas devem permanecer conosco para sempre, enquanto outras pessoas não. Mas mesmo as pessoas que conhecemos e logo se vai, não é por acaso!



Estes são os 5 tipos de conexões cósmicas que provavelmente encontraremos em nossa jornada:


1. Aqueles destinados a nos despertar.


Há momentos em nossas vidas em que encontramos pessoas que são agentes de mudança. Elas caminham por nossas vidas para iniciar direta ou indiretamente algumas mudanças.

Apenas a presença dessas pessoas nos faz conscientes de que não podemos avançar na vida, a menos que efetuemos certas mudanças. O universo tem suas maneiras de resolver essas coisas.

Essas pessoas vão despertar seu potencial inativo interno que teria ficado adormecido se você permanecesse preso.


2. Aqueles que nos lembram

Às vezes, na vida, encontramos pessoas que passam somente para nos lembrar dos nossos objetivos. O único propósito de tais interações é nos ajudar a permanecer focados em nosso caminho na vida.

Essas pessoas nos lembram quem somos e o que realmente queríamos desde o início.


3. Aqueles que nos ajudam a crescer

Algumas pessoas nos ajudam a crescer como pessoa. Elas estão ao nosso lado, como um guia, em nossa jornada pela vida. Elas podem nos prejudicar ou nos convidar para uma aventura, para enfrentarmos algum desafio.

Elas nos mostram o nosso caminho quando parecemos não saber o caminho certo. Elas nos ensinam coisas que somos incapazes de aprender por nós mesmos.

Essas pessoas nos forçam a crescer.


4. Aqueles que nos reservam espaço.

Algumas pessoas desempenham papéis tão insignificantes em nossas vidas que nem nos lembramos de seus nomes. Estas são, principalmente, pessoas que encontramos no metrô ou nas estradas ou em uma casa de café.

Elas são simplesmente destinadas a manter um espaço para nós. Geralmente, são pessoas com as quais conversamos e não temos conexão nenhuma além disso.

Essas pessoas são seus companheiros que o cumprimentam na sua jornada, ou mesmo são fãs da alma pessoal que, inconscientemente, torcem pelo seu bem !


5. Aqueles que ficam.

Apenas algumas pessoas ficarão conosco para sempre. Essas pessoas são raras de encontrar, mas certamente são as mais preciosas.

Eles são nossos amigos íntimos e a nossa família imediata. A maioria deles é membro do nosso grupo de almas, alguns deles podem até ser nossas almas gêmeas.

Essas pessoas são seus parceiros que compartilham a mesma missão ou uma missão, realmente, similar.

Mas quando for a hora certa, o Universo nos enviará aquela pessoa que deve estar conosco para sempre. Esta pessoa é de outro grupo de alma e vem por conta própria.

A presença dessa pessoa na nossa vida faz com que tudo fique melhor. Nós apenas precisamos ser pacientes em nossas tentativas de encontrá-las. Mas, uma vez que as encontramos, elas devem permanecer.

Elas são nossa Chama Gêmea e a força magnética dentro das almas irá guiar um ao outro. Tudo o que você precisa fazer é ouvir a bússola do seu coração!


Fonte : Humans Are Free / Dejan Davcevski
Via: http://www.makia.com.br/cada-pessoa-que-voce-conheceu-em-sua-vida-foi-pelo-motivo-de-5-razoes-cosmicas/



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23/09/2017

José






E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, Você?
Você que é sem nome,
que zomba dos outros,
Você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?

Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?

E agora, José?
sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio, - e agora?

Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?

Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse,
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse...
Mas você não morre,
você é duro, José!

Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja do galope,
você marcha, José!
José, para onde?


(Carlos Drummond de Andrade)



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18/09/2017

[ O TEMPO DO EGO! ]






" O ego Vive no passado e no futuro.

Quando está vivendo no passado, ele vive como um colecionador – “eu tenho isto, mais isto e aquilo outro”. Ele sente uma grande satisfação, porque essas coisas conferem um tipo de realidade a ele e, devido a tais coisas, o ego consegue dizer “eu existo”.

Quando o ego está vivendo no futuro, ele o faz através da ideia de “mais, mais e mais”. Assim, ele vive da memória e também do desejo.

Traga qualquer coisa existencial e o ego logo desaparece. Por isso a insistência para que você esteja no presente, no aqui e no agora. Apenas este momento...

Seja sábio(a), e dispense todo e qualquer pensamento acerca do que agora estou falando. Perceberá que aquilo sobre o qual estou discorrendo não é para ser pensado ou analisado, mas simplesmente visto com intensidade e totalidade..., neste exato momento [no aqui e agora.].


Osho


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02/09/2017

AS DÁDIVAS DA VIDA






"Um outro ser humano é um universo inteiro, um conjunto complexo e rico de possibilidades.

Nós geralmente não reconhecemos plenamente esse fato; nós não nos permitimos ver ou apreciar isto.

No entanto, quando você explora e experimenta a si mesmo mais profundamente, pode ver quanta coisa há em sua consciência - e é o mesmo com todos os outros.

Há riquezas inatas à nossa alma, que nossos relacionamentos podem limitar ou convidar, acontece o mesmo para todas as almas, todos os seres humanos."

- A. H. Almaas, "The Power of Divine Eros".




AS DÁDIVAS DA VIDA 


As vezes a vida nos presenteia com pessoas encantadoras.

Pessoas que só transmitem sentimentos bons.

Pessoas que existem, pois, Deus precisava de ajuda para o seu propósito aqui neste mundo.

Pessoas de coração cheinho de sentimentos bons.

Pessoas de alma pura.

Pessoas que realmente fazem parte da bondade, da ternura, da caridade.

Pessoas que realmente valorizam o simples, mas belo.

Pessoas que são capazes de dar cor a tela vazia que às vezes a vida nos proporciona.

Pessoas que surpreendem com gestos que para muitos são pequeninos, mas para os de coração nobre são de valor inestimável.

Pessoas que aqui estão para fazer acontecer.

Pessoas que são capazes de tudo para transmitirem, que o verdadeiro sentido da vida...

É simplesmente, amar.

Essas pessoas são anjos terrenos dispostas a perfumar o mundo com fragrâncias suáveis e deliciosas de serem sentidas.


A.D.


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O que é uma Firmeza?






A firmeza de uma força ou de um poder, na Umbanda, pode ser feita ao redor de um assentamento ou independente dele.

Firmar um Guia espiritual ou um Orixá significa proporcionar-lhe condições mínimas para que tenha um ponto físico onde receba os pedidos de auxílio, de oferendas, etc..

A firmeza assemelha-se a um assentamento, mas tem menos recursos ou poderes de realização, pois é uma simplificação dele e destina-se a facilitar a atuação das entidades.

Já um assentamento cria um vórtice e um campo eletromagnético que interagem com outras dimensões da vida de forma permanente, sendo em sim, um “ponto de força” localizado nas dependências do Terreiro.

Enquanto isso, uma firmeza cria um ponto de sustentação para as ações da entidade firmada, dando-lhe um pouco mais de segurança para que possa resistir às reações das suas atuações em benefício das pessoas necessitadas do seu auxílio.

Uma firmeza pode ser iluminada periodicamente e pode ser realimentada de vez em quando.

Um assentamento deve ter um dia definido na semana para ser iluminado e realimentado; já uma firmeza deve ser iluminada e realimentada sempre que o seu zelador fizer um novo pedido de auxílio à entidade firmada.

Assentamento e firmeza são similares e a segunda é uma simplificação do primeiro, mas tem as mesmas funções, que é protegerem, sustentarem e ampararem algo ou alguém.


Texto extraído do livro “Rituais Umbandistas – Oferendas, Firmezas e Assentamentos” de Rubens Saraceni – Editora Madras



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Deixe Fluir Naturalmente... Ser Médium






E agora? Sou médium.

Inicia-se uma jornada de aprendizado, prática, perseverança, desenvolvimento e principalmente, é um dos atributos que os médiuns mais deveriam prezar, mas acabam por esquecer, a calma, tranquilidade e principalmente a paciência.

Ninguém precisa correr contra o relógio. Uma vez eu estava trabalhando na grande casa que tenho muito carinho e respeito, que me acolheu em Curitiba / PR, o terreiro Pai Maneco, e incorporado com o amado Preto Velho com quem trabalho, deveríamos nos sentar do outro lado para iniciar os atendimentos, como médium consciente, lembro bem da situação, uma capitã da casa conduzia o Pai João ao seu lugar a passos normais, mas Pai João caminhava curvado, passo a passo, bem devagarinho, e a capitã com toda cordialidade disse ao Pai João:

Vamos até ali, paizinho, e ele calmo e tranquilo, curvado como todo Pai Preto, devido ao peso da irradiação dos Orixás que imantam à esta corrente sorriu e completou: Não tenha pressa minha filha. A pressa é de vocês, não é nossa.

Exatamente. Estava certo o meu amado Pai João.

Somos nós, seres humanos encarnados no plano material que temos pressa e necessidades que não são as mesmas dos espíritos.

O médium iniciante não vê a hora de começar a incorporar e faz de tudo para girar.

Claro que acaba por tropeçar em seus próprios passos e ao invés de deixar-se levar com a tranquilidade e aos passos lentos de um Pai Preto, coloca seu tempo cronológico à frente da manifestação mediúnica.

Basicamente, devemos ter em mente que hoje, grande parte das incorporações são conscientes ou semi-conscientes, com raros casos de apagão geral.

Apagão geral, hoje em dia, só na rede eléctrica.

O médium consciente ou semi, também aprende com as orientações, conselhos, direcionamentos e com a sabedoria dos Exus, das formosas Pomba-Giras, dos Eres, dos Exus-Mirins, dos Caboclos, Marinheiros, Boiadeiros, Ciganos, , dos papais e mamães Pretos-Velhos.

Mais do que "atender" mediunicamente, o médium tem de olhar para dentro e ser uma pessoa melhor a cada dia.

Porque não aproveitar os momentos de sabedoria dos mestres e guias espirituais para olhar para dentro de si, e corrigir aquele pensamento sombrio que ainda possa habitar o coração do médium?

Outro dia, um aluno meu de magia do fogo, que é médium disse: temos que trabalhar para nossos guias evoluírem.

Gente, entendo assim.

Se eles são guias espirituais, eles tem uma missão e é com carinho que praticam a caridade. Nunca ouvi um guia dizendo: ai não. Não acredito que estou aqui de novo.

Claro que quando um guia espiritual atua em benefício de outro irmão encarnado ou não, ele também está caminhando em sua senda pessoal de evolução, mas, mais do que os guias espirituais "evoluírem", quem tem de evoluir, somos nós médiuns.

Para ser médium, não basta incorporar. Tem primeiro de se limpar. É isso mesmo, e não estou falando de tomar banhos, defumar, vestir o branco.

Estou falando de limpar essa sujeira que habita nossos pensamentos, sentimentos, atitudes, ações, mente, corpo e coração.

As sujeiras astrais e energéticas adentram nossos corpos vibratórios e mediúnicos devido às nossas próprias sujeiras que são empurradas para debaixo do tapete.

São os nossos próprios entulhos pessoais que fazem com que portas fiquem entre abertas e permitam que a sujeira externa entre e suje ainda mais, nossos próprios templos (corpo, mente, espírito).

Médium tem de levantar o tapete e recolher toda a sujeira. Não adianta recolher e colocar em sacos de lixo.

Tem de recolher, colocar em sacos de lixo, e transmudar esse entulho todo em energias positivas, pois, se assim não o fizer, esse entulho voltará para dentro de nossos lares, mais hora, menos hora.

Médium tem de olhar para dentro e mais do que falar sobre reforma íntima, tem que praticar.
Quando está incorporando ou está incorporado, tem de anular seu mental e deixar fluir.

Deve esquecer que lá está e que naquele momento tão específico e tão único, ele serve de meio e não é ele que deve pensar, manifestar-se ou agir naquele momento.

É isso mesmo. Médium tem de aprender a se anular por completo e ser sincero consigo mesmo e com o próximo.

O médium tem de honrar a roupa branca, tem de honrar com a responsabilidade e tem de se anular; deixar de ser ele mesmo, em seu corpo carnal, para deixar seus guias se manifestarem e realizarem todo o trabalho, pois ser médium, é ser um meio por onde os espíritos se manifestarão e auxiliarão seus semelhantes.

Ao assumir a condição de médium, há de se assumir com responsabilidade e luz, a condição de ser MEIO e anular seu mental por uma, duas, três horas por semana. Se assim não for, será mistificação.

Médium é um ser, um espírito em evolução e como dizia o Caboclo das Sete Encruzilhadas, com os espíritos evoluídos aprenderemos.

Médium não é um ser supremo e deve por obrigação entender e assimilar esta condição, e consequentemente, aprender, aprender e colocar todos os ensinamentos dos guias espirituais mais evoluídos, para dentro de seu coração.

Ninguém é melhor do que ninguém. Nem o dirigente espiritual é melhor, nem o médium, nem o mais rico, nem o mais pobre. Somos todos seres encarnados humanos, e se aqui estamos, é porque ainda temos muito a aprender e superar.

Quando não sente seu guia espiritual se aproximar e tomar as rédeas, o médium não deve sob nenhuma hipótese, fingir, mistificar, passar a frente e enrolar!

Onde fica a responsabilidade? Onde ficam os ensinamentos dos guias se você assim o fizer?

Se não incorporar, vá tomar um passe e fique ali na corrente, participando como elo de proteção e energia. Aproveite o momento para olhar para dentro de si e pesquisar o que lhe está acontecendo.

Simplesmente, deixe fluir.

Se não Fluir, pare o que está fazendo e vá consultar-se com um guia espiritual.

Para que a energia flua, para que o guia coloque-se em terra, o médium tem de se anular, esquecer que é um ser humano com problemas, com dívidas, com desejos, com vontades, com muito ou com pouco dinheiro.

Médium tem de ser dentro e fora do terreiro, um exemplo de conduta para si mesmo e para os seus semelhantes. Médium é médium dentro e fora do terreiro.

Quando está dentro do terreiro, sua responsabilidade é triplicada, é infinitamente maior, pois as pessoas que ali frequentam, não querem falar com você, mas sim, com seus guias espirituais.

Deixe fluir com responsabilidade, com firmeza e com a certeza que você também é um ser em evolução. Não passe a frente. Não seja quem você não é.

Calma, tranquilidade, amor ao próximo, a si mesmo e principalmente aos amados Orixás são os principais atributos que um médium deve ter para consigo mesmo e para com seus guias espirituais.


Por Eduardo Dammroze - Itu / SP

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Quem é o espírito elevado da sua família?






Toda mãe acha que seus filhos são os mais bonitos, inteligentes, cultos, especiais, diferentes e as melhores pessoas do mundo.

