Oya é chamada T'okan Odara, o bom coração.
Oyá amava Sango, mesmo com a vida conturbada ela o amava, e o amava muito.
Ela se relacionou com muitos Orisas, mas somente Sango tinha seu amor.
Sango não era o Rei legítimo da cidade de Oyó e quando Ajaká vem para recuperar seu lugar e destronar Sango, ele se desespera pois sabia que o seu destino seria ser tratado como um ladrão.
Sango prefere a morte do que a humilhação, e então se suicida se enforcando em um pé de Obí.
Oyá Perdeu seu grande amor.
Ela então tenta de todas as formas encontrar a alma de Sango em algum dos Nove Oruns que ela comandava, mas a alma de um suicida nao tem rumo, ela nao O achou.
Oya havia ganhado um Asé, sua comida Akará (Acarajé), o bolinho de feijão frito em azeite de dendê que Ela abençoava e seus filhos comiam em honra ao ato de Oya engolir brasas.
O Akara é o símbolo de Oya.
Oya então faz um Akará branco, frito em oleo claro, e junta os bolinhos em um cesto junto com suas folhas e sobe no topo de um monte.
Oya iria oferecer o seu Ase para Olodumare, grande Deus.
Em meio as lagrimas ela implorou a Olodumare que deixasse ela ver Sango pelo menos uma vez mais, ela entregaria tudo que tinha e tudo que Ela era para poder ver Sango.
Olodumare nunca havia visto um Orisa se humilhar daquele jeito. Oya estava oferecendo todo seu Ase em troca de estar com Sango por mais um momento.
Oya não parava de chorar e implorar, seus desespero causou um sentimento de compaixão em Olodumare.
Olodumare então disse a Oya:
"Acalme-se Ayaba! Nunca houve um amor como este em todo o Orum e em todo o Ayê! Oya é bendita por ter tanto amor dentro de si, e Sango será bendito por ter sido agraciado com tanto amor."
Olodumare trouxe Sango do mundo dos mortos e lhe devolveu a vida e o Ase de Orisa.
Graças a Oya Sango voltou a ser Orisa.
Agora Sango ama somente a Oya e ela o ama com todas as suas forças.
Nas trovoadas eles dançam juntos sobre as nuvens escuras.
Oyá é feita de amor.
Os candomblés que cultuam Oya oferecem e ela uma grande festa no mês de setembro chamada Akará L'Oya.
Nesta festividade se louva Oya em todas suas ações, e então umas das últimas cantigas relatam a história contada aqui.
Se canta:
"OYA AGBA MI SORO MI SORO Ê
AKARA FUNFUN EBÓ EMI ARÊ
OYA AGBA MI SORO MI SORO Ê
AKARA FUNFUN EBÓ EMI ARÊ
TOKAN TOKAN
ELENU Ê
OJÉ MALA OJE ARÊ
TOKAN TOKAN
OBA KO SO NITA WE SE ARÊ"
Quando uma filha de Oya sofre por amor, Oya a entende e a conforta.
Oya é a Ayaba do bom coração.
EPARREY OYÁ!
OLHA O TEMPO, MINHA MÃE!
- Peço a Vossa benção, minha Mãe!
Ponto cantado de saudação:
https://www.youtube.com/watch?v=tWlomU0J3EU
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