Hoje o vento está falando. Falando verdades aos ouvidos dos homens. Só escuta quem está preparado para a conexão. Só sente quem deixa penetrar em si o próprio universo.
Estou trabalhando e minha janela se abre para um corredor fechado, onde o vento pode encostar o cisco. Mas, vez ou outra ele grita e, no seu longínquo uivo, sinto o corpo estremecer.
Por vezes amedronta, pois como força da natureza, tem poder para varrer e levar tudo que quiser. Mas, na maior parte de seu "canto", ouço uma tristeza e uma ira embutidas. Talvez queira nos alertar, talvez lembrar.
Alguns sons parecem de flauta, outros são tão agudos que parecem monstros enlouquecidos. E o barulho das folhas caindo fazem parte da orquestra, junto com o bater dos vidros.
A natureza é extraordinária. Quando eu era criança, nos dias de ventania, corria para uma construção do meu avô, que tinha uma escadaria e ali ficava de braços abertos dizendo em voz alta: "venha vento!"
Ensinei isso às minhas netas e, quando saímos a pé pela rua, costumamos fazer isso nos dias de vento. E o mais interessante é que ele responde quase de imediato com um longo e forte sopro, fazendo nossos cabelos esvoaçar. Somos bruxas, dizem elas! Sim, somos...!
Quando conseguimos nos conectar com a mãe natureza, nossa força interior muda. E dela extraimos força, energia e poder.
Estou escrevendo e o vento continua a falar comigo de forma gentil, com seu lamento, uivo, grito, como quiserem chamar. Para mim essa voz fascina, intriga e age de maneira absurdamente sinistra.
Que o vento venha, que reine na terra da paz e que limpe toda energia de egoísmo, frustração e ganância da Terra! Ele pode destruir, mas o segredo é que quando isso acontece, energeticamente aquele lugar precisava de novas forças, mudanças.
Para mim, trabalhar com seu sussurro ao meu ouvido é motivo de vislumbre.
Eu me conecto com Tua força Mãe Natureza e abro os braços para energizar e receber Teu alimento.
Namastê
Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)
- EPARREY, IANSÂ!
Salve o Vosso Mistério, minha Mãe amada!
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