Toda mãe interessada em espiritualidade acha que a sua família tem a maior concentração de iluminados do planeta e que seus filhos são grandes espíritos que encarnaram pra serem avatares. Toda mãe que já leu algo sobre índigos acha que todos os seus filhos são índigos.

As famílias acham que as melhores pessoas do mundo encontram-se todas concentradas em seu meio, principalmente nos filhos.
Apenas olham para o próprio umbigo e só enxergam o que querem ver; um estado espiritual de graça inexistente.Existe uma grande ignorância acerca da verdade espiritual e de como as coisas realmente acontecem na vida real, no plano prático; existe o desconhecimento do processo de encarnação dos espíritos neste plano e principalmente neste planeta.

No mundo todo existem povos que acham que os outros povos são atrasados e precisam de sua ajuda.

Acham que são muito mais evoluídos e conscientes em moral, ética, tecnologia, espiritualidade, leis, democracia, ciência e que os outros povos, os “atrasados”, precisam de seu amparo. 

Se estes outros povos, exercendo sua soberania, não aceitam esta “ajuda”, estes outros povos, que se acham mais evoluídos, impõem esta ajuda à força porque acham que eles “não tem consciência que precisam ser ajudados”. 


O ocidental, mesmo vivendo chapado de gordura, carne, álcool, cigarros, drogas, música entorpecedora e violência, acha que o oriental carece de sua grande intervenção.

Muitas guerras foram formadas assim, com a imposição da “democracia”. Em uma escala menor; as famílias e em uma escala maior; os povos, todos achando que detém o monopólio da consciência global. 
De outro lado, o politicamente correto obriga as pessoas a acharem que não existe ninguém melhor que ninguém. A verdade mostra outra coisa, é só olhar pela janela.

Existem espíritos mais evoluídos que outros e não existe moral alguma no mundo que vá mudar isso.

Existe uma hierarquia cósmica, uma pirâmide de densidade e vibração, onde espíritos mais evoluídos, almas mais velhas que já vivendo e experimentando mais adquiriram mais conhecimento e consciência, se encontram à frente dos outros espíritos, mais jovens, menos experientes, com menos conhecimento e mais longe da luz. Por isso há hierarquia de anjos e de demônios.

Existem espíritos com mais e menos poder. Tudo isso faz parte do grande processo de evolução que ocorre através de várias vidas.A Terra, um planeta sem identidade, reúne em sua grande maioria espíritos baixos, ignorantes e afastados da luz.

Na Terra, um planeta atrasado e involuído, as pessoas não têm consciência mínima do Todo; para elas o que importa é tão e somente a vida delas. Se o outro está bem ou mal tanto faz; o que importa é o próprio umbigo.


[ Aqui cabe um adendo ressaltando a mentira chamada "politicamente correto".

 A verdade, a grande verdade, sobre o "politicamente correto", é que nessa regra de doutrinação social, quanto mais se convencer as pessoas de que elas são e estão bem como se apresentam, menos elas farão para se melhorarem como pessoas, cidadãos, etc., permanecendo em um estado de ignorância facilmente controlável ( leia manipulável.).

Ignorantes e adormecidas com seus egos inflados, as pessoas nada farão por si, pois no "politicamente correto, elas são aceitas como se apresentam" ( Lógico, só no deiscurso, pois tente sair para a vida no dia a dia e veja se é essa a 'lei' que impera nas relações!). Esse é axatamente o objetivo do "politicamente correto!

Costumo dizer, sempre, e repetir: o " politicamente correto" é Humanamente incorreto.]

As pessoas não tem consciência de que o que é ruim para o próximo é ruim para elas mesmas, pois todos estão conectados.

Porém, no universo, nos planetas mais desenvolvidos e com os espíritos mais elevados não funciona assim.

Por mais que um planeta esteja bem, a civilização deste planeta sabe que o que é ruim para os outros planetas é ruim para eles também, então muitos são enviados para estes planetas mais atrasados, como a Terra, para ajudar a dar uma força na evolução e fazer tudo se harmonizar em escala universal. Muitos espíritos terrestres mais evoluídos fazem o mesmo trabalho.

A maioria avassaladora dos espíritos terrestres são atrasados, ignorantes e bestiais e precisam de ajuda para evoluir, por isso espíritos mais elevados encarnam para ajudar estes espíritos a despertar.

O aprendizado espiritual vem pela vivência e experimentação e a vivência pode ser uma simples vida em comum.
Um espírito superior encarna em uma família de ignorantes e através de pequenos gestos, palavras esparsas, frases sem intenção, ações e omissões no momento certo, acaba ajudando na evolução das consciências deste grupo. 

Sua conduta vai sendo observada dia-a-dia e o subconsciente dos espíritos inferiores começa a despertar através da convivência com este espírito superior. 

Os espíritos elevados que encarnam na Terra são em minoria, o mundo de hoje é uma prova disto.

É preciso então que se otimize a encarnação destes espíritos. 

Em cada célula familiar, comunidade, rua e em cada canto do planeta haverá um espírito superior para ajudar os espíritos baixos próximos. do modo que for, objetivo ou subjetivo. 

Os espíritos superiores são como núcleos de átomos circundados por espíritos inferiores, como os elétrons em volta do núcleo atômico.
É exatamente por esta otimização da encarnação de espíritos que não existe isto de uma casa e uma família só ter espíritos iluminados. Não existe isto de um povo só ter conscientes e os outros serem todos ignorantes. 

Observando as encarnações em famílias é possível perceber que entre irmãos uns nascem para ajudar os outros, uns se mostram mais elevados e outros mais baixos, uns nascem com mais karma e outros nascem para ajudá-los nesta passagem; mas dizer que todos da família são avatares é ignorância demais.

O interesse pelas coisas espirituais desde tenra idade se mostrará como indicativo da elevação destes espíritos que vieram ajudar. 

O espírito superior já vivenciou uma realidade superior em uma dimensão superior, sentirá falta disso e quando encarnar na Terra irá voltar-se a estes estudos e à esta busca. Isto virá naturalmente, sem qualquer artificialidade ou empurrão da família.
A busca será interna e independente. A espiritualidade será buscada por regozijo e não para querer chocar, provar algo ou simplesmente ser do contra.

O espírito superior vai buscar a espiritualidade depois de jovem, quando começar a trabalhar e ter que pagar o que come; não apenas quando não tem ocupação e resolve ser “contra o sistema” por não ter o que fazer. A espiritualidade jamais será um hobby, mas o próprio respirar.

Como nas famílias não serão todos que serão iluminados haverá um que será o principal, que pode ser qualquer membro, que será o ponto de referência espiritual para todos.

Isto expressa-se na figura do líder espiritual, aquele espírito superior que pega como missão ajudar na evolução de uma determinada família.

Ele começa então a encarnar sucessivamente com esta família a fim de ajudar no progresso do grupo de almas presente neste nicho.
Alguns espíritos recalcados acabam por não aceitar esta ajuda e tentam sabotar o trabalho destes espíritos superiores, principalmente quando as condições de encarnação geram essas potencialidades, como quando o espírito recalcado é mais velho ou tem mais dinheiro e assim pode impor-se sobre a liderança espiritual da família. 

Isto se dá por pura avareza do espírito recalcado que não aceita que alguém senão ele seja líder.

Se todos de uma determinada família ou nação fossem Jesus, como se pensa hoje em dia, o mundo seria um paraíso e não isso que é, além do que, faltariam espíritos instrutores em outras unidades, já que existem muito mais espíritos baixos do que elevados neste planeta. 

A Providência Divina não é burra, como os humanos, para pensar em concentrar a encarnação dos espíritos elevados em um ponto só fazendo com que falte em outros lugares. 

O plano espiritual é que em todo lugar haja espíritos superiores para servirem de luz para todos os espíritos ignorantes do planeta, assim ninguém, em lugar algum, ficará desamparado e todos terão um pequeno foco de luz para guiar-lhes.

Se alguém acha que todos os membros de sua família e todos que gosta são mestres cósmicos, está apenas imergindo no vasto oceano de sua própria ilusão. [ Assim como, só por não dar "o braço a torcer", considerar todos os membros como imbecis ignorantes!]


Rudy Rafael
Contato: rudyrafael33@hotmail.com



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01/09/2017

ALMAS SEM FÉ






Em carta você pergunta,
Meu caro Amigo (a),
De que modo almas sem fé
Costumam viver aqui.

Diz você “almas sem fé”
E a sua definição
Faz com que a gente medite
Nos assuntos tais quais são.

A você posso afirmar
De quanto agora conheço:
Cada qual, depois da morte,
Procura o próprio endereço.

Quem se dedica a elevar-se
No campo do dia a dia
Vive no Além pela fé
No trabalho a que servia.

Mas quem anda mundo afora,
Sem ideal ou sem crença,
Na Terra ou fora da Terra,
Está naquilo que pensa.

Nesse caso, vale pouco
A morte por nova estrada,
A mente em desequilíbrio
Continua alucinada.


Cornélio Pires por Chico Xavier
‘Baú de Casos” IDEAL 1ª Ed. 1977

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31/08/2017

[ VOCÊ NASCEU PARA SER FELIZ! ]






ACONCHEGO!


AMIGO (A)!

A vida me ensinou que normalmente damos, fazemos, oferecemos às pessoas que nos são caras, aquilo que gostamos ... que desejamos que apreciamos e sobretudo o que gostaríamos de receber.

Confesso a você, então: Eu amo a vida. Gosto de passear.Dançar e refletir. Pensar juntos. Curto um bom livro.

Levito ao som de uma música. Adoro o aconchego de um colo. Me delicio e me encanto com o poder de uma história. Me fortaleço com a sensação de um abraço.

Logo, para não fugir a este paradigma eu convido você para passear comigo, agora.

Deixa de lado suas preocupações. Dê-me a sua mão, num gesto fraterno. VENHA! ...

Deixa de lado suas preocupações.

Dê-me a sua mão, num gesto fraterno, e divida comigo os próximos minutos.

Vamos a um lugar tranquilo, onde o verde das matas, gorjeio dos pássaros, voar das borboletas, dançar dos anjos e o nosso Criador serão as testemunhas únicas deste momemento único.

Feche seus olhos lentamente. Coloque sua cabeça sobre o meu colo e feche seus olhos lentamente.

Sinta minhas mãos levemente roçando seus cabelos e ouça a história que vou contar para você, agora:

Era uma vez, há algum tempo atrás, no outro lado do universo, encontrava-se um Anjo.

E este anjo, estava muito preocupado, pois, naquela dimensão, chamada de paraíso, o Anjo. AQUELE ANJO, podia ver nosso planeta com todas as suas nuanças de desespero.

Gente sofrendo, gente angustiada, pessoas sem esperança, crianças passando fome, pai matando filho, filho matando pai...

A honra sendo motivo de riso, a honestidade sendo motivo de vergonha... O poder, o dinheiro, a ciência tomando o lugar de Deus.

A depressão sugando a alma e expulsando a alegria da humanidade.

Este era o grande cenário do Universo.

Sensibilizado pelas dores, pelas angústias aqui existentes, e com vontade de fazer algo em prol da humanidade, o Anjo procurou seu Mestre e solicitou permissão para tomar forma humana e vir ao mundo, para tentar melhorá-lo.

Seu Mestre, um tanto apreensivo, mas orgulhoso de tamanha iniciativa, o questionou dizendo:

“- Você está disposto a fazer tudo, tudo mesmo?

Se propõe a executar todas as minhas ordens, por mais difíceis que sejam, para realizar seu desejo?“

O Anjo não teve dúvidas, prontamente respondeu que estava disposto a executar todas as ordens do seu mestre, para tornar este Mundo Melhor!

Fazê-lo, menos triste, menos dolorido, mais humano, mais fraterno e ... mais feliz.

Diante disto, o Mestre atendeu seu pedido e o autorizou a se preparar para o grande dia. E assim o Anjo fez:

Escolheu uma mãe, pai, irmãos, amigos ... Um nome, uma cidade, enfim, providenciou tudo o que se faz necessário para alguém nascer.

Quando, então, todas as providências já tinham sido tomadas , aquele Anjo, alegremente, procurou seu mestre dizendo:

“- Estou pronto, Senhor, dê-me as suas ordens!

Então. Fitando em seus olhos, Deus disse: “Vá, e ORDENO-LHE QUE SEJA FELIZ ENQUANTO VIVER!”

- Só isto? Retrucou, o Anjo.

Ao que Deus respondeu: - ”Sim, apenas esta é a minha ordem, mas se cumpri-la, eu lhe asseguro que realizará o que se propôs”.

Dito isto, Deus virou as costas e saiu.

Amigo (a),

Neste momento, eu gostaria de lhe dizer que AQUELE ANJO ERA VOCÊ. VOCÊ NASCEU PARA SER FELIZ!

Sim! Não tenha dúvidas! Você nasceu para tornar este mundo melhor!

VOCÊ NASCEU PARA SER FELIZ!

E diante disto, eu lhe pergunto: - Você está cumprindo as ordens que lhe foram dadas pelo criador, no dia do seu nascimento?

VOCÊ É FELIZ? O MUNDO ESTÁ MELHOR PORQUE VOCÊ EXISTE?

Sua cidade está melhor porque você mora nela? Seus amigos estão melhores, porque você faz parte das suas vidas? Este mundo virtual está melhor, porque você faz parte dele?

Se Deus o chamasse agora, Você poderia se apresentar a Ele, erguer sua cabeça e dizer: “- Senhor DEUS, cumpri a minha missão.

FUI FELIZ ENQUANTO VIVI. COM MINHA FELICIDADE EMITI LUZ E MELHOREI AQUELE PLANETA!”

Poderia? Pense nisto!

Nunca esqueça: NASCEMOS PARA TORNAR ESTE MUNDO MELHOR. MAS SÓ TORNAREMOS ESTE MUNDO MELHOR, SE NOS TORNARMOS MELHORES.

E só nos tornaremos melhores se formos felizes. Seja Feliz! L
embre sempre: Felicidade é uma opção. Decida ser feliz!


Autora do Texto: Nadir Berto


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UM ABRAÇO DE VERDADE A VOCÊ! MUITO OBRIGADA!


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A SURDEZ






Um casal vivia junto já fazia muitos anos, até que um dia, o marido, depois de chamar várias vezes a esposa sem obter resposta, e muito preocupado, liga para o médico e lhe pede uma consulta urgente para ela.

O médico pergunta qual o motivo de tanta urgência. O marido diz que a esposa está ficando surda, lhe conta a versão da sua história e finaliza dizendo que ele está muito preocupado com isto e quer ajudá-la.

Então o médico disse: - Mas como você sabe que ela está ficando surda?

