.OKEY CABOCLO!

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OKEY CABOCLO!

09/10/2015

A CIÊNCIA SUSTENTANDO A ESPIRITUALIDADE: UM CASO REAL






Ao conversar com um irmão, que está passando por uma situação semelhante, lembrei-me de uma ocasião em que tive de aconselhar um adolescente, nascido em família evangélica, que estava usando drogas.

Ele já havia abandonado a escola, raramente tomava banho, estava roubando, inclusive a própria casa, e havia se envolvido com os marginais do bairro.

Tentei conversar com ele para fazê-lo ver o quanto seus pais sofriam com o seu mau comportamento, mas entre esquivos e profundo desagrado, ele me disse: “Eu não pedi pra nascer!”.

Lembrei-me, então, que na minha adolescência, por bem menos, eu também falei isso para a minha mãe, e pus-me a refletir no que os adolescentes querem dizer com estas palavras.

Para mim, naquela época, pelo sentimento de inadequação e uma enorme sensação de impotência ante os acontecimentos, o que o meu emocional, revoltado, gritava era : “Vocês me trouxeram a este mundo horrível, sem me perguntar se eu queria vir ou não; agora vocês vão ter que me aguentar!”.

Eu compreendo a frustração do adolescente, pois há muitas cobranças que recaem sobre essa pessoa que não se encaixa bem em lugar nenhum.

É um momento de duras provas, para o caráter espiritual, da alma, que está moldando sua atual personalidade, de ser humano, pois ele já não tem mais a compreensão dispensada a uma criança, e, ainda não consegue discernir com a clareza que, muitas vezes, falta, até aos adultos.

Respondi-lhe: " Você não está sendo sincero comigo, nem para com seus pais ou para consigo mesmo. É lógico que se você não pediu para nascer, pelo menos aceitou, por alguma razão que lhe é favorável em sua evolução".

Ele retrucou exasperado: " Crendices!" - Logo depois ele afirmou algo que me surpreendeu, por não ser assunto comum, entre os umbandistas, e, de forma alguma é assunto entre evangélicos. Ele disse: " Não há escolha em encarnação compulsória!"

Eu só tinha conhecimento, sobre tal assunto, pelo que li em ensinamentos espíritas, mas precisamente, nas obras de Edgar Armond, mas, pesquisando, após esse evento, descobri que fazem parte das codificações de Allan Kardec. *

Percebi que não era o garoto quem estava conversando comigo, pois ele não tinha condições de responder com informações que exigem um mínimo de estudo sobre o assunto. Ele não poderia ter tais conhecimentos, eu o conhecia desde que era bebê, ainda mais considerando que era filho de uma família de 'evangélicos'.

Sabendo que neste ponto crítico, de exasperação emocional, ele, o garoto, não me ouviria mais, pois, quem quer que estivesse o controlando não deixaria. Decidi encerrar a conversa, prometendo-lhe que voltaria e provaria que ele estava errado.

No caso do adolescente que eu aconselhava, recebi ajuda da forma que me é comum, quando não estou incorporada, com uma visão bem clara do quadro geral em que, o assunto tratado, se insere.

Naquele momento, o assunto era a presença do garoto em uma corpo e condições de vida que ele alegava não ter pedido. E uma presença espiritual que, por alguma razão, o estava influenciando.

Em casa, e em meditação, um sentimento de plenitude me envolveu, e uma imagem maravilhosa formou-se diante dos meus olhos. Vi um óvulo humano cercado de espermatozoides que tentavam fecundá-lo, e vi o momento exato em que um deles conseguiu entrar, deixando todos os demais do lado de fora.

Tudo isso bem à minha frente, em tamanho gigante – a imagem formada era tão clara que, quase se podia tocá-la.

No dia seguinte voltei à casa do garoto, que é meu vizinho, e disse-lhe: "- Ontem você mentiu para mim, você está ciente disso?"

Ele ficou me olhando espantado, tentado adivinhar do que eu estava falando, então perguntou: " A senhora pode refrescar minhas idéias?"

