Antes do texto, motivo do post, vejamos o que significa a palavra preconceito.
Segundo o Dicionário Aurélio, o Preconceito é:
1 Ideia ou conceito formado antecipadamente e sem fundamento sério ou imparcial.
2 Opinião desfavorável que não é baseada em dados objetivos.
3 Estado de abusão, de cegueira moral.
4 Superstição.
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O que é Preconceito:
Preconceito é um "juízo" preconcebido, manifestado geralmente na forma de uma atitude discriminatória perante pessoas, culturas, lugares ou tradições considerados diferentes ou "estranhos". Ao ser usado no sentido pejorativo costuma ser simplista, grosseiro e maniqueísta. As formas mais comuns de preconceito são: social, "racial", cultural e "sexual".
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De modo geral, o ponto de partida do preconceito é uma generalização superficial, chamada "estereótipo".
Observar características comuns a grupos são consideradas preconceituosas somente quando entrarem para o campo da agressividade ou da discriminação, caso contrário reparar em características sociais, culturais ou mesmo de ordem física por si só não representam preconceito, elas podem estar e/ou não - denotando apenas costumes, modos de determinados grupos ou mesmo a aparência de povos de determinadas regiões, pura e simplesmente como forma ilustrativa ou educativa, por vezes questionada pela Ciência e a Psicologia.
Observa-se então que o preconceito, se associado a discriminação, pode ser considerado um erro.
Os sentimentos negativos em relação a um grupo fundamentam a questão afetiva do preconceito, e as ações, o fator comportamental. Segundo Max Weber (1864-1920), o indivíduo é responsável pelas ações que toma. Uma atitude hostil, negativa ou agressiva em relação a um determinado grupo, pode ser classificada como preconceito. Essas atitudes, trazem muitas coisas negativas e também problemas.
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Origem: Wikipédia
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Queria falar de uma espécie de preconceito que existe, e muitas vezes não damos conta que existe, pois muitas vezes optamos por discutir o preconceito religioso, sendo este de fora pra dentro da nossa religião.
Gostaria de adentrar no preconceito umbandístico (se o nome não existe, criei agora, muito embora desde 1908, acredito que deva existir o sentimento).
Há muito tempo, cada de um nós adquire experiências que se encaixam perfeitamente neste tema que estou abordando. É fato lastimável e quesito sustentador que comprova cada vez mais porque é a Umbanda uma religião que, embora linda, ainda seja motivo de galhofa...
Mas, galhofa porquê? Por que existem aqueles que atiram pedras? Sim, existem... Mas existem aqueles que dão motivo para tal.
Talvez haja um culpado, mas se há, de quem seria a culpa? Da mídia que em programas de comédia pastelão, em novelas horripilantes, mas de grande audiência, falam do Exu que cobra pra fazer feitiço, da macumba na encruzilhada, da amarração do homem perfeito?
É do Evangélico, público fiel que mais cresce no mundo (podem ser o que for, mas é uma realidade)?
É do católico?
Do Espírita que, em sua grande parte, olha torto para nós, achando que apesar de médiuns, trabalhamos com espíritos xucros e atrasados, viciados em bebida e fumo?
Ou dos candomblecistas mal orientados que dizem que a Umbanda, apesar de ser uma ramificação deles (um absurdo), é fraca, pois vê os Orixás como santinhos e nossas mandinguinhas são de arroz doce?
Não, a culpa é do umbandista. É ele o maior câncer preconceituoso que existe e depõe contra a própria religião.
É o umbandista vaidoso que, por saber um pouco mais que o outro, o julga ignorante e diz que este faz tudo errado.
É do umbandista orgulhoso, umbandista invejoso, umbandista irresponsável que acha que pode ir quando quer ao seu terreiro, fazer o que quiser e não dar satisfações aos seus dirigentes, sejam eles encarnados ou espirituais.
É o umbandista fanático e radical que acha que "tudo é o santo", não sabe caminhar com suas pernas e vive dependente do que os guias dirão e não admite outros conceitos.
É o umbandista babaca que fica criticando seus irmãos, usando de palavras irônicas e rindo das limitações dos mesmos, ironizando suas colocações humildes e de falta de oportunidade de conhecimento que este mesmo babaca teve.
Que, ao ver que o seu irmão de fé, por trabalhar num outro terreiro e, diante disso, seguir as normas do seu Guia Chefe, tacha-o de errado e ignorante, por não fazer o seu ritual dentro da sua cartilha.
É o que, por visitar o terreiro do irmão e reparar que este conseguiu colocar um piso novo, antiderrapante, enquanto o seu ainda é de cimento, critica-o veladamente, com o rótulo do esnobismo e ostentação.
É o umbandista preguiçoso e maledicente que chama o irmão de visionário, só porque ele acredita que tudo deva ter um porque e diante disso, procurou aprender e achando que os Guias devem fazer e resolver tudo, enquanto ele apenas incorpora.
[ Sem contar aqueles que culpam os Orixás e Guias por todos os seus vícios e desmandos.]
É o umbandista melindroso que fecha sua cara e solta farpas, também veladas, quando é chamado à atenção por sair da disciplina e ser lembrado que sua conduta é anti-evangélica.
Como diz o Caboclo Ventania (lembrei-me agora das "Sete Lágrimas de um Preto Velho" do Matta e Silva), que ao vermos umbandistas assim, cuspindo no hino da umbanda, a fim de que reflitam não a luz divina, mas o néon de suas vaidades através dos holofotes de sua ignorância espiritual, os seus Guias e os Orixás choram.
Choram lamentando por verem seus filhos e tutelados ciscando pela vida alheia, esquecendo-se da sua, não pegando uma minhoca sequer (essa eu já parafraseei o amigo Sr. Malandrinho).
Não estou aqui apontando ninguém, nem me julgando acima de nada, apenas refletindo, pois percebo que muitos umbandistas criaram um dogmatismo pessoal, uma vez que na Umbanda não existem dogmas.
Se eu estivesse aqui julgando estaria sendo um umbandista inquisidor, e prefiro deixar o julgo para quem é de direito, com toda a Sua Justiça e Lei se aplicando, e ser um umbandista reflexivo, mas atuante, ativo, dentro da minha religião.
Quero sim realçar que quando recebemos algo do Alto, iremos ser cobrados... "A quem muito é dado, muito será cobrado..." Por isso que, também existe o umbandista covarde, pois tem medo do compromisso.
Foi apenas uma reflexão sobre este mal que assola pelo mundo e vemos acontecer na nossa Umbanda, tão eclética que respeita e abarca a todos os graus conscienciais dos filhos de fé que a amam.
E esse preconceito velado existente, meus irmãos, como diria Aline Barros (cantora evangélica), é tremendo.
Só que para ela o "tremendo" é o poder de Deus, que todos temos que concordar... Só que o tremendo a que me refiro é ao porte volumoso de preconceito incubado.
É Aline, é tremendo... E tremendo fico eu, de nervoso, quando vejo ignorância, hipocrisia, utilitarismo por parte não dos leigos, mas dos que militam na nossa religião, sendo adeptos ou médiuns.
Axé para todos!
- Pai Júlio Cezar
Fonte:
Templo Espiritualista do Cruzeiro da Luz
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