Ao que o marido responde: Só pode estar surda! Eu a chamo e ela não me responde. Em tantos anos de casados ela nunca fez isto!

O médico, tentando manter a calma, continuou a interrogar: Mas a que distância você está dela?

E o marido: Estou perto! Eu estou na sala e ela na cozinha do meu apartamento!

O médico orientou: Aproxime-se mais e chame-a de novo.

Seguindo o conselho o marido foi se aproximando mais e mais, e gritando mais alto o nome da esposa, até chegar bem ao lado dela.

Então ela, irritada, disse: Porque você está gritando tanto!? Já te respondi várias vezes e você não me ouviu! Parece que está ficando surdo! Vá ao médico se tratar!

A gente só escuta o que quer, quando quer, e só vê no outro aquilo que quer ver. O que tanto nos incomoda no outro também está em nós. Será que eu também estou ficando surda?


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Roberto Carlos - Todos Estão Surdos (1971)
https://www.youtube.com/watch?v=hITmMLtjC34


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A Malandragem de Zé Pilintra






Muitos me chamam de malandro, aproveitador, enganador até de exu sou chamado! Éééé!!!! Os encarnados gostam de colocar muitas palavras na "boca dos mortos", o que nem sempre traduz naquilo que nós deste lado de cá da vida realmente somos.

Mas como nossa Umbanda já passou de seus 100 anos, resolvi agora dar a minha palavra para "fechar" um pouco a boca daqueles que muito falam da Umbanda e suas entidades, mas infelizmente nada sabem da mesma e muito pouco de nós.

Quando falamos de "malandros", logo lembramos daquele que leva vantagem em tudo na vida, enganando, mentindo e se aproveitando da boa vontade dos que são conhecidos como mais fracos, o que eu, José Pelintra, diria; "menos informados e preparados em sua fé"!

Para quem tem uma mente doentia este seria o melhor adjetivo para os malandros, mas Um verdadeiro malandro sabe:

• Driblar os obstáculos que a vida lhe impõe, com um sorriso e confiança em Deus, pois se tudo na vida tem começo e fim inclusive nossa passagem neste mundo, suas dores não são eternas.

Sorrir quando tudo é alegria é fácil, ele já nasce na face, mas sorrir e ter fé quando as coisas andam meio "de lado" ao só para quem tem ginga.

• Malandragem não é se julgar coitado esquecido de Deus e dos Orixás, é mexer-se, fazer a diferença, ir a luta. Tombo, meninada, foi feito para se levantar e continuar adiante e ficar esperto com onde "se coloca o pé", pois tem muito "malandro pisando em cova" em trocadilhos, "tem muita gente escolhendo um caminho mais doloroso para seguir", e consciente.

• Malandragem é saber seu limite, onde se deve parar e não querer mostrar para os outros o que não é e o que não se tem.

Deus, minha gente, criou todos iguais, com as mesmas possibilidades.

Na vida não tem "jeitinho", tem é atitude de buscar melhorar-se cada vez mais, de aprender a viver e ganhar maturidade. “ “Só” ensina quem já aprendeu e não quem ainda esta na primeira série”

Muitos me criticam pelas minhas vestes brancas e trazem seu coração escuro pelo preconceito, vacilo de quem se julga superior a todos e segue uma verdade que nem ele mesmo conhece.

Muitos falam de meu punhal, mas cortam e ferem seu semelhante com suas palavras, todos os dias, dentro e fora de seus lares, e o meu punhal, "malandro", só corta demanda.

Na minha imagem, "figura", o branco simboliza como dever ser nosso interior, ou seja, LIMPO! Minhas mãos juntas simbolizam a fé que, infelizmente, de Aruanda vemos poucos "aqui em baixo" praticá-la em qualquer credo.

O livro em meus pés significa que para crescer é preciso conhecer-se a si próprio. O vermelho de meus adereços simboliza a vitalidade a alegria que todo bom "malandro" deve ter para encarar os problemas que ele mesmo cria em sua vida.

Muitos falam, poucos conhecem! Muitos julgam poucos compreendem! E assim caminha a nossa Umbanda esclarecendo e lutando para com muita "malandragem" e muita ginga ganhar seu espaço.

Santo-figura ninguém é, então que cada um reflita antes de julgar!

“Sou santo ou demônio? Justo ou pecador? Tira isso da cabeça meu menino!

Sou ZÉ PELINTRA Malandro da luz, e sirvo a nosso Senhor!

Cantiga de Umbanda:

"Seu Zé Pelintra quando vem
Ele traz a sua magia
Para salvar todos seu filhos
e retirar feitiçaria.

Pisa na Aruanda Zé Pelintra
eu quero ver...."



Saravá Malandragem José Pelintra do Morro Grande

Mensagem canalizada por Géro Maita
ceuesperanca.blogspot.com


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Link do ponto cantado:
https://www.youtube.com/watch?v=YcjIOS0LtQ8


- Salve minha Mãe Iansã! Eparrey!
- Salve Seo Zé da Lapa!

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30/08/2017

ORAÇÃO DE TODOS OS ANIMAIS






Fui criado pelo mesmo Deus que criou você.

Sinto frio, fome, sede, medo, dor, assim como você.

Por favor, não me use para se divertir, não me exponha ao ridículo, não me humilhe, não me maltrate e nem abuse de mim.

Só o que quero é sua amizade e carinho.

Não peço que goste de mim, mas somente que me respeite.

Olhe nos meus olhos e depois olhe nos seus e verá como somos parecidos.

No meu olhar você pode ver doçura, alegria, tristeza, desespero, amor ou sofrimento, e isso eu também posso ver no seu olhar!

Por vontade do nosso Criador, não posso falar e nem me defender da brutalidade e crueldade dos seus semelhantes, mas se eu pudesse falar agora, diria a todos que eu também mereço viver e sou digno de respeito, assim como você!


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29/08/2017

Explicações espíritas para a Depressão






A variação de humor ocorre em função de: pressões ambientais, problema de saúde, influências espirituais, o peso do passado e saudades do Além.

Vamos explicar cada uma:


1º - Pressões ambientais: é causado por desilusão sentimental, problemas familiares, perda do emprego ou seja, são pessoas plenamente realizadas no terreno afetivo, da saúde, social e profissional que, não obstante, experimenta períodos de angústia. Aqui confunde-se muito tristeza, desilusão, preocupação com depressão.

2º - Problema de saúde: anemia profunda (falta de ferro), causa fraqueza, de apatia; pode ser por problemas de hormonios como da tireoides, por exemplo; a falta da vitamina B12; a TPM (tensão pré menstrual), disturbio hormonal na menopausa, etc..

3º - Influências espirituais: estados depressivos podem originar-se da atuação de Espíritos perturbados e perturbadores, que consciente ou inconscientemente nos assediam.

Popularmente emprega-se o termo “encosto” para esse envolvimento. Por outro lado, os estados de euforia, sem motivo aparente, resultam do contato com benfeitores espirituais que imprimem em nosso psiquismo algo de suas vibrações alentadoras.

4º - Peso do passado:
a depressão pode ser herança, não de nossos pais, mas de nós mesmos. O que fizemos no passado determina o que somos no presente.

O que pesa sobre nossos ombros, favorecendo os estados depressivos, neuroses, fobias, psicoses e demais elementos fragilizadores da consciência é a carga dos desvios cometidos, das tendências inferiores desenvolvidas, dos vícios cultivados, do mal praticado.

Há pessoas que, pressionadas por esse peso mergulham tão fundo na angústia que parecem cultivar a volúpia do sofrimento, com o que comprometem a própria estabilidade física, favorecendo a evolução de desajustes intermináveis.

O remorso é um dos mais avassaladores sentimentos e o Espírito que reencarna nesta condição carreará para o corpo físico todo esse desequilíbrio. Seu aspecto será o de um obsidiado. No entanto, ele é obsidiado apenas por sua memória profunda, que vinculou sua personalidade humana.

Os transtornos mentais e emocionais, conforme assevera Divaldo Franco, tem raízes no Espírito que delinqüiu.

A culpa, consciente ou inconsciente, imprimiu-lhe no perispírito o quadro psicológico que se irá refletir na organização física e mental durante o transcurso da reencarnação. Mas, como disse Joanna de Ângelis: "ocorre a possibilidade de interferências no campo mental, produzidos por entidades infelizes.

Quando as duas coisas se juntam - PASSADO E OBSESSÃO - os problemas se avolumam, os sintomas são mais severos e a cura, às vezes, é mais demorada."

5º - Saudades do Além: este aspecto é abordado pelo Espírito François de Genève, no cap. V, de “O Evangelho segundo o Espiritismo”: “A melancolia”

- “Sabeis por que, às vezes, uma vaga tristeza se apodera dos vossos corações e vos leva a considerar amarga a vida? É que vosso Espírito, aspirando à felicidade e à liberdade, se esgota, jungido ao corpo que lhe serve de prisão, em vãos esforços para sair dele.

Reconhecendo inúteis esses esforços, cai no desânimo e, como o corpo lhe sofre a influência, toma-vos a lassidão, o abatimento, uma espécie de apatia, e vos julgais infelizes (...)"

E a redação do Momento Espírita explica o seguinte: "Dentre os vários problemas com que se debate a Humanidade, está a melancolia. A melancolia é um estado d'alma de difícil definição, porque se manifesta nas profundezas do sentimento.

Sabemos que não nos encontramos pela primeira vez na Terra. Já vivemos aqui em outras épocas, em outros países, na companhia de outras pessoas. Viajores que somos da Eternidade, trazemos em nós as marcas das experiências vividas nas várias existências.

Hoje estamos na Terra novamente, num corpo diferente, talvez nesse país por primeira vez, numa situação social diversa da vivida em outras épocas.

Assim sendo, vez que outra nos deparamos com situações que tocam pontos guardados nos porões da nossa alma, e sentimos uma saudade de algo que não sabemos o que é. Ou, ainda, sentimos uma vaga tristeza, uma depressão injustificável.

Fatos, situações, pessoas, música, perfume são indutores dessas incursões inconscientes no passado e, conforme tenha sido a experiência, será o sentimento. Se o registro é de uma experiência feliz, nos sentiremos bem.

Se, ao contrário, foram experiências malfadadas, teremos o sentimento correspondente. Existem pessoas que, quando se deparam com o tempo nublado, frio e cinzento, sentem-se deprimidas.

Outras, o tempo chuvoso as faz sentirem-se muito bem. Outras, ainda, quando ouvem uma música, sentem-se transportadas imediatamente de um estado d'alma a outro completamente inverso.

Por vezes, pessoas do nosso relacionamento nos dizem alguma coisa que nos deixa tristes, melancólicos, sem que exista motivo para tanto. Mas o problema não está no que dizem, e sim em como dizem.

Quando nos percebermos mergulhados em melancolia, devemos fazer esforços para mudar o clima psíquico, através da leitura edificante, de uma prece, da companhia de alguém que nos ajude a sair dela.

Jamais deveremos dar asas a esse tipo de sentimento, para que não mergulhemos nele ainda mais, a ponto de perdermos o controle da situação.

Nos momentos de depressão, quando inconscientemente mergulhamos no passado, Espíritos infelizes ou antigos comparsas podem tentar nos envolver nas mesmas teias dos equívocos por nós cometidos anteriormente, levando­-nos a estados de difícil retorno.

Por essa razão é que não devemos nos entregar aos braços da melancolia ou da depressão. É imperioso que façamos esforços, que busquemos com muita vontade mesmo, mudar nosso clima mental, buscando a sintonia com nossos Benfeitores Espirituais, que sempre nos amparam e auxiliam em todos os momentos da nossa existência.

Agindo assim, guardemos a certeza que logo mais, num amanhã feliz, saberemos o quanto valeu a pena passarmos por essas situações com coragem e dignidade, porque, então, nos aguardarão de braços abertos, os afetos dos quais tanta saudade sentimos.

Expulse a melancolia da sua alma fazendo luz íntima. Acenda a lâmpada do Evangelho na sua mente.


E COMO SUPERAR AS VARIAÇÕES DE HUMOR, MANTENDO A SERENIDADE E A PAZ EM TODAS AS SITUAÇÕES?


É evidente que não o faremos da noite para o dia, como quem opera um prodígio, mesmo porque isso envolve uma profunda mudança em nossa maneira de pensar e agir, o que pede o concurso do tempo. Considerando, entretanto, que influências boas ou más passam necessariamente pelos condutos de nosso pensamento, podemos começar com o esforço por disciplinar nossa mente, não nos permitindo idéias negativas.

Orientação: Procure ajuda médica, mas:

- Mexa-se. Desenvolva atividades. Ninguém “cai na fossa”; geralmente entramos nela quando renunciamos a uma vida ativa e empreendedora.

- Policie sua casa mental. Estados depressivos começam, com insinuantes idéias infelizes.

- Ainda que não se sinta disposto, cultive a convivência com familiares, amigos, colegas de profissão. O isolamento contraria a natureza sociável do ser humano, favorecendo a instalação de desajustes íntimos.


Rudymara
Grupo de Estudos Allan Kardec
Tags: Joana de Ângelis



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A SERVENTIA [ Ação do Verbo Servir]






PERGUNTA - Em que consiste a "serventia"?

RAMATÍS - A serventia, que denota qualidade de servir a algo, alguém ou a uma causa, não deve ser interpretada como servidão ou subserviência.

Como as formas de apresentação de Caboclos, Pretos Velhos e Crianças na Umbanda são "ocupadas" por espíritos que vibram em certas frequências sutis, ficam impedidos de atuar em determinados sítios vibracionais ocupados pelos antros de magia negra, sob pena de se imporem pesados rebaixamentos vibratórios que seriam motivo de sofrimento desnecessário, pela regularidade desse tipo de atuação.

Para tanto, se utilizam da "serventia" dos agentes mágicos - Exus - como se fossem pares, mas cada um na sua faixa de caridade, se "complementando" no ideal de amparo e socorro àqueles que fazem jus diante dos tribunais cósmicos.

Isso não quer dizer que não possam existir espíritos iluminados ecompletamente libertos do ciclo carnal atuando por amor a vós como agentes mágicos - Exus.


Do livro: “JARDIM DOS ORIXÁS”
- Ramatís/Norberto Peixoto
- Editora do Conhecimento.