"- Ontem você me disse que não pediu pra nascer, mas é mentira. "

Imediatamente ele assumiu uma postura corporal de desafio e retrucou: " - Eu não pedi para nascer, mesmo! Como eu iria pedir se eu nem existia? E com todo respeito, eu não acredito nessas crendices da religião da senhora."

" Tudo bem!", eu disse, "- Mas preste atenção, pois eu não lhe falarei com base em religião, e sim em ciência."

Ele tentou disfarçar, mas percebi que consegui sua atenção e continuei:

" - Quando sua mãe engravidou, uma metade sua lutou desesperadamente contra mais de 'trocentos' outros espermatozoides para poder fecundar o óvulo. Essa metade nadou com todas as suas forças, lutou, venceu, fecundou, desenvolveu-se e nasceu; você.

Ao invés de ser você, poderia ter sido qualquer outro. Seus pais tiveram mais de trezentos milhões de chances de ter um outro filho ou filha.

Alguém melhor ou pior que você, não saberemos, e isso não importa mais, porque o vencedor está aqui, e dele podemos saber. Você.

Você lutou para estar aqui agora, e venceu. Que seja por instinto, vontade Divina, ou o que quer que seja, você é responsável por estar aqui, então vê se para de culpar os outros por sua vida e a valorize, deixe de arranjar desculpas.

Dê alguma alegria aos seus pais, comporte-se como o campeão que venceu a primeira batalha em que entrou. Você não só é o vencedor, como é a outra metade, o óvulo, o prêmio, pois se fundiu nele e com ele.

Aos outros espermatozóides, os perdedores, só restou a morte, você já pensou sobre isso?!

E para encerrar a história, digo que o menino- moço chorou muito neste dia, mas mudou completamente seu comportamento, a partir de então. Hoje ele está casado e com um filhinho lindo.

Tenho a amizade sincera dele e da mãe, que se desdobra em gratidão, enquanto sou eu quem deve agradecer, pois sei que a ajuda que recebi vieram das amadas Mães Divinas, mostrando que religião é, na verdade, alta ciência.



VSL


* A seguir os tipos de encarnações, segundo a doutrina Espírita.

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Há quatro tipos de reencarnação, que vão de acordo com o grau de adiantamento do espírito. São eles:

Reencarnação Compulsória:

Este tipo de reencarnação é destinada a espíritos que não tem capacidade de fazer as suas próprias escolhas, devido ao seu adiantamento evolutivo atrasado ou por faltas graves que impedem a liberdade de escolha.

O espírito é acolhido sem previa concordância e até sem o seu conhecimento. E também, a reencarnação compulsória é imposta pela Lei de Deus nos casos que exige longas expiações.

Neste, tudo acontece naturalmente, de uma forma automática; este processo acontece de tal maneira: os espíritos inferiores com idéias fixas, entram em grande associação com o útero, que tem circunstâncias adequadas para a sua nova reencarnação, em moldes totalmente dependentes da hereditariedade.

Mas até mesmo nesses casos os espíritos superiores responsáveis pelo destino do planeta terra supervisionam, à distancia, essas entidades reencarnantes; ou seja, nenhuma existência está abandonada, a ajuda carinhosa de Deus está sempre presente, os espíritos supervisores dos renascimento na Terra, tem conhecimento de todas as reencarnações automáticas/compulsória, que é o maior número no nosso planeta.


Reencarnação Acidental:

Neste, a fecundação não estava prevista, decorrente de uma relação sexual casual.

Então quando ocorre a fecundação neste caso, o espírito que esteja próximo ao casal [ esse próximo, não é fisicamente, mas vibratoriamente, falando.], com uma pré-disposição, é atraído para o óvulo fecundado. Assim, os mecanismos automáticos se carregam de propiciar a ligação na fecundação.

Na reencarnação acidental se encaixam os reencarnantes originário de estupro e de outros “acidentes” semelhantes.

