O mal que você faz, recai sobre vocêCerta mulher assava chapatis para seus familiares e fazia sempre um a mais para algum passante faminto. Costumava deixar e esse chapati extra no peitoril da janela para quem quer que desejasse leva-lo.
[ chapati é um pão indiano.]Todos os dias passava um corcunda e levava o chapati. Ao invés de agradecer, ia-se embora resmungando estas palavras:
“O mal que você faz, recai sobre você.
O bem que você planta, você colhe!”
E isso se repetia um dia atrás do outro. A cada dia o corcunda passava, pegava o chapati e lá se ia, repetindo:
“O mal que você faz, recai sobre você.
O bem que você planta, você colhe!”
A mulher foi ficando irritada: “Sequer uma palavra de agradecimento!”, dizia-se a si mesma. “Todos os dias esse corcunda repete a mesma cantilena! Que está querendo dizer com isso?”
Certo dia, exasperada, decidiu tirá-lo de seu caminho . “Vou me livrar desse corcunda!” E que é que fez ela? Botou veneno no chapati que preparava para ele !
Porém, quando estava para coloca-lo no peitoril da janela, percebeu que suas mãos tremiam: “Que é que eu ia fazer?!”, disse. E imediatamente atirou o chapati ao fogo, preparou um outro e o colocou no peitoril da janela. Como de costume, aproximou-se o corcunda, pegou o chapati e resmungou:
“O mal que você faz, recai sobre você.
O bem que você planta, você colhe!”
O corcunda foi adiante em seu caminho, alegremente sem se quer imaginar a batalha que se desencadeava na cabeça daquela mulher.
Todos os dias, após ter colocado o chapati sobre o peitoril da janela, ela fazia uma oração por seu filho que havia partido para um lugar distante em busca de fortuna. “Meses a fio não recebia notícias dele. E quanto já havia orado para que voltasse são e salvo...
Foi nessa tarde que ouviu baterem à porta. Assim que abriu, foi surpreendida pela presença de seu filho, ali, em pé diante da porta. Estava muito magro. Suas roupas, esfarrapadas. Estava faminto e enfraquecido.
Logo que viu sua mãe, foi dizendo: - Mãe, é por um milagre que eu estou aqui. Quando me encontrava já a pouco mais de um quilometro daqui, estava tão faminto que perdi os sentidos.
Eu teria morrido se não fosse um velho corcunda que por ali passava. Implorei dele qualquer sobra de comida e ele foi tão bom que me deu um chapati inteiro, dizendo: “Isso é o que eu como todos os dias. Pode comê-lo porque hoje você precisa mais do que eu!”
Assim a mãe ouviu essas palavras, empalideceu. Apoiou-se ao umbral da porta para não cair . Veio-lhe à memoria o chapati jogado ao fogo, seu próprio filho o teria comido e perdido a vida. Foi aí que percebeu todo o significado das palavras do corcunda:
“O mal que você faz, recai sobre você.
O bem que você planta, você colhe!”
-----------------ReflexãoEstá “estória” teria toda e qualquer condição de se tornar uma “história”, acredito que ela já existiu ou vai existir com dois fins diferentes.
Gostaria de dizer que, às vezes, na nossa vida, deixamos várias coisas acontecerem simplesmente por um sentimento ruim, seja ele, raiva, tristeza, ódio, amargura etc..
Devemos refletir sobre aquele verdadeiro fato: ninguém faz as coisas por maldade, a maldade é uma manifestação da inconsciência, ou seja pela ignorância.
Se pesarmos várias coisas que fazemos, vários atos que cometemos, não é nada mais do que a nossa ignorância resplandecendo. Neste conto podemos observar o quando a “mãe” foi sabia e por um segundo sua sabedoria combateu sua ignorância e pensou sobre sua atitude, agora imaginemos, simplesmente por um sentimento tolo como raiva.
Claro que é impossível controlar tudo, saber tudo, mas, se quisermos, podemos conhecer uma gota deste grande oceano.
Perfeição será impossível de alcançar, mas a cada ato nobre que fizermos será uma semente que plantaremos, e a cada ato de ignorância que também fizermos, será uma semente que plantaremos, no final colheremos aquilo o que plantamos.
Como diz na estória:
“O mal que você faz, recai sobre você.
O bem que você planta, você colhe!”
Quero
[ lembrar] o quanto o conhecimento de si mesmo e do mundo é importante na nossa vida, como seres
[ conhecer a nós mesmos requer, antes de tudo, humildade para reconhecer a nossa própria ignorância, assim como relevar e perdoar a dos demais], até pelo o fato de que temos tantas coisas neste universo temos tudo o que precisamos para uma vida saudável e feliz, mas para isso precisamos (,,,)
[ fazermos escolhas sábias] como se fosse a ultima coisas que faria se tivesse um minuto de vida.
“O conhecimento é irresistível.”
Sei que em certos momentos existem pessoas que nos magoam, pessoas que nos fazem coisas ruins, mas devemos entender o quanto
[ainda] é grande sua ignorância, e aprendermos o quanto
[seremos] virtuosos
[se] entende-la.
As atitudes ruins de pessoas contra você apenas fará mau para elas mesmas, mesmo que isto demore, ou não, as vezes as pessoas nos magoam, nos entristecem, nos chateiam, mas isto pode ser porque elas precisam de ajuda, muito mais do que nos próprios, talvez a ignorância de si mesmo seja tão grandiosa que não sobra lugar para a virtude.
[ E talvez, ela seja apenas o instrumento para uma lição que, neste momento, precisamos aprender.]Vamos tentar olhar com carinho e amor para estas pessoas, quem sabe o nosso dia não se torne mais 9...)
[suave], e nossa vida, eternamente, feliz, pois os dias quando acabados apenas se somam para construir a nossa “história”, será que não vale apena escrever um bom livro
[pessoal]? Pense nisso...!
Obrigado Diego Elias.