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FORÇA DO VENTO





FORÇA DO VENTO VEM COM A ÁGUIA BRANCA
FORÇA DO VENTO VEM PARA ME AMOSTRAR
QUE ELE TEM PODER ELE TEM MUITA FORÇA
E É PRECISO APRENDER NELE PLANAR

E PLANANDO, EU VOU OLHANDO O HORIZONTE
E PLANANDO EU VOU VENDO A DIREÇÃO
E PLANANDO EU CHEGO EM CIMA DE UM MONTE
E NELE ENCONTRO A CHAVE DO MEU CORAÇÃO

FORÇA DO VENTO VEM MOSTRAR A SUA GLÓRIA
FORÇA DO VENTO VEM PARA ME ENSINAR
QUE É SOMENTE ACEITANDO A MINHA HISTÓRIA
QUE FINALMENTE VOU APRENDER A VOAR

E É VOANDO NA CALMA DE DEUS
QUE SIGO OBSERVANDO PARA NÃO ME APEGAR
EM UNIÃO, MAS ÀS VEZES VOU SOZINHO
A CONFIANÇA É PRECISO PARA VOAR

NÃO HÁ DISTÂNCIA QUE ME SEPARA DO VENTO
A TODO O MOMENTO ESTÁ NO MEU RESPIRAR
É ELE QUE CONHECE A LEI DO TEMPO
E O SEU RITMO QUE ESTÁ A ME LEVAR

ME LEVANDO PARA ONDE TUDO PODE
ME LEVANDO PARA ONDE EU SOU FELIZ
ME LEVANDO PARA ONDE SOU ETERNO
ME APERFEIÇOA PARA EU SER BOM APRENDIZ

FORÇA DO VENTO QUE ME INSPIRA CONFIANÇA
CONFIANDO EU VOU ME DEIXANDO LEVAR
EM SEU SOPRO RECEBO A TUA GUIANÇA
E AGRADEÇO POR SUA FORÇA MOSTRAR


https://youtu.be/XZBbFmi22Zc

Força do Vento....Música Marie Gabriella Pandovam
https://www.youtube.com/watch?v=XZBbFmi22Zc&feature=youtu.be



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GRATIDÃO ( EU AGRADEÇO )






Eu sou a grandeza do Universo as faíscas que brilham na imensidão
De estrela sou chamado muitas vezes, grande sol que ilumina a escuridão
E sem frescura eu espero ser chamado pra trazer a cura preciso ser convidado.
Sem mais demora eu já estou ao seu lado, na mesma hora sente-se aliviado.
Não é verdade que eu não vá escutar, é minha linguagem, basta ela saber falar
Para ter tudo aquilo que desejar e ser agradecido a quem tem para lhe dar.

Sou Eu que leio todos os seus pensamentos, e vejo o quanto você os tem para aparar
Sou Eu que vejo quando viram sentimentos que não dá mais para poder controlar
É nessa hora que Eu chego no Vento,
Nas estrela e na luz do luar.
Venho lhe dar como posso o meu alento e lhe ajudar aos pouco de mim se lembrar.

Não exite em me procurar tenho poder e mais tudo o que precisar
Sou os cometas que deixam rastros no céu, as correntezas velozes que vão pro mar.

EU AGRADEÇO!
EU AGRADEÇO!
EU AGRADEÇO!
EU AGRADEÇO!
EU AGRADEÇO!

Se as flores se misturam nos canteiros, os ideais podem também se misturar
Se as cores se complementam nos desenhos, as diferenças podem se complementar.
Não há melhor, não há grande nem pequeno.
O que há é muito o que trabalhar.
Cada um fazendo o seu direito, só alegria e belezas vão brotar.
Deste jardim cujo eu sou jardineiro e de amooor eu sempre vou regar.
És a fonte deste amor tão verdadeiro, o meu herdeiro que eu vou sempre cuidar.
Só lhe peço verdade e respeito com aquele que te fez e te criou
Esse é um sábio procedimento para poder aumentar o seu valor

O resto é só lembrar-se de agradecer para ter sempre paz no coração
Aproveitar tudo o que merecer e deixar a Vida em minhas mãããos.

EU AGRADEÇO!
EU AGRADEÇO!
EU AGRADEÇO!
EU AGRADEÇO!
EU AGRADEÇO!



Marie Gabriella e Nicole Salmi - Gratidão
https://www.youtube.com/watch?v=RBgiwzKRMAw


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25/08/2017

QUAIS OS MOTIVOS QUE FAZEM OS MÉDIUNS NEGLIGENCIAREM SEUS COMPROMISSOS NA MATÉRIA?






PERGUNTA: Podeis indicar os principais motivos ou fatos que, em geral,fazem os médiuns negligenciarem seus compromissos de última hora, impossibilitando os seus mentores de ultimarem na matéria o seu programa sideral manifesto depois de um andamento tão dificultoso?

RAMATÍS: Os médiuns, em sua maioria, e antes de se encarnarem na Terra, prometeram cumprir à risca determinados programas com objetivos espirituais, que lhes expuseram no Além, com o fito de influírem algumas criaturas para a sua renovação crística.

Entretanto, à última hora, grande parte negligencia ou foge do seu compromisso espiritual, enquanto outra vive de modo tão equívocado, que se toma impermeável à receptividade dos seus elevados mentores. Em geral, eles se deixam influir pelos espíritos maquiavélicos das sombras, que tudo fazem para interceptar as mensagens nobres do Alto e operam contra os objetivos sadios da vida crística.

Às vezes, após incessante assistência cotidiana e benfeitora do guia junto ao seu médium, incentivando-o para que participe de certo trabalho mediúnico com o fito de abalar as convicções errôneas de algumas criaturas, eis que ele desiste de sua tarefa mediúnica da noite, preferindo realizar a visita trivial, demorar-se no repasto glutônico, prender-se à prosa fútil ou entregar-se à aventura pecaminosa.

Como o êxito do intercâmbio mediúnico superior depende muitíssimo do estado vibratório do espírito do médium, isso só é conseguido quando ele se devota a uma vida sadia de corpo e de alma, a fim de manter-se pronto, a qualquer momento, para a convocação do serviço espiritual.

Mas, às vezes, o médium apresenta-se para cumprir o seu dever mediúnico só depois que abandona as mesas opíparas, com o estômago e os intestinos forrados pelos miasmas da carne regada a álcool, mal podendo dissimular as erutações da fermentação hostil produzida pela digestação descontrolada.

Quando não é assim, ele gasta os derradeiros minutos que o separam do serviço mediúnico no humorismo vil das palestras fesceninas e do anedotário indecente, cujos assuntos alicerçam-se despudoradamente sobre a figura da mulher.

Então apresenta-se para cumprir a tarefa junto à"mesa espírita", com os fluidos corrompidos, malgrado o esforço profilático dos seus guias para o sanearem das impurezas comuns.

Afora de tudo isso, ainda existem os médiuns que buscam a concentração mediúnica depois de violenta discussão conjugal ou da altercação insultuosa com o vizinho teimoso.

Enfraquece-se ainda a prática da mediunidade naqueles que destrambelham os seus nervos com emoções tolas junto ao carteado clandestino, pela avidez de ganho na aposta imprudente ou então pela paixão fanática com que comenta colericamente os lances duvidosos do seu clube de futebol em competição infeliz.

Assim, louváveis empreendimentos programados no Espaço, com o fito de esclarecer a humanidade terrena, ficam na dependência exclusiva dos médiuns invigilantes e indiferentes, que deixam de aproveitar integralmente o "acréscimo" da mediunidade concedida generosamente para a sua própria redenção espiritual.


DOLIVRO:"MEDIUNISMO"
RAMATÍS/HERCÍLIO MAES - EDITORA DO CONHECIMENTO.
http://ramatismissaodeluz.blogspot.com.br/2016/08/quais-os-motivos-que-fazem-os-mediuns.html



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24/08/2017

SALVE MAMÃE IEMANJÁ






Luz da Aldeia

Luz da aldeia
Salve mamãe Iemanjá
Com seu vestido azul cor do céu e as conchinhas do mar
Com seu vestido azul cor do céu e as conchinhas do mar

Relembrando a felicidade de ser filho da mãe do mar
Um irmão dos seres das águas, lá da aldeia de pai oxalá
Com os golfinhos do universo, canto para a rainha do mar

Luz da aldeia

Doce encanto de amor e saudade, traz o brilho de mamãe azul
O mistério das águas sagradas, que reluz no cruzeiro do sul
Canta praia, canta floresta, ogum beira-mar e mamãe oxum


Luz da Aldeia.... Ale de Maria.... Música de Rezo
https://www.youtube.com/watch?v=Rl854AvCVt8
Luz da aldeia
https://youtu.be/Rl854AvCVt8


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Gotinha Dágua






Gotinha Dágua... Ale de Maria... Música de Rezo
https://www.youtube.com/watch?v=kXSRnu2p7xg

Gotinha d'Água
Era uma gotinha d’água
Em forma de coração
Gota pura de orvalho
No jardim de salomão

Nas folhagens da floresta
Da virgem da conceição
Canta mamãe amazônia
Canta o rei juramidam

Salve o verde
Salve as águas
Salve a terra da ilusão
Viva a arte consagrada
No altar do coração

Viva a lua prateada
Viva o brilho de mamãe
Viva a vida da floresta
E as estrelas de amanhã

Eu olhando pra mãe terra
Sinto no meu coração
Mamãe é gotinha d’água
Nas mãos de Deus soberano

https://youtu.be/kXSRnu2p7xg


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18/08/2017

PONTOS DE OXUM






Oh! Mamãe Oxum, olhai os Vossos filhos, que vem pedir a Vossa benção!

PONTOS DE OXUM COM LETRA

https://www.youtube.com/watch?v=bIp3YaFbAD0


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15/08/2017

Amizades que envenenam






Quanto mais velho você fica, menos você aguenta, menos tolera, menos atura. Conviver com os diversos tipos de pessoas nem sempre é uma tarefa fácil. As pessoas que chegam na sua vida, já chegam com uma bagagem enorme de manias, preconceitos, achismos, atitudes ruins e meu bem, você não é obrigado. Todo mundo é boa pessoa até que se conheça melhor.

Uma amizade não funciona como um casamento ou um namoro onde um pede permissão para entrar na vida do outro. Você convive com a pessoa até que num belo dia você percebe que ela é o pontinho doce no meio do amargo da vida e você nem viu quando ou como isso aconteceu.

As amizades simplesmente acontecem. A amizade é a única relação não sanguínea que resiste ao tempo e a distância sem que soe como esforço ou sacrifício. Um amigo é amigo porque quer, não porque assim nasceu ou porque se sente obrigado a ser. E quer maior sensação de leveza e alívio do que essa?

Por isso, guarde bem essas palavras: não perca tempo com amizades que envenenam. Não gaste sua saúde mental com pessoas levianas. Não encha a sua cabeça já cheia com o que deve servir justamente para te ajudar a esvazia-la. Não torne as amizades um fardo na sua vida, elas devem ser lindas. Nada mais do que isso.

Amizade que maltrata, que inveja, que machuca, que trai, que esnoba, não é amizade. Amigo também dá esporro, também briga, mas nunca, nunquinha da silva, sem perder a delicadeza e a doçura. Amigo não possui maldade ou má fé. Se possui, então não é amigo.

Amizade não cobra fidelidade, não sente ciúmes, não compete, não rebaixa, não fere. Se um amigo foi capaz de ser cruel com você, então é porque desde o início já veio com data de validade.

Não mantenha nada estragado na sua vida. Depois de um tempo, começa a feder. E quanto mais você se prender a ela, mais imunda e fétida essa relação se tornará. Lembre-se sempre de levar periodicamente o lixo para fora. Não se torne um acumulador de rancores gratuitos alheios.

Um amigo que é cruel com você não serve para as suas conversas, para as suas saídas, para os seus choros, para as suas alegrias. Não serve para a sua vida. Por mais que vocês já tenham vivido momentos incríveis juntos, aquela pessoa não pensou nesses momentos antes de te ferir.

A balança da vida que pesa para você na hora de se desfazer dessa amizade, não pesou para aquela pessoa antes de conscientemente te atingir. A ligação que você achou que existia, era unilateral e amizade não pode se fazer só de um.

Não existe segunda chance para a amizade. Se aquela pessoa não foi capaz de ser amiga na primeira oportunidade, não será na segunda, na terceira ou na vigésima nona. Não existem motivos aceitáveis e desculpáveis para uma amizade azedar. O único motivo é a falta de capacidade daquela pessoa de amar da forma mais pura e descompromissada que existe. Livre-se dela. Livre-se e ganhe mais de você. Ganhe mais dos outros. Ganhe mais de quem está de fora apenas esperando uma oportunidade para entrar.

Uma pessoa disposta a te amar não vai te odiar. Nem por um pouquinho. Nem rapidinho. Nem por um instantinho.


Por: Marina Barbieri

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03/08/2017

A DONA DOS RAIOS






Vamos chamar o vento
Vamos chamar o vento
Vamos chamar o vento
Vamos chamar o vento

"É vista quando há vento e grande vaga
Ela faz um ninho no rolar da fúria e voa firme e certa como bala
As suas asas empresta à tempestade
Quando os leões do mar rugem nas grutas,
Sobre os abismos, passa e vai em frente
Ela não busca a rocha, o cabo, o cais
Mas faz da insegurança a sua força e do risco de morrer, seu alimento
Por isso me parece imagem justa
Para quem vive e canta no mau tempo"

O raio de Iansã sou eu
Cegando o aço das armas de quem guerreia
E o vento de Iansã também sou eu
E Santa Bárbara é santa que me clareia (2x)

A minha voz é o vento de maio
Cruzando os ares, os mares, o chão
Meu olhar tem a força do raio que vem de dentro do meu coração

O raio de Iansã sou eu
Cegando o aço das armas de quem guerreia
E o vento de Iansã também sou eu
E Santa Bárbara é santa que me clareia

Eu não conheço rajada de vento mais poderosa que a minha paixão
Quando o amor relampeia aqui dentro, vira um corisco esse meu coração
Eu sou a casa do raio e do vento
Por onde eu passo é zunido, é clarão
Porque Iansã, desde o meu nascimento, tornou-se a dona do meu coração

O raio de Iansã sou eu...

Sem ela não se anda
Ela é a menina dos olhos de Oxum
Flecha que mira o Sol
Oyá de mim.


Dona do Raio: O Vento -Maria Bethânia (Minha Homenagem à Mamãe Iansã)

https://www.youtube.com/watch?v=hGrgGPUk1e4






EPAEEEY, IANSÃ!
EPAEEEY, OYÁ!


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19/07/2017

O MAGNETISMO DOS ORIXÁS






Aqui na Terra entendemos por magnetismo a propriedade física dos imãs que faz com que puxem para si determinadas partículas ou pequenos objetos que são afins com eles.

Servindo-se dessa propriedade magnética dos imãs os espíritos mentores nomearam uma propriedade divina inerente a cada um dos Orixás como seus magnetismos e que tanto atraem os seres que lhes são afins quanto repelem os que lhes são opostos.

Essa propriedade magnética divina é mental e serve para dar polaridade às coisas criadas por Deus sendo que as afins se unem se ligam se fundem gerando uma terceira coisa, etc. .

