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10/10/2015

POR QUE JESUS É INCOMPREENSÍVEL AOS PRÓPRIOS RELIGIOSOS?






Podem dividir-se as matérias contidas nos Evangelhos em cinco partes: os atos comuns da vida do Cristo, os milagres, as profecias, as palavras que serviram para o estabelecimento dos dogmas da Igreja e o ensinamento moral.

Se as quatro primeiras partes foram objeto de controvérsias, a última manteve-se inatacável.

Diante desse código divino a própria incredulidade se inclina; é o terreno onde todos os cultos podem se reencontrar, a bandeira sob a qual todos podem se abrigar, quaisquer que sejam suas crenças, porque jamais foi objeto de disputas religiosas, sempre e por toda parte levantadas pelas questões de dogma.

Aliás, discutindo-as, as seitas encontrariam aí sua própria condenação, porque a maioria está mais interessada na parte mística do que na parte moral que exige a reforma de si mesmo.

Todo o mundo admira a moral evangélica, muitos se fazem confiantes, sobre o que dela ouviram dizer, ou sobre a fé que constroem nas máximas que se tornaram proverbiais; mas poucos a conhecem a fundo, menos ainda a compreendem e sabem deduzir suas consequências.

A forma alegórica, o misticismo intencional da linguagem, fazem com que a maioria o leia por desencargo de consciência e por dever, como leem as preces sem as compreender, quer dizer, infrutiferamente.

Os preceitos de moral, confundidos na massa de outras narrações, passam desapercebidos; torna-se, então, impossível compreender-lhe o conjunto, e fazê-lo objeto de leitura e de meditação em separado.

As máximas isoladas, reduzidas à sua mais simples expressão proverbial, tornam-se, ao longo do tempo, apenas aforismos que perdem parte do seu valor e do seu interesse, pela ausência dos acessórios e das circunstâncias nas quais foram dadas.

Muitos pontos do Evangelho, da Bíblia e dos autores sagrados em geral, não são inteligíveis, muitos mesmo não parecem irracionais senão pela falta de uma chave para compreender-lhes o verdadeiro sentido;

Ajuntamos algumas instruções escolhidas entre as que foram ditadas pelos Espíritos, em diversos países, e por intermédio de diferentes médiuns.

Se essas instruções tivessem saído de uma fonte única, elas teriam podido sofrer uma influência pessoal ou do meio, ao passo que a diversidade de origens prova que os Espíritos dão seus ensinamentos por toda parte, e que não há ninguém privilegiado a esse respeito.

O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, da origem e do destino dos Espíritos, e de suas relações com o mundo corporal; não é, portanto, uma religião senão pelas consequências filosófico-morais que as comunicações de além-túmulo produzem.

Chegará o dia em que não haverá mais divisões religiosas, porquanto o homem saberá, claramente, de onde veio, porque aqui está e qual a sua destinação depois das excursões pelos mundos materiais.

O Evangelho Segundo o Espiritismo é para uso de todos. Nesta obra, cada um poderá encontrar meios de conformar sua conduta à moral do Cristo.

As instruções dos Espíritos são verdadeiramente as vozes do céu que vêm esclarecer os homens e convidá-los à prática do Evangelho rumo a Deus, ou Inteligência Suprema e causa primária de todas as coisas.


(Trechos adaptados da Introdução de
O Evangelho Segundo o Espiritismo)



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