Na Religião de Umbanda manifestam-se Espíritos cujas atividades diferenciam-se pelas missões que cada um assumiu perante a Coroa Regente Planetária.
São Espíritos Humanos que têm o grande papel de conduzir as pessoas no melhor caminho.
São os Mentores Espirituais que na Umbanda são chamados de Guias.
Os Guias de Umbanda manifestam-se nos Terreiros seguindo um padrão já estabelecido desde a primeira manifestação através do médium Zélio Fernandino de Morais, jovem carioca que aos 17 anos de idade viu-se “incorporado” pelo Espírito que se identificou como Caboclo das Sete Encruzilhadas, nos idos de 1908.
A missão desse Espírito ficou definida desde o início: inaugurar um novo culto em solo brasileiro.
Um culto em que diversos outros Espíritos se manifestariam com o propósito de evoluírem e ajudarem os irmãos encarnados em sua caminhada terrena.
Assim, aos Mentores Espirituais que se seguiram ao Caboclo das Sete Encruzilhadas, deu-se o nome de “Guias”, uma vez que eles começaram a “baixar” nos Centros de Umbanda trazendo a tarefa de guiarem os encarnados.
Um Espírito que se apresentou como Pai Antônio veio logo a seguir dizendo que era um “Preto-Velho”.
Ao lado do Caboclo das Sete Encruzilhadas, o Pai Antônio fortaleceu as bases iniciais da Religião de Umbanda através da mediunidade de Zélio de Morais.
Enquanto o Caboclo realizava um trabalho pautado na doutrinação e na sedimentação da Nova Religião, o Preto Velho definia seus trabalhos através de rezas, benzimentos e passes de curas.
A partir da anunciação do Caboclo das Sete Encruzilhadas, outros Espíritos “baixaram” nos centros umbandistas apresentando-se com as mais variadas formas fluídicas.
A Religião logo cresceu e, com ela, ampliou-se também a Corrente de outros Espíritos que encontraram na Umbanda uma oportunidade ímpar de acelerar seu processo evolutivo através da Caridade, empregada aos irmãos encarnados e desencarnados.
Assim, surgiram diversas outras formas fluídicas nas Giras de Umbanda: Crianças, Exus, Baianos, Boiadeiros, Marinheiros, Ciganos, etc., cada qual com características próprias, maneirismos peculiares e jeitos particulares de trabalhar.
Esses Guias de Umbanda compõem o que hoje é chamado de Linhas de Trabalho.
As Linhas de Trabalho identificam o campo de ação de cada Entidade.
As Linhas de Trabalho foram, no início da Religião, confundidas com as Linhas Energéticas, ou Linhas Essenciais, que são pontificadas pelos Sagrados Orixás.
É primordial que essa diferença seja bem definida para que não haja mais confusões.
Os Guias participam de agrupamentos afins chamados de Falanges.
Os Espíritos que pertencem a uma determinada Falange assumem a identificação de seus Chefes Espirituais, cujos nomes determinam o próprio nome da Falange.
Daí, cada Espírito que, por afinidade, participa da Falange de “Pai Antônio”, por exemplo, recebe esse nome.
Por isso, há tantos “Pais Antônios” trabalhando nos Terreiros de Umbanda. O mesmo acontece com as demais Linhas de Trabalho.
A afinidade dos Espíritos é o que estabelece a qual linha eles irão pertencer. Não é a nacionalidade ou a raça vivida na última encarnação.
Claro é que nem todo Espírito que trabalha na Linha de Preto-Velho (ou Linha das Almas – como é chamada em alguns terreiros) foi, de fato, negro ou velho na última encarnação.
Nem todo Caboclo foi, no último encarne, um filho de índia (o) com branco (a).
Também é certo que nem todo Boiadeiro viveu nos sertões ou nos campos apascentando rebanhos na encarnação passada.
Isso explica também o que acontece na Linha das Crianças. Há Espíritos que compõem essa Linha que sequer tiveram alguma encarnação na Terra.
São Espíritos Naturais conhecidos como Seres Encantados da Natureza.
Julio Cezar Gomes Pinto
Casa de Caridae Santo Antônio de Pádua
Obs.: muitos estão pensando que sou filha da Casa de Caridae Santo Antônio de Pádua, mas eu não sou.
Sou filha da Templo de Umbanda Sagrada Pai Benedito de Aruanda (Colégio de Umbanda Sagrada Pai Benedito de Aruanda ).
Acuso-me de grande devota de Santo Antônio e da grande Falange de Pai Antônio...!
Um comentário:
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