As opostas se repelem se afastam, se distanciam, se antagonizam, se anulam, mas também servem para separar tudo o que existe na Criação em positivos e negativos.

Essa classificação obedece unicamente ao magnetismo das coisas e dos seres e não tem nada a ver com bom ou ruim, pois essa classificação foi desenvolvida por nós para diferenciarmos o que nos é benéfico do que nos é maléfico.

No estudo dos Orixás descobriu-se que Deus exteriorizou-se de sete formas diferentes ou em sete graus magnéticos ou em sete irradiações ou em sete planos que para sintetizar tudo denominamos essas sete exteriorizações como Sete Mistérios de Deus, sendo que são esses:

1) Mistério da Fé

2) Mistério do Amor

3) Mistério do Conhecimento

4) Mistério da Justiça Divina (ou Razão)

5) Mistério da Lei Maior

6) Mistério da Evolução

7) Mistério da Geração

Esses sete Mistérios deram origem ou serviram como meio divino para Deus dar início a Sua Criação exterior.

Cada um desses sete mistérios ao ser exteriorizado por Ele trouxe consigo uma Divindade Mistério que, tanto dá sustentação a tudo que foi criado no seu grau magnético quanto é em Si o próprio Mistério e Poder manifestado por Deus.

Esses sete Mistérios por possuírem suas Divindades são passíveis de identificação formando uma Coroa Divina Sustentadora de tudo que existe no exterior de Deus e cada uma recebeu um nome:

1) Orixá da Fé

2) Orixá do Amor

3) Orixá do Conhecimento

4) Orixá da Justiça

5) Orixá da Lei

6) Orixá da Evolução

7) Orixá da Geração

Esses sete Orixás ou Divindades Mistérios, por serem exteriorizações diretas de Olorum nem são masculinos nem são femininos, não são positivos ou negativos porque são indiferenciados.

Mas, por trazerem seus magnetismos ao irradiarem-se o fizeram de forma bi polarizada gerando, a partir de cada um, duas hierarquias divinas já diferenciadas em masculina e feminina, em positiva e negativa, irradiante e concentradora, etc.

Essa bipolarização dos sete Orixás originais aconteceu no primeiro plano da vida denominado Fatoral e gerou sete pares de Orixás denominados Fatorais e que são esses:

1) Orixá da Fé Oxalá e Logunan

2) Orixá do Amor Oxum e Oxumaré

3) Orixá do Conhecimento Oxossi e Obá

4) Orixá da Justiça Xangô e Egunitá

5) Orixá da Lei Ogum e Iansã

6) Orixá da Evolução Obaluaiê e Nanã

7) Orixá da Geração Iemanjá e Omulu

Essa bipolarização obedece aos magnetismos específicos de cada um dos Orixás e faz com que surja na Criação sete irradiações bi polarizadas que são descritas com muitos nomes, mas que, na Umbanda, recebe o nome de Sete Linhas.

As Sete Linhas de Umbanda são bi polarizadas e cada Orixá ocupa nelas o seu pólo magnético, distinguindo-o pelas suas funções na Criação tais como Pólo Magnético Positivo da Irradiação ou linha da Geração ocupado por Iemanjá.

Pólo Magnético Negativo da mesma Irradiação ou linha ocupado por Omulu.

Função de Iemanjá enquanto Mistério em si mesma: Gerar a Vida no exterior de Olorum.

Função de Omulu enquanto Mistério em si mesmo: paralisar todas as coisas geradas que entraram em desequilíbrio.

Estudando esses dois Orixás através dos elementos que formam aqui no plano material seus Pontos de Força ou Santuários Naturais vemos Iemanjá associada à água e Omulu associado à terra.

Observamos que nas sete Irradiações um diferencia-se do outro pelo elemento, mas devemos entender a complementaridade existente tanto entre suas funções quanto entre seus elementos, pois onde algo gerado entra em desequilíbrio o seu pólo oposto imediatamente paralisa o processo de degeneração de algo gerado por ela.

Estudando-os como elementos da natureza terrestre vemos que água e terra são indissociados, pois onde um termina o outro começa; onde um torna árido o outro umidifica; onde um gera algo o outro dá sustentabilidade para que o que foi gerado desenvolva-se e adquira estabilidade.

Se estudarmos esses dois Orixás pelos seus magnetismos (gerador ⁄ paralisador) vemos que formam um par perfeito, pois caso o Mistério Geracionista de Iemanjá não tenha no seu outro pólo um magnetismo paralisador que interrompa ou paralise momentaneamente sua capacidade de gerar continuamente, com certeza a Criação entraria em desequilíbrio porque algo que começasse a ser gerado não pararia nunca mais de sê-lo e sobrecarregaria de tal forma o meio onde estaria sendo gerado afetando tudo mais que ali existisse.

Portanto as bipolarizações das Sete Linhas de Umbanda não são puramente por elementos e sim por funções na Criação porque os magnetismos dos 14 Orixás Fatorais podem ser opostos (positivo ∕ negativo), mas são complementares entre si.

Portanto devemos entender esse magnetismo dos Orixás como fundamentais para a estabilidade da Criação Divina desde o macro até o microcosmo porque encontramos essa diferenciação magnética até em nós.

Observe isto:

- Oxalá é o espaço e Logunan é o tempo

- Oxum é a agregação e Oxumaré é a diluição

- Oxossi é expansor e Obá é concentradora

- Xangô é a temperatura e Egunitá é a energização

- Ogum é a potência e Iansã é o movimento

- Obaluaiê é a transmutação e Nanã é a decantação

- Iemanjá é a geração e Omulú é a estabilidade.

Mais uma vez a complementaridade se mostra nas funções dos Orixás que pontificam os 14 Pólos Magnéticos das 7 Linhas de Umbanda.

Essas complementaridades são encontradas em cada um com todos os outros 13, pois se no Mistério ou função concebedora de Oxum algo que está sendo concebido desequilibrar-se em relação ao seu meio é função de Omulú paralisar essa concepção antes que ela se complete e torne-se algo fora de controle ou em desacordo com o meio onde foi concebido.

Nesse exemplo vemos que a função de Omulu paralisa tudo em todas as sete Irradiações e não se restringe só a da Geração.

É preciso entender que um Orixá traz em si funções que transcendem o campo distinguido pela Irradiação onde está assentado.

Os 14 Magnetismos Divinos dos 14 Orixás assentados nas Sete Irradiações Divinas ou Sete Linhas de Umbanda sempre atuam entre si por complementaridade e um não pode fazer nada sem que os outros 13 participem também e isso nos mostra a complexidade existente na Criação.

Portanto quando estudamos os Magnetismos dos Orixás e suas funções divinas na Criação começamos a compreender uma das formas de Olorum (Deus) atuar, pois se Ele é único, no entanto tudo que Ele criou o fez servindo-se sempre dos seus Sete Orixás que pontificam as Sete Linhas de Umbanda.


Pai Rubens Saraceni
http://colegio.osupremo.com.br.



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23/06/2017

PORQUE VOCÊ ME AMOU






"As estradas brilham para você
Os oceanos acenar-lhe em direção
A beleza além das ondas que chegam ... "


Por todas as vezes que você me apoiou
Por todas as verdades que você me fez ver
Por toda alegria que você trouxe para minha vida
Por todos os erros que você fez tornarem-se certos
Por todos os sonhos que você fez tornarem-se reais
Por todo amor que encontrei em você
Eu serei eternamente grata, baby
Você foi o único que me ajudou a me levantar
Nunca me deixou cair
Você foi o único que me viu através de tudo isto

Você foi a minha força quando estava fraca
Você foi minha voz quando não podia falar
Você foi meus olhos quando não podia ver
Você viu o melhor que estava em mim
Me levantou quando não podia alcançar
Você me deu fé porque você acreditou
Eu sou tudo que sou
Porque você me amou

Você me deu asas e me fez voar
Você tocou minha mão, eu toquei o céu
Eu perdi minha fé, você me trouxe ela de volta
Você disse que nenhuma estrela estava fora de alcance
Você ficou do meu lado, e eu suportei
Eu tive seu amor, eu tive tudo
Eu sou grata por esses dias que você me deu
Talvez eu não saiba muito disso
Mas eu sei que isto é muito verdadeiro
Eu fui abençoada porque eu fui amada por você

Você foi a minha força quando estava fraca
Você foi minha voz quando não podia falar
Você foi meus olhos quando não podia ver
Você viu o melhor que estava em mim
Levantou-me quando não podia alcançar
Você me deu fé porque você acreditou
Eu sou tudo que sou
Porque você me amou

Você esteve sempre aqui por mim
O vento gentil que me carregava
Uma luz no escuro brilhando seu amor na minha vida
Você tem sido minha inspiração
Através das mentiras, você foi a verdade
Meu mundo é um lugar melhor por sua causa

Você foi a minha força quando estava fraca
Você foi minha voz quando não podia falar
Você foi meus olhos quando não podia ver
Você viu o melhor que estava em mim
Me levantou quando não podia alcançar
Você me deu fé porque você acreditou
Eu sou tudo que sou
Porque você me amou.


Because you loved me - Celine Dion
https://www.youtube.com/watch?v=JDcuRgk-JEI



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[Razões dos] Sofrimento Mediúnico





Responsabilidades e Riscos da Mediunidade


Todos os homens são médiuns, diferindo somente quanto à maior ou menor sensibilidade na escala mediúnica.

Entretanto, aqueles que já manifestam sua faculdade mediúnica de modo ostensivo, nos quais se percebe a ocorrência de um "fenômeno incomum", ou algo estranho que lhes domina a mente, a vontade, ou produz a perturbação psíquica, são criaturas necessitadas de um desenvolvimento mediúnico disciplinado e sob o controle de pessoas mais experimentadas.

Sem dúvida, trata-se de espíritos que já se reencarnaram comprometidos com a "mediunidade de prova", e onerados por severas obrigações cármicas decorrentes de suas iniqüidades do passado.

Esses espíritos são agraciados pela bondade dos Mestres do Alto através da hipersensibilidade do seu perispírito, decorrente da intervenção dos técnicos siderais, e assim reencarnam-se com a "graça prematura" de participarem de um serviço extra e obrigatório no mundo físico, que lhes desperte a sensibilidade para os objetivos espirituais.

A verdade é que tanto os homens cultos ou ignorantes, ricos ou pobres, desde que sofram a insidiosa perturbação que lhes afeta o psiquismo e destrambelha os nervos, não passam de criaturas necessitadas de urgente socorro dos trabalhos espíritas, para se ajustarem novamente ao seu comando psíquico e se harmonizarem com seus velhos adversários do pretérito.

Alguns encarnados, cuja mediunidade às vezes reponta de súbito, com sintomas obsessivos, requerendo os cuidados urgentes de outros médiuns mais desenvolvidos, podem ter reencarnado com a obrigação cármica de abalar as convicções infantis ou ateístas de sua própria família carnal.

Desde que são responsáveis, no passado, por acontecimentos morais que levaram algumas criaturas ao desespero, à loucura ou até ao suicídio, eles se obrigam a suportar a "prova da obsessão" e lograr a sua cura posterior, com o fito de abalar as convicções de sua parentela carnal, que comumente são suas próprias vítimas de ontem.

Embora todos os homens sejam realmente mais ou menos influenciados pela atuação dos espíritos desencarnados, não se deve esquecer que também existem os espíritos bons, em tarefa benfeitora para com aqueles que na vida física buscam a sua reabilitação espiritual.

Mas é necessário ao homem renovar-se incessantemente na composição dos seus pensamentos e manifestações dos seus sentimentos, adestrando-se tanto quanto possível no curso superior da vida espiritual.

Aqueles que desejarem se livrar da companhia das entidades das sombras não podem descurar do seu apuro moral, do estudo superior e do seu controle emocional e mental sobre os desejos inferiores e as paixões violentas.

O médium não pode ser considerado uma criatura anormal, mas se trata, sem dúvida, de um indivíduo incomum, criatura inquieta, receptiva e algo aflita, que vive, por antecipação, certos acontecimentos.

A hipersensibilidade perispiritual do médium atua com veemência na fisiologia do seu sistema nervoso e endócrino.

O médium, portanto, em face de sua sensibilidade psíquica aguçada, enfrenta uma existência mais gravosa do que o homem comum, cumprindo-lhe desde cuidar da alimentação, até suportar mais intensamente os dissabores e as preocupações da vida humana, sofrer mais facilmente os efeitos das alterações climáticas e as preocupações da vida humana, pois o seu psiquismo é demasiadamente excitável.


Alguns médiuns, entretanto, são, por natureza, pacatos e sem qualquer característica excepcional, pois sua mediunidade, neste caso, é menos sensível no campo psíquico; enquadram-se nesta situação os médiuns sonâmbulos ou de efeitos físicos, cuja faculdade é de caráter fenomênico, só identificada e manifestada durante o transe.

A luta do médium para sobreviver no mundo físico é bem mais 
intensa do que a existência do homem comum.



1. OBSTÁCULOS E VICISSITUDES NO SERVIÇO MEDIÚNICO



Geralmente, o médium é um espírito em débito com seu passado, e a faculdade mediúnica ajuda-o a redimir-se, o mais cedo possível, no serviço espiritual em favor do próximo, lembrando uma pessoa que, depois de arrependida de seus desatinos, passa a empreender atividades benfeitoras, a fim de compensar o seu passado turbulento.

Então, além de suas obrigações cotidianas, sacrifica o seu repouso habitual e coopera nas iniciativas filantrópicas e nos movimentos fraternos, atende à parentela pobre, aos amigos em dificuldades, aos presidiários e aos deserdados da sorte, funda instituições socorristas, participa de agremiações educativas e auxilia sociedades de proteção aos animais.

É obvio que, apesar dessas atividades filantrópicas, os médiuns não se livram dos imperativos biológicos do seu corpo físico e a sua faculdade mediúnica, longe de constituir-se privilégio, não os isenta das vicissitudes e das exigências educativas da vida humana, pois a saúde ou a doença não dependem especificamente do fato de o homem ser ou não médium de prova.

Malgrado o esforço socorrista elogiável e as atividades religiosas ou caritativas de muitos médiuns, eles também estão submetidos ao trabalho comum e sujeitos igualmente ao instinto animal e às tendências ancestrais da família terrena.

O espírito que já renasce na Terra comprometido com o serviço mediúnico, que o ajudará a reduzir o fardo cármico do seu passado delituoso, deve cumprir o programa que ele mesmo aceitou no Espaço!

Aliás, quando o médium retorna ao Além, ele já se dá por muito satisfeito caso tenha desempenhado um mínimo de dez por cento do programa a que se comprometeu e foi elaborado pelos seus mentores siderais.