Alguns suicídios podem ser ocasionados por esse tipo de reencarnação, por não ter havido planejamento reencarnatório e sendo uma forma de alterar o planejamento.


Reencarnação proposta ou semi-voluntária:

Este tipo é levado em conta o livre-arbítrio que o espírito tem a sua disposição.

Os débitos e méritos são analisados sem a imposição pelos mentores espirituais, em seguida programam a melhor forma para liquidar ou diminuir as dívidas em pendência, e as possibilidades para o progresso moral e espiritual.

Como não é imposta estas analises, o espírito encarnante pode discutir certas questões e pedir alterações, que podem ser aceitas ou não. É a circunstância de muitos de nós.


Reencarnação livre ou missionária:

Esta é para os espíritos que são redimidos ou próximo da redenção no plano terreno. Estes possuem ampla liberdade de escolha.

A missão na terra é de desempenhar tarefas elevadas em qualquer setor do conhecimento humano, como nas ciências, na filosofia ou na religião, para ajudar na evolução da humanidade.

Como Sócrates, Buda, Krishna, e Jesus de Nazaré. 


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UMA EXPLANAÇÃO, BEM DIDÁTICA, A SEGUIR:



O que é reencarnação compulsória?

JUVENTUDE: O JOVEM E SEUS PROBLEMAS


Eu gostaria de saber o que é reencarnação compulsória?
Por que existe para alguns espíritos e para outros, não?


(José Davi Vieira- Duartina-SP)


A - Alguns espíritos são como crianças; não têm discernimento para escolher ou para defender seus próprios interesses. Às vezes são agressivas e rebeldes; de outras, tímidas e inoperantes.

Na literatura jurídica, as pessoas que não têm capacidade de tomar decisão na vida civil são chamadas de incapazes, como é o caso das crianças. Por isso, as crianças são representadas pelos seus pais perante a lei.

Quando elas já têm algum discernimento, porém não o suficiente para tomar toda e qualquer decisão, são parcialmente incapazes, e não precisam ser mais representadas: agora passam a ser assistidas pelos pais.


B - O mesmo acontece com relação aos Espíritos. Há Espíritos total ou parcialmente imaturos, agressivos ou tímidos, que vão precisar de representação ou assistência para algumas decisões em relação às suas vidas.

No caso de não terem condição de escolher, são outros Espíritos que escolhem por eles - seus protetores ou seus tutores.

A reencarnação é indispensável para o progresso dos Espíritos. Neste caso, em que não são os próprios interessados que escolhem, a reencarnação é chamada compulsória, e mesmo que eles não estejam satisfeitos com a escolha, devem a ela se submeter, simplesmente porque necessitam daquela experiência.

Poderíamos comparar essa situação com a escola na Terra.
A criança vai para a escola por decisão dos pais e não propriamente por decisão delas próprias.

Muitos alunos frequentam a escola, contrariados.


C - Por outro lado, existem Espíritos que já reúnem condições de fazer a própria escolha.


Já desenvolveram um certo grau de discernimento para tanto, embora isso não queira dizer que eles acertem sempre.
Podem acertar e podem errar.

Mas é tomando decisões que eles vão aprendendo a exercitar a sua liberdade. Quanto mais responsáveis forem, mais se esforçarão por decidir com acerto.

Temos, assim, os planos de vida, em que são traçadas as diretrizes gerais da existência. Esses planos podem ser mais ou menos cumpridos, dependendo de cada caso e, principalmente, do esforço de cada um.

Mas quando o Espírito já está em condição de escolher, geralmente ele aceita melhor a vida, mesmo os contratempos e as dificuldades.

Mostra-se mais paciente e resignado, pois, no fundo, sabe de suas reais necessidades.


REVISTA ESPÍRITA MENSAL
ANO XXX Nº 352
Fevereiro 2006
Publicada pelo Grupo Espírita “Casa do Caminho”


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Para maiores esclarecimentos sugiro o link a seguir:
http://www.virtual.espiridigi.net/rc.html



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