ESTOU PENSANDO SOBRE AS EMOÇÕES
Não nascemos prontos. Vamos criando e recriando o nosso “eu” ao longo da vida. Não como uma tela onde pintamos o retrato de nós mesmos, nem como uma colcha de retalhos onde formamos o desenho do que nos tornamos. Não. Essas são formas definitivas que, se retocadas, deixam marcas, borram o desenho ou estragam o tecido.
Penso que somos mais como o vento - mutáveis e não definitivos; ora fracos, ora fortes; às vezes suaves, outras destrutivos; e sempre mudando de direção.
Renovamo-nos a cada experiência vivida. Cada emoção sentida é como uma onda que nos leva para praias inexploradas de nós mesmos.
Quão longe vamos, depende da intensidade com que sentimos e expressamos essas emoções. Por isso, as reprimimos - com medo de nos afastarmos do porto seguro onde ancoramos a nossa existência. E assim é que, sob o efeito de uma emoção incontrolável, entramos em pânico e explodimos, perdidos e afastados demais do “porto seguro”.
Todavia, quando conseguimos vencer o medo do desconhecido e nos entregamos às ondas turbulentas da emoção, como as águas de um rio se entregam aos abismos das cachoeiras, chegamos transformados a outras margens e já não nos reconhecemos naquilo que fomos.
Deixamos de ser rio - somos MAR.
Luciene Aragão Melo
(Trecho do livro MAGIA, MISTÉRIO e MILAGRE
- LIVRO II - TRANSFORMAÇÃO)
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- Salve as Yabas!
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