Deste modo, o espírito que, em vida anterior, zelou pelo seu corpo físico e viveu existência sadia, sem vícios e paixões deprimentes, obviamente há de merecer na vida atual um organismo sadio e de boa estirpe biológica hereditária, que lhe permite gozar boa saúde; mas aquele que no passado esfrangalhou o seu equipo carnal e o massacrou na turbulência viciosa, gastando-o na consecução dos apetites inferiores, terá um corpo físico dotado de funções orgânicas precárias.

A mediunidade de prova é um ensejo, espécie de "aval" concedido pelo Alto ao homem demasiadamente comprometido em suas existências anteriores, mas é do seu dever cumprir a tarefa mediúnica de modo honesto, sublime e caritativo, cabendo-lhe a responsabilidade moral na boa ou má aplicação dos bens cedidos pela magnanimidade dos seus guias.

O médium não é um missionário, na acepção exata da palavra, pois, salvo raras exceções, é um espírito devedor, comprometido com o seu passado, e a sua faculdade mediúnica é um ensejo de reabilitação concedido pelo Alto, no sentido de acelerar a sua evolução espiritual.

Portanto, além de dar cumprimento aos deveres inerentes à faculdade mediúnica, terá ele de enfrentar também as contingências que a vida impõe a todos, pois os problemas que lhe dizem respeito só podem ser solucionados e vencidos mediante a luta, e não pela indiferença ou preguiça, e nem pela ajuda dos seus guias, pois estes somente ajudam os pupilos que fazem jus, pelo esforço próprio empreendido.

Quando o médium se empenha em dar fiel cumprimento à sua tarefa mediúnica e enfrenta as adversidades da vida com estoicismo e resignação, sempre é assessorado no Astral por uma equipe de espíritos beneméritos, que o amparam a fim de tornar-lhe mais fácil vencer os obstáculos da sua jornada.

É grande a responsabilidade do médium na função de "ponte viva" entre o setor invisível e o mundo físico, pois, além de tratar-se de um encargo que ele mesmo aceitou antes de reencarnar, a mediunidade é um ministério ou contribuição de esclarecimento destinada a despertar e esclarecer as consciências, sendo pois um serviço em favor da própria humanidade.

A função do médium assemelha-se à do carteiro que, embora seja a peça de menor destaque na correspondência entre os homens, caso se recuse a cumprir a função de entregar as mensagens aos destinatários, semelhante negligência constitui uma falta bastante grave.

Em tais condições, desde que se rebele contra a sua obrigação ou se escravize a vícios e paixões que prejudiquem e inutilizem a sua tarefa mediúnica, então será vítima dos espíritos das sombras e, por sua culpa, enfraquecerá o serviço libertador do Cristo.

O aguçamento imaturo da mediunidade de prova muitas vezes leva o espírito a desenganos, malogros e rebeldias, tal qual o jogador de xadrez que, após muitos lances frustrados, vacila em mover no tabuleiro a peça de menor importância.

No entanto, o médium laborioso e desinteressado, disposto a vencer todos os obstáculos, conseguirá transpor todos os empecilhos do mundo, e até os que estão em si próprio, pois há casos em que o médium, apesar de alijado e quase paralítico, mesmo assim ele consegue reunir em volta do seu leito uma turma de irmãos dispostos a ouvirem a sua palavra fraterna e instrutiva, ligando todos à faixa vibratória sublime da Vida Angélica.

Em suma, embora ele esteja impossibilitado de dar passes, participar de trabalhos de incorporação ou passar receituário, mesmo assim dá cabal desempenho à missão a que se obrigou.

À semelhança da bolota que se desenvolve no solo, sujeita a crescer naturalmente por efeito da sua dinâmica genética, o médium de prova sabe que se cultivar cuidadosamente a sua faculdade mediúnica, então também conseguirá tornar-se uma espécie de carvalho generoso, cuja sombra amiga beneficiará muitos viajantes necessitados de repouso.

Assim como o modesto veio d'água, nascido e vertido da encosta de uma cordilheira, depois de sulcar prodigamente extenso solo ressequido por onde passa, e contornar obstáculos imensos, se transforma em caudaloso e imenso rio, o médium também precisa transpor e vencer as pedras que surgem no caminho do seu aprendizado e aperfeiçoamento mediúnico.

No entanto, se quiser vencer mais facilmente as decepções e os desânimos na sua caminhada evolutiva sobre a face do planeta, o talismã milagroso para conseguir esse objetivo é integrar-se, de alma e coração, no roteiro luminoso do Evangelho de Jesus!


2. A FUNÇÃO REDENTORA DA MEDIUNIDADE E O ÊXITO NO SERVIÇO MEDIÚNICO


No aprimoramento mediúnico estão em jogo os elevados ensinamentos da vida evangélica, e a sua finalidade é a de proporcionar ao homem a sua mais breve libertação espiritual.

Entretanto, o êxito depende muitíssimo das condições morais e dos conhecimentos do médium, que deve se afastar de tudo aquilo que possa despertar o ridículo, a censura ou o sarcasmo sobre a doutrina espírita.

O médium desenvolvido, na acepção da palavra, é fruto de longas experimentações em favor do próximo!

Só o serviço desinteressado, a imaginação disciplinada e o equilíbrio moral-emotivo é que poderão garantir ao médium o sucesso nas suas comunicações com o Alto!

São dignos de censura os médiuns preguiçosos, que sentem estranho prazer em se conservar na mesma ignorância de quando iniciaram o seu desenvolvimento mediúnico.

O êxito do mandato mediúnico e a sua transparência espiritual exigem que os seus intérpretes, além do seu apuro moral, também despertem o seu comando mental e melhorem o seu intelecto.

O êxito no serviço mediúnico depende muito mais da renúncia, desinteresse, humildade e ternura dos seus medianeiros, do que mesmo de qualquer manifestação fenomênica espetacular, que empolga os sentidos físicos, mas não converte o espírito ao Bem.

A faculdade mediúnica, destinada a objetivos sublimes, bem mais importante e complexa do que o desempenho das profissões comuns do mundo, igualmente exige, na sua preparação, um roteiro inteligente, sensato e criterioso, sob o mais devotado carinho e desprendimento de seus cultores.


3. AS VICISSITUDES NO DESPERTAMENTO DA MEDIUNIDADE


Só a mediunidade saudável e natural, decorrente da evolução humana e fruto do maior apuro espiritual da alma, revela-se de modo sereno em sua espontaneidade e se manifesta de modo pacífico, como dom inato e sem produzir quaisquer sensações desagradáveis no ser.

Entretanto, no caso da mediunidade de prova, isto é, de uma "concessão" provisória, feita pela Administração Sideral, como decorrência de uma hipersensibilidade prematura, despertada excepcionalmente pelos técnicos do mundo astral com o fito de favorecer aos espíritos muito endividados, o seu despertamento é, em geral, sujeito a várias circunstâncias desagradáveis.

Durante o período de florescimento da mediunidade, a maior ou menor perturbação psíquica ou orgânica do médium também depende muitíssimo do tipo de suas amizades espirituais e do seu modo de vida no mundo material.

As alegrias, os sofrimentos ou as tristezas que o tomam de súbito também decorrem do tipo das aproximações do invisível, que se sintonizam perfeitamente aos seus pensamentos e sentimentos manifestos.

A tarefa mediúnica não compreende somente a função mecânica de o médium transmitir as comunicações dos espíritos desencarnados para o cenário terrícola, atendendo à prosaica função de "ponte viva" entre o mundo material e o Além.

O compromisso da mediunidade requer, sobretudo, que os seus medianeiros vivam existência digna e operosa na carne, a fim de lograrem sintonia com espíritos sublimes e responsáveis pela redenção do homem.

Toda imprudência, desleixo, rebeldia, má vontade ou paixão viciosa por parte dos médiuns em prova no mundo físico, geram toda sorte de distúrbios psíquicos e mesmo sofrimentos físicos incontroláveis que, por essa razão, tornam o desenvolvimento mediúnico um processo torturante.

É muito comum à maioria dos médiuns iniciarem o seu despertamento mediúnico sob a atuação dos espíritos sofredores, imperfeitos ou obsessores que, aproveitando-se da "porta mediúnica" aberta para a fenomenologia do mundo físico, atiram-se à satisfação dos seus objetivos impuros e cruéis.

Desde que o médium invigilante e desregrado ainda esteja comprometido por dificultoso resgate cármico, ele então se converte em instrumento favorável para o vampirismo dos desencarnados, que se debruçam avidamente sobre o mundo material.


A mediunidade, num sentido geral, só desperta nos homens pela ação do sofrimento, que lhes afeta a carne e o psiquismo, para depois amainar sob um desenvolvimento ordeiro nos ambientes evangélicos, dirigidos por elementos experimentados.

Só então é que o médium neófito e perturbado, pouco a pouco, se ajusta à tarefa incomum e assume o controle psíquico de seu corpo, enquanto procura sintonizar-se vibratoriamente com o espírito guia e benfeitor, que deverá protegê-lo na sua tarefa de intercâmbio com o mundo invisível.

A mediunidade é um meio para encarnados e desencarnados atingirem objetivos excelsos e, por isso, não dispensa a educação, o afinamento moral, a cultura do seu próprio intérprete, e também o seu despertamento espiritual.

É mais importante para o bom "guia" o progresso intelectivo, o desembaraço e a integração evangélica do seu médium, do que mesmo o êxito brilhante de sua manifestação mediúnica.

O mentor espiritual, sábio e sensato, muitas vezes protela as revelações extemporâneas do Além pelo seu pupilo ansioso do seu próprio destaque pessoal, para que este em primeiro lugar se revele pela modéstia sensata do homem evangelizado.

O médium, como uma criatura de responsabilidade pessoal para com a família e a sociedade, acima de tudo deverá aprender a caminhar pelos próprios pés, no tocante ao entendimento da vida imortal, e procurar ser útil ao próximo.


4. CONSUMO ENERGÉTICO E O EXCESSO DE TRABALHO MEDIÚNICO


O excesso de trabalho mediúnico, na forma de um labor prolongado, pode resultar em fadiga, que varia de indivíduo para indivíduo, conforme a maior ou menor capacidade física de sua resistência.

O médium, mesmo nos seus momentos de pura inspiração, consome certa quantidade de energias neurocerebrais, porque a mais sutil mensagem inspirada pelos espíritos exige uma série de operações intermediárias algo fatigantes, a fim de atingir a consciência física e depois se manifestar, por exemplo, na forma de palavra falada ou escrita.

Aliás, o próprio pensamento, para se manifestar a contento, depende do consumo de certas energias que o ajudam a atingir o cérebro material:


4.1- O INTERCÂMBIO MEDIÚNICO PELO PENSAMENTO COM OS DESENCARNADOS:


* Consome diversas substâncias energéticas da massa encefálica;

* Produz certa desmineralização do sangue;

* Reduz as cotas vitais magnéticas da rede nervosa;

* Mobiliza os hormônios necessários para ativar as glândulas do sistema endócrino e movimentar as cordas vocais (no caso da psicofonia) ou o braço do médium (no caso da psicografia).


Mesmo a mais singela meditação do homem eleva e excita sua tensão psíquica, mobilizando os elementos magnéticos do seu maquinismo carnal; isto acontece ainda que ele não sinta qualquer fadiga corporal.

Evidentemente, o intercâmbio mediúnico mais complexo exige maior consumo de energias do homem para o êxito dessa operação psicofísica, de alta intensidade e sob o comando do mundo oculto. No entanto, a intensidade do cansaço ou fadiga, no homem, também se manifesta de acordo com a resistência biológica e o controle emotivo da sua tensão mental.

Em conseqüência, o médium que se entrega à atividade mediúnica com sua mente descontrolada, embora permaneça sob a proteção dos espíritos amigos e benfeitores, nem por isso se livra da contingência das leis físicas que lhe disciplinam as atividades biológicas.

O Alto não exige do ser humano a carga de um "fardo" maior do que suas costas!

A faculdade mediúnica não é uma proposição atrabiliária, mas a oportunidade compensativa para o espírito endividado quitar-se consigo mesmo...

O médium desleixado, negligente, rebelde, ou que se exceda nos seus labores mediúnicos, agrava os seus equívocos de vidas anteriores!


5. OS EXCESSOS MEDIÚNICOS, AS DOENÇAS E A LOUCURA


Sem dúvida, a luta do médium para sobreviver no mundo físico é bem mais intensa e sacrificial do que a existência do homem comum, que apenas atende às contingências instintivas de cuidar da prole, que é fruto do cumprimento da lei do "crescei e multiplicai-vos".

Como o espírito reencarnado na Terra não pode isolar-se completamente das contingências inerentes ao próprio meio em que o indivíduo, na sua vida de relação, está sujeito a hostilidades e emoções que lhe afetam o equilíbrio psíquico, é obvio que o exercício da mediunidade poderá causar-lhe até mesmo a loucura, desde que ele a exerça de modo insensato e ultrapasse o limite fixado no programa elaborado antes de sua encarnação.

O médium precisa agir com muita prudência na vida física, a fim de não confundir sua responsabilidade mediúnica com os acontecimentos naturais da vida material.

Embora ele seja protegido pelos amigos desencarnados, que lhe endossaram a tarefa mediúnica na Terra, eles não podem impedi-lo de modificar sua vida, quer tomando rumos inesperados perniciosos, quer tomando decisões insensatas, que podem levá-lo à loucura, por ultrapassar o limite de sua segurança espiritual.

Sabe-se que os ascendentes biológicos hereditários da carne conservam, em sua intimidade, em estado latente, os germens de taras, vícios, estigmas e enfermidades, como a sífilis, morféia ou tuberculose, inclusive os reflexos das alienações mentais sofridas pela geração ancestral.

No próprio conteúdo sanguíneo do homem permanecem os vírus morbígenos de sua linhagem hereditária que, quando se apresentam as condições favoráveis, acabam por proliferar além da sua quota normal ou inofensiva, podendo ferir o sistema neurocerebral.

Durante os estados de debilidade orgânica muito acentuada, agravados ainda pelo bombardeio incessante das paixões violentas, como o ódio, ciúme, inveja, raiva, perversidade e outras emoções indisciplinadas, o homem desenvolve em si um 'clima' "psicofísico" negativo, que facilita o desenvolvimento de certas coletividades microbianas patogênicas, já existentes na sua intimidade sanguínea.

Assim, a loucura, nesse caso, não é propriamente fruto do exercício da faculdade mediúnica, mas sim uma conseqüência da predisposição mórbida do tipo orgânico do próprio homem.

Quer ele seja médium ou não, poderá enlouquecer desde que ultrapasse o limite de sua resistência biológica, quaisquer que sejam as causas.

Seja ele um compositor, matemático, pintor, filósofo, escritor ou líder religioso, pode vir a se tornar um alienado mental desde que atue além do limite de sua resistência psicofísica, findando sua existência transformado em paranóico, esquizofrênico e até psicopata furioso.

No entanto, isso pode acontecer sem que ele seja um médium espírita, mas sim por exercer atividades tensas e de emotividade contínua, as quais, superexcitando-lhe o íntimo da alma, terminam por afetar-lhe o equilíbrio dos órgãos cerebrais.

Em todas as pessoas que se desgovernam pelo excesso de elucubrações mentais quanto aos problemas complexos da ciência ou da arte superior, que lhes empolgava o espírito, a agudeza, a vivacidade que os dominava para expressar as suas emoções, terminaram por lhes destruir a saúde e prejudicar o intercâmbio pacífico com o mundo oculto.

Contudo, é evidente que, nesses casos, o gênio não se lhes extinguiu na alma imortal, cuja centelha divina, após a morte física, retorna ao seu equilíbrio, pois os conhecimentos adquiridos, com vistas a um ideal superior, jamais se perdem, pois são um patrimônio do próprio espírito.


6. O EXERCÍCIO DA MEDIUNIDADE PELO MÉDIUM ADOENTADO


Quanto ao médium doente ou perturbado, a sua cura positiva ou o exercício mediúnico sadio depende mais dos recursos sublimes da oração, da boa leitura espiritualista, assim como da freqüência a reuniões de caráter evangélico.

Caso ele, aflito e enfraquecido física e psiquicamente, tente os trabalhos mediúnicos, há de sentir-se ainda mais agravado pela sua excitação mediúnica; daí a necessidade de reconfortar-se no orvalho sedativo do Evangelho do Cristo!

Ele deve atender à sua saúde física, abster-se de bebidas alcoólicas, condimentos excitantes, entorpecentes e de sedativos, carnes, geralmente ingeridos a granel; caso contrário, será criatura assediada pelos espíritos glutões, gozadores e fesceninos, uma vez que o médium é porta aberta, em permanente contato com o Invisível.

Por isso, deve cultuar vida saudável e correta, que lhe preserve o corpo físico dos excessos esportivos violentos, cujas emoções dão motivo a desperdício do seu magnetismo terapêutico.


7. O DESENVOLVIMENTO PREMATURO DA MEDIUNIDADE NA CRIANÇA


Quando a mediunidade é prematuramente desenvolvida na criança, sob estímulos catalisadores ou exercícios medianímicos de contatos insistentes com os desencarnados, isso acaba por superexcitar a sua sensibilidade psíquica e causar-lhe distúrbios orgânicos.

Considere-se ainda que muitos fenômenos mediúnicos assemelham-se a acontecimentos da fisiologia humana, tais como a esquizofrenia, a paranóia, a histeria e a "certos complexos freudianos", no que se pode erroneamente julgar tratar-se de um médium em potencial.

Por isso, é de todo imprudente provocar-se o desenvolvimento mediúnico da criança, mesmo quando julgado tratar-se de um médium em potencial.

A mediunidade é como a flor; deve desabrochar no momento próprio e não em estufa!

O organismo infantil é delicado e bastante influenciado pelo fervilhamento das forças biológicas que ainda lhe consolidam o maquinário neurocerebral.As suturas, os contornos da carne de criança para a formação de sua figura humana, ainda dependem fundamentalmente das trocas simpáticas entre átomos, moléculas, células e fibras, cujo ritmo só se estabiliza depois da puberdade, quando o menino ou a menina se torna homem ou mulher.

A excitação psíquica inoportuna, as impressões mentais dramáticas, os choques emotivos ou as comoções imprevistas, tendem a alterar a segurança nervosa das crianças e podem causar-lhes desarmonias orgânicas, cujos reflexos prejudiciais afetarão a estrutura íntima do perispírito, ainda parcialmente afastado do corpo físico.

A mediunidade, portanto, é como a flor, que exige o cultivo somente no momento próprio do seu desabrochar.

É óbvio, entretanto, que a criança, que já é portadora de fenômenos incomuns, devido à faculdade mediúnica espontânea, ela os exerce como um fato inerente à sua própria pessoa, sem sofrer angústias ou aflições, produzindo-os sem esforços ou espanto, tal como ri, canta ou salta, o que para ela é manifestação natural de sua própria constituição ancestral.

É acontecimento que ela não discute, nem guarda prevenções, por considerá-los próprios da criatura humana.

Muitas crianças narram acontecimentos miraculosos sem demonstrar espanto ou receio, considerando como um fato natural à sua existência física, até mesmo as visões psíquicas que elas identificam; em conseqüência, depois de adultas, terminam por relacionar os fenômenos mediúnicos que viveram espontaneamente na infância, ligando-os então aos postulados doutrinários do Espiritismo, mas sem considerá-los indesejáveis ou fruto de distúrbio mental.

Como o intercâmbio mediúnico é serviço de grave responsabilidade espiritual, resulta, sem dúvida, de pouco sucesso quando entregue ao menino ou menina, ainda sem os compromissos próprios do adulto.


8. RISCOS DECORRENTES DA INATIVIDADE MEDIÚNICA



O médium de prova é um espírito que, antes de descer à carne, recebe um "impulso" de aceleração perispiritual mais violento do que o metabolismo do homem comum, a fim de se tornar um intermediário entre os "vivos" e os "mortos".


Assim, é criatura cuja hipersensibilidade, oriunda da dinâmica acelerada do seu perispírito, o faz sentir, com antecedência, os acontecimentos que os demais homens recepcionam de modo natural.

Esse é o motivo porque o desenvolvimento mediúnico disciplinado e o serviço caritativo ao próximo proporcionam certo alívio psíquico ao médium e o harmonizam com o meio onde habita.Tal qual um acumulador vivo, ele se sobrecarrega de energias do mundo oculto e depois necessita descarregá-las num labor metódico e ativo, que o ajuda a manter sua estabilidade psicofísica.

A descarga dessa energia excessiva, acumulada pela estagnação do trabalho mediúnico, não só melhora a receptividade psíquica, como ainda eleva a graduação vibratória do ser.

O fluido magnético acumulado pela inatividade no serviço mediúnico transforma-se em tóxico pesado na vestimenta perispiritual e causa desarmonia no metabolismo neuro-orgânico.

O sistema nervoso, como principal agente ou elo de conexão da fenomenologia mediúnica para o mundo físico, superexcita-se pela contínua interferência do perispírito, hipersensibilizado pelos técnicos do Espaço, e deixa o médium tenso e aguçado na recepção dos mínimos fenômenos da vida oculta.

Deste modo, o trabalho ou intercâmbio mediúnico significa para o médium o recurso valioso que o ajuda a manter sua harmonia psicofísica.


9. ABDICAÇÃO DO EXERCÍCIO DA MEDIUNIDADE



As criaturas que são médiuns e desistem de exercer a mediunidade devido à insuficiência de suas condições físicas, emotivas, financeiras e até morais, demonstram que não estão cônscias de sua responsabilidade espiritual.

Os médiuns nascem comprometidos para um serviço excepcional a favor do próximo, além de sua própria redenção, e isso é escolha feita livremente antes deles ingressarem na carne.

Imprudentemente, muitos esquecem esse compromisso severo e se entregam a todos os caprichos e vícios próprios do homem comum; deste modo, atravessam a existência terrena na figura do caçador de emoções e aventuras censuráveis, enquanto subestimam a mediunidade, que lhes pesa à conta de um fardo insuportável.

Embora sejam portadores de mensagem incomum, vivem presos aos preconceitos e às convenções tolas da sociedade terrena, pois transitam pelo mundo material, escravos das minúcias e das futilidades mais tolas.

Esquecendo a responsabilidade da faculdade mediúnica, eles vivem inconscientes do seu próprio destino espiritual elevado; em tais condições,negligenciam o seu labor mediúnico e desperdiçam tempo precioso entre companhias censuráveis e nos ambientes viciados.

Qual antenas vivas de maus fluidos, terminam saturados pelo desânimo, pessimismo e desconfiança, completamente derrotados diante das vicissitudes humanas.

São médiuns que encerram sua existência na condição de elementos improdutivos, gastos e desesperançados; excessivamente onerosos para o Alto, mesmo quando atendem ao mais singelo serviço mediúnico, eles exigem junto de si, a todo o momento, a presença de espíritos técnicos e cooperadores, que lhes devem cuidar da saúde periclitante, afastá-los dos lugares perniciosos e guiá-los às boas ações.

Em verdade, até para fazerem o Bem, falta-lhes o senso e a iniciativa própria!

No entanto, assim que se sentem higienizados pelos bons fluidos do Além, e assistidos pelos seus guias, eis que novamente relaxam sua vigilância e defesa psíquica, para retornarem às mesmas condições perniciosas anteriores.

Em conseqüência, o recurso mais prudente a ser providenciado pelo Alto é o de afastá-los definitivamente do serviço mediúnico ativo, pois, em caso contrário, serão vítimas da superexcitação nervosa que lhes causará ainda coisa pior.



10. FRACASSOS E ABUSOS NO EXERCÍCIO MEDIÚNICO


Ainda é grande a porcentagem dos médiuns que fracassam no exercício da mediunidade, após terem gozado o prestígio de faculdade mediúnica incomum.

Não é propriamente a posse antecipada da faculdade mediúnica o motivo responsável pelo fracasso muito comum de alguns médiuns, em prova na matéria; isso é mais conseqüente de sua imperfeição ou contradição espiritual.

O médium, em geral, é espírito que decaiu das suas posições privilegiadas do passado, sendo ainda muito apegado à sua personalidade humana transitória; deste modo, ele subestima a transcendência dos fenômenos que se processam por seu intermédio e os considera, erroneamente, mais como produto exclusivo de sua vontade e capacidade mental.

Embora muitos médiuns sejam inteligentes e mentalmente desenvolvidos, o orgulho, a vaidade, a ambição, a prepotência, a cupidez ou a leviandade ainda os fazem tombar de seus pedestais frágeis, porque falsamente se crêem magos excepcionais ou indivíduos de poderes extraordinários para a produção de fenômenos extemporâneos ou revelações incomuns.

A Terra ainda é pródiga de magos de feira, curandeiros mercenários ou iniciados sentenciosos que, através de rituais extravagantes, atraem e exploram as multidões ignorantes.


São verdadeiros "camelôs" da espiritualidade que, beneficiados pela graça mediúnica concedida pelos espíritos benfeitores, exploram-na sob o disfarce da magia ou dos poderes esotéricos, mas sempre evitando a disciplina espírita que, sem dúvida, lhes exigiria conduta ilibada e o absoluto desinteresse pecuniário no trato das coisas espirituais.


Entretanto, chega o momento em que eles são atingidos em cheio pela Lei Sideral, que lhes estanca a exploração do veio aurífero da mediunidade a serviço do comércio indigno e dos interesses pessoais, e assim terminam os seus dias sob terrível humilhação espiritual, sofrendo as agruras do mau emprego dos favores concedidos pelo Alto.

Muitas lendas terrenas são verdadeiros simbolismos e alusões ao mau uso dos dons mediúnicos, quando certos médiuns traem a confiança dos seus mentores siderais.

A tradição lendária narra o caso de criaturas que, depois de favorecidas com poderes excepcionais concedidos por anjos, fadas ou gênios benfazejos, terminam perdendo-os lastimavelmente pela avareza, cupidez, vaidade, desleixo ou interesse mercenário.

Sem dúvida, tais narrativas não passam de lendas e contos fantásticos, mas em sua profundidade permanece o ensinamento espiritual do fracasso daqueles que fazem mau uso dos talentos que os gênios do Bem concedem aos espíritos endividados, e que necessitam urgentemente de sua própria reabilitação espiritual.

No entanto, a faculdade mediúnica pode desaparecer a qualquer momento, desde que o seu portador a comprometa na Terra, para satisfazer sua vaidade ou obter proveitos ilícitos.

A nenhum médium é facultado servir-se da mediunidade para o seu uso exclusivo ou aproveitamento excêntrico, nem expô-la em público na forma de tábua de negócios, pois é também um dos talentos concedidos por Deus a seus filhos, tal como ensinou Jesus em suas parábolas.

As forças psíquicas tanto se degradam na manifestação espetacular, que só exalta a personalidade humana transitória, como se deturpam quando são transformadas em mercadoria destinada a criar todas as facilidades ou atender aos caprichos da vida física.

Os valores legítimos da faculdade mediúnica, quando são desenvolvidos e praticados com o Cristo, não produzem quedas e as humilhações que abalam a vida tumultuosa dos médiuns imprudentes.

O médium, como instrumento fiel da vontade do Senhor, revelada no mundo das formas, elabora um dos piores destinos para o futuro quando, pela sua negligência ou má fé, subverte o programa espiritual que prometeu divulgar à superfície da Terra.

Há sempre atenuante para aquele que peca por ignorância, mas é indigno da tolerância quem o faz deliberadamente, depois de haver-se comprometido para a efetivação de um serviço que diz respeito ao bem de muitas criaturas.

Os mentores siderais só concedem a faculdade mediúnica para os espíritos que se prontificam a cumprir leal e corretamente, na Terra, todos os preceitos e normas necessárias para um aproveitamento espiritual em seu favor e em favor da humanidade.

Os espíritos endividados rogam aos técnicos siderais a sua hipersensibilização perispiritual, para então desempenharem um serviço mediúnico que promova o ressarcimento de seus débitos clamorosos do passado.

No entanto, estes não podem prever antecipadamente a ganância, a vaidade, a subversão ou a desonestidade dos seus pupilos quando, depois de encarnados, se deixam fascinar pelas tentações, vícios e convites pecaminosos que os fazem fracassar na prova da mediunidade.

Em geral, depois de encarnados, deixam-se influenciar pelas vozes melífluas dos habitantes das Trevas e passam a comerciar com a mediunidade à guisa de mercadoria de fácil colocação.

Sem dúvida, quando percebem sua situação caótica espiritual, já lhes falta a condição moral e o potencial de vontade para o seu reerguimento ante o abismo perigoso.

Nenhum espírito encarna-se na Terra com a tarefa obrigatória de ser médium psicógrafo, mecânico, incorporativo ou de efeitos físicos, pois, na verdade, cada um o faz por sua livre e espontânea vontade, pois solicitou previamente do Alto o ensejo abençoado para redimir-se espiritualmente num serviço de benefício ao próximo, uma vez que no pretérito também usou e abusou dos seus poderes intelectuais ou aptidões psíquicas em detrimento alheio.

Mesmo na Terra, as tarefas mais perigosas devem ser aceitas de modo espontâneo, para que o seu responsável não venha a fugir posteriormente de cumpri-la por desistência pessoal, e, sem dúvida, a escolha do serviço perigoso sempre recai sobre o homem mais apto e capacitado para o bom êxito.

Em especial, a mediunidade de fenômenos físicos é um serviço incomum, difícil e perigoso, cujos óbices vultosos e surpresas exigem o máximo de prudência, humildade, e segurança moral.

O médium, antes de encarnar-se, sabe disso e se depois vem a comerciar com os bens espirituais e fracassar no desempenho contraditório de sua função elevada, tal fato não pode ser creditado ao Alto, que só lhe proporcionou o ensejo redentor.

A culpa, evidentemente, cabe ao próprio fracassado ante a sua imprudência em aceitar tarefas mediúnicas acima de sua capacidade normal de resistência espiritual.

As oportunidades mediúnicas redentoras são concedidas aos espíritos faltosos, mas quanto à responsabilidade do êxito ou fracasso, somente a eles deve ser atribuída, pois é o médium quem produz as próprias condições gravosas ou ditosas no desempenho de sua tarefa mediúnica.

A mediunidade de prova não se refere propriamente à concessão de faculdades mediúnicas prematuras ou poderes concedidos extemporaneamente, pelos mentores da Terra, aos homens imaturos ou que ainda não se encontram espiritualmente seguros de cumpri-las.

Às vezes, estes não passam de antigos magos que dominavam facilmente as forças ocultas, exerciam o fascínio sobre os elementais e usavam de hipnose para fins interesseiros, tal como no caso de Rasputin, que se aproveitou com os seus objetivos torpes e, como instrumento vil das trevas.

Quando tais espíritos retornam à carne para tentar a sua renovação espiritual manejando os mesmos poderes que desvirtuaram no passado, mas sob a promessa de só os empregar a favor do Bem, nem sempre logram sustentar por muito tempo o tom espiritual elevado que lhes é requerido pelos mentores siderais.

O coração atrofiado e a mente aguçada pela vontade poderosa, que é exercitada em vidas anteriores, traem esses espíritos no trabalho mediúnico do Bem, caso não se curvem humildes e desde o princípio de sua tarefa sob os postulados redentores do Cristo.

Quando os responsáveis pelo progresso do orbe verificam a inutilidade de conservá-los no serviço ativo da seara, vêem-se obrigados a alijá-los de qualquer modo, a fim de que cessem os graves prejuízos decorrentes de sua atividade descontrolada.

Mas Deus sempre concede a oportunidade de renovação moral e do trabalho digno a todos os seus filhos, e a prova mais evidente disso é que aqueles que presentemente já esposam princípios espirituais dignos e superiores devem isso à bondade divina, que tolerou as suas iniqüidades do pretérito, concedendo-lhes também a graça do serviço redentor tantas vezes quantas foram os seus equívocos.

Em verdade, os pecadores são justamente aqueles que mais precisam de Amor, tanto quanto os enfermos necessitam do médico.

Desde que do lodo pode surgir o lírio imaculado, é óbvio que dos lábios dos homens impuros também é possível nascerem a esperança e o roteiro para os seres desarvorados na estrada da vida humana.

E se Deus, o Criador do Universo, que deveria exigir do homem o máximo de submissão e acatamento aos objetivos sublimes de Sua Obra, multiplica os ensejos de sua mais breve redenção espiritual, sem dúvida, a sua criatura não tem o direito de odiar, maltratar, roubar, e execrar o seu próprio irmão de destino sideral.

Eis porque motivo o grande sucesso de todo médium, fenomênico ou intuitivo, ainda se fundamenta num único compromisso incondicional: cultuar sua mediunidade com o Cristo e tornar-se um trabalhador ativo na seara do Mestre.

Não basta ver, ouvir e sentir espíritos em seu plano invisível.

O médium, em qualquer hipótese, deve ser o homem que, além de contribuir para a divulgação da imortalidade do espírito na Terra, é cidadão comprometido pelos deveres comuns junto à sua coletividade encarnada, onde só a bondade, o amor, o afeto, a renúncia e o perdão incessante podem livrá-lo das algemas do astral inferior.

Considerando que a faculdade mediúnica de "prova" ou de "obrigação" é sempre o acréscimo que o Alto concede ao espírito endividado para conseguir a sua reabilitação espiritual, sob hipótese alguma deve ela ser negociada ou vilipendiada.

É o serviço de confiança que o médium exerce em favor alheio, sem deixar de cumprir todas as suas obrigações para com a família, a sociedade e os poderes públicos.

Os mentores siderais não lhe exigem o sacrifício econômico da família, a negligência educativa da prole, o descuido com as necessidades justas da parentela, para só atender indiscriminadamente ao exercício da sua faculdade.

Cada médium, como espírito em evolução, conduz o seu próprio fardo cármico gerado no pretérito delituoso, o que também lhe determina as obrigações em comum no lar, onde vítimas e algozes, amigos e adversários de ontem empreendem o curso de aproximação espiritual definitiva.

Assim é que, em última hipótese, deve prevalecer sobre o serviço mediúnico o cumprimento exato das determinações cármicas que lhe deram origem à existência na matéria.

Considerando-se que o mundo de César é o reino transitório dos interesses da vida material para a educação do espírito imperfeito, o dom mediúnico é a dádiva espiritual do reino do Cristo, e não mercadoria de especulação mundana.


11. CONSEQUÊNCIAS DO MAU USO DA MEDIUNIDADE


Há médiuns poderosos, que produzem fenômenos incomuns e curas extraordinárias e que, no entanto, mercadejam com sua faculdade mediúnica, enquanto há outros que são escravos dos vícios mais comuns.

Quantas vezes as autoridades públicas do mundo material também credenciam determinados indivíduos para desempenharem serviços de importância em favor do povo, porque os julgam homens de bons propósitos, honestos e leais?

No entanto, comumente eles enodoam o seu trabalho e traem a confiança dos seus superiores, deixando-se tentar pela cobiça, avareza ou fortuna fácil, terminando por cumprir desonestamente aquilo que lhes fora solicitado para o bem comum!

O mandato mediúnico, que autoriza o seu outorgado a prestar um serviço útil à coletividade encarnada, também lhe beneficia o espírito imperfeito, por cujo motivo é compromisso que deve ser executado com toda a dignidade e elevação moral.

Aceitando a tarefa mediúnica de suma importância para si e para o próximo, é evidente que o médium fica responsável por qualquer desvio ou perturbação que venha a produzir durante o exercício de sua tarefa no mundo profano.

Mas é evidente que os anjos do Senhor, por serem almas repletas de ternura e amor, sempre guardam suas esperanças na corrigenda ou renovação dos espíritos que, embora sendo imperfeitos e culposos, são convocados ao serviço espiritual superior da mediunidade no mundo físico.

Assim, eles não os privam subitamente da faculdade que os põem em contato com o mundo espiritual; multiplicam-lhes as oportunidades de recuperação das novas faltas e os ajudam a sanar os deslizes cometidos no seio da doutrina que os apóia na carne.

Paradoxalmente, quais árvores nutridas de seiva arruinada, esses médiuns ainda continuam a dar bons frutos, mas ignoram que é o generoso "toque" angélico, que tudo higieniza e sublima, o que realmente promove as curas e garante as revelações sadias.

Cegos pela vaidade de se julgarem auto-suficientes, capazes de tudo realizar na suposta independência de qualquer comando invisível, abdicam da vigilância e do bom senso, imunizam-se à vibração angélica e tombam fragorosamente no lodo de suas próprias imprudências.

Infelizes e orgulhosos, não conseguem perceber quando também "muda" a presença oculta que os protegia; quando se retira o anjo e em seu lugar surge a figura maquiavélica e astuta do gênio das sombras!

Dali por diante, há um "dono" e não um "guia"; em lugar do orientador terno e tolerante, que a todos os equívocos e interesses inconfessáveis do médium apunha o selo da sua responsabilidade espiritual, surge a alma cruel, daninha, orgulhosa e viciosa, que exige, domina e castiga!

Desaparece o anjo amoroso, que conduz as almas para o reino da Luz, e se manifesta o senhor de escravos, que depois arrasta do túmulo o espírito imprevidente para as regiões das trevas!

Esse é o fim dos médiuns que, depois de agraciados por destacados poderes espirituais no trato do mundo físico, para o bem de si e da coletividade encarnada, terminam enodoando sua tarefa com a vileza da negociata impura e carregando a desconfiança e a hostilidade para o serviço mediúnico.

O sofrimento dos médiuns que não cumprem o seu mandato espiritual dignamente na Terra, e que eles mesmos requereram para a sua própria redenção, bem antes de se reencarnarem, negligenciando seus compromissos espirituais, não é imposto pelo Alto, à semelhança dos julgamentos da justiça humana.

Embora não lhes seja aplicado deliberadamente nenhum castigo determinado pelas autoridades sidéreas, as suas condições vibratórias demasiadamente confrangedoras e o remorso cruciante, devido ao desrespeito à confiança angélica, são suficientes para vergastar-lhe a consciência e maltratar-lhe a alma angustiada.

Depois que despertam no Além e reconhecem, à luz meridiana de sua consciência espiritual, os enormes prejuízos que causaram na consecução do elevado programa organizado pelos espíritos benfeitores, os médiuns delinqüentes se tornam ainda mais infelizes, verificando a necessidade de recomeçar novamente a mesma tarefa na Terra, não só em piores condições, como ainda deserdados do endosso angélico de que abusaram negligentemente.

E como ainda á extensa a fila dos espíritos desencarnados aguardando novos corpos físicos para uma reabilitação espiritual que lhes amaine as dores perispirituais e lhes olvide o remorso das vidas pregressas mal vividas, esses médiuns perdulários e faltosos terão de permanecer muitos anos no mundo astral, a meditar nas suas desditas e sofrer o efeito de suas mazelas íntimas.

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Fontes bibliográficas:

1. Mediunismo - Maes, Hercílio. Obra mediúnica ditada pelo espírito Ramatís. 5ª ed. Rio de Janeiro, RJ. Ed. Freitas Bastos, 1987, 244p.

2. Elucidações do Além - Maes, Hercílio. Obra mediúnica ditada pelo espírito Ramatís. 6ª ed. Rio de Janeiro, RJ. Ed. Freitas Bastos, 1991.Mediunidade de Prova

Aureliano Alves Netto


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'A mediunidade é ensejo de serviço e aprimoramento, resgate e solução. '- Emmanuel

Quando Arigó foi tragicamente vitimado num desastre automobilístico alguém nos manifestou sua estranheza:

- Pois quê! Não era um médium prodigioso?

- Era, sim - respondemos -, mas isso não lhe conferia nenhum privilégio. O acidente fazia parte de sua provação. Agora está liberto.

O diálogo sugeriu-nos esta crônica:

Mediunidade, segundo alguns autores, é faculdade psíquica paranormal latente em todo indivíduo; e, na opinião de outros, faculdade de origem exclusivamente fisiológica.

O escritor espírita argentino Natálio Ceccarini entende que a mediunidade não é uma aptidão orgânica e sim um "atributo da alma que se exterioriza através do mecanismo mental, organização psíquica, sistema nervoso do dotado".

Porém, a nosso ver, a melhor definição é a de Emmanuel:

"Sendo a luz que brilha na carne, a mediunidade é atributo do Espírito, patrimônio da alma imortal".

A bem dizer, o fenômeno mediúnico surgiu com o próprio aparecimento do homem sobre a Terra.

Entretanto, somente após o advento do Espiritismo passou a ter sua adequada conceituação e ser objeto de estudo científico e prática metodizada, em âmbito universal.

Em O Livro dos Médiuns, ensina Kardec.
"Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium.

Essa faculdade é inerente ao homem; não constitui, portanto, um privilégio exclusivo.

Por isso mesmo, raras são as pessoas que dela não possuam alguns rudimentos.

Pode, pois, dizer-se que todos são, mais ou menos, médiuns.

Todavia, usualmente, assim só se qualificam aqueles em quem a faculdade mediúnica se mostra bem caracterizada e se traduz por efeitos patentes, de certa intensidade, o que então depende de uma organização mais ou menos sensitiva".

Difícil, senão impossível, o escalonamento rigoroso das categorias de médiuns, em virtude da imensa variedade dos fenômenos.

De modo genérico, no entanto, parece-nos que, exceto alguns poucos Missionários como Antúlio, Crispa, Buda e Pitágoras, portadores da chamada "mediunidade natural", ou mais propriamente, do dom da intuição Pura, todos os demais que estabelecem intercâmbio espiritual com o "outro mundo" apenas exercitam a mediunidade de prova.

Estas palavras de Emmanuel fortalecem nosso ponto de vista:

"Os médiuns, na sua generalidade, não são missionários, na acepção comum do termo: são almas que fracassaram desastradamente, que contrariaram sobremaneira o curse das leis divinas e que resgatam sob o peso de severos compromissos e ilimitadas responsabilidades, o passado obscuro e delituoso.

O seu pretérito, muitas vezes, se encontra enodoado de graves deslizes e de erros clamorosos.

Quase sempre são espíritos que tombaram dos cumes sociais pelo abuso do poder, da autoridade, da fortuna e da inteligência, e que regressam ao orbe terráqueo para se sacrificarem em favor do grande número de almas que se desviaram das sendas luminosas da fé, da caridade e da virtude".

Em seu livro A vida de Ultratumba, Rufina Noeggerath registra esta comunicação ditada pelo Espírito Henrique Delaage:

"A mediunidade não é um dom na acepção comum da palavra; tão pouco é um privilégio.

Cada pessoa vem à Terra com uma faculdade mediúnica determinada, inerente à sua natureza, para ter a possibilidade de se comunicar com os desencarnados que, por seu passado, seu presente, e, melhor ainda por seu futuro, estão enlaçados aos mortais".


A mediunidade constitui-se pois, num instrumento de trabalho para aqueles que retornam à vida corporal as mais das vezes em serviço de reajustamento.

Mas, representa, ao mesmo tempo, uma faca de dois gumes.

Dotado de livre arbítrio, o reencarnado tanto pode utilizar proficuamente esse instrumento de trabalho, como deixá-lo desaproveitado a enferrujar ou transformá-lo em arma de destruição.

Assim é que vemos médiuns íntegros ciosos do seu mediunato, como Chico Xavier e Divaldo Franco, para enumerar apenas os mais conhecidos.

Esses estão cumprindo bem a tarefa.

Contudo, sem se julgarem isentos das sanções determinadas pela Lei de Causa e Efeito.

Em contrapartida, há lamentavelmente outros cujos nomes nem é bom citar, que, ou sempre foram mercenários, ou degeneraram depois de uma atividade honesta e proveitosa.

De qualquer maneira, o certo é que a lei não poderá deixar de ser cumprida fielmente: a cada um, segundo o seu merecimento.


(Revista Internacional de Espiritismo – Agosto de 1972)


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