“Exu de Umbanda é um espírito humano que sofreu sua queda, se redimiu e trabalha nas Trevas em prol da Luz, na busca de sua evolução em auxílio dos encarnados.”
- Salve tu “cabra”!
- Salve vós Exu!
- Então escreve aí… Já que tanto se fala sobre nós e pouco se consegue entender vou tentar colocar minha colaboração.
- Obrigado Exu!
- Somos vocês amanhã. Há há há! Se é que deu pra me entender. Somos como vocês, vivemos uma série de oportunidades terrenas, quando se chegou num determinado “limite” a oportunidade de evoluir na carne estava esgotada, por incompetência nossa mesmo.
Vou organizar o raciocínio. De maneira coletiva, Exu na Umbanda, este que incorpora, é um espírito humano, e digo isso pra poderem começar entender que somos totalmente diferentes do Exu cultuado na África através do Culto de Nação e no Brasil através do Candomblé que neste caso são Encantados e isso é outra história.
Em nosso caso somos um espírito comum. Que viveu sua experiência pessoal e num certo momento de fazer o “acerto de contas” o saldo estava negativo.
Assim negativo tornou-se o nosso espírito. Desta forma somos enviados para as faixas negativas que no seu conjunto é chamado de Trevas. Cada qual dependendo do seu histórico vai habitar uma faixa própria pertinente à seu caso.
Então vou falar por mim, depois de eu ter amargado meus erros.
Saiba que o purgatório existe. Já mais conscientizado da realidade existencial, fui convocado para assumir um grau e trabalhar numa falange de espíritos que ainda vivem nas Trevas, numa faixa limite entre Luz e Trevas e que atuam junto ao plano físico fazendo a fronteira entre a Luz e a Escuridão e diria que pertencemos ao “Sol poente”, pois o espírito que assume o grau de Guardião ou Exu como usado na Umbanda não está mais mergulhado na escuridão e tampouco vive na luz, estamos do limiar destas duas realidades.
- Entendo …
- Pois então… Somos trabalhadores das Divindades, na Umbanda conhecidos como Orixás, mas nós Guardiões do Astral não somos um “produto” da Umbanda; estamos entre os seres humanos em todas as vertentes religiosas ou não. Nas casas, estabelecimentos comerciais, públicos, natureza etc. Lá estamos nós.
- Mas Exu, vocês podem, por exemplo, fazer a guarda de uma igreja evangélica?
- Se não fosse nós quem o faria? O “espírito santo”? Há há há! Cabra, do lado de cá não tem esta briga sobre o Divino e Guardião; é um grau do espírito humano e não um privilégio de uma ou outra vertente religiosa.
Saiba que o purgatório existe. Já mais conscientizado da realidade existencial, fui convocado para assumir um grau e trabalhar numa falange de espíritos que ainda vivem nas Trevas, numa faixa limite entre Luz e Trevas e que atuam junto ao plano físico fazendo a fronteira entre a Luz e a Escuridão e diria que pertencemos ao “Sol poente”, pois o espírito que assume o grau de Guardião ou Exu como usado na Umbanda não está mais mergulhado na escuridão e tampouco vive na luz, estamos do limiar destas duas realidades.
- Entendo …
- Pois então… Somos trabalhadores das Divindades, na Umbanda conhecidos como Orixás, mas nós Guardiões do Astral não somos um “produto” da Umbanda; estamos entre os seres humanos em todas as vertentes religiosas ou não. Nas casas, estabelecimentos comerciais, públicos, natureza etc. Lá estamos nós.
- Mas Exu, vocês podem, por exemplo, fazer a guarda de uma igreja evangélica?
- Se não fosse nós quem o faria? O “espírito santo”? Há há há! Cabra, do lado de cá não tem esta briga sobre o Divino e Guardião; é um grau do espírito humano e não um privilégio de uma ou outra vertente religiosa.
Pertencemos ao Criador e estamos espalhados por todo o planeta e somos desta forma um cinturão de proteção planetário.
- Mas e vocês fazem a guarda de uma igreja vestidos como no terreiro?
- É claro que não! Pra cada lugar uma forma própria. Já pensou quem tem o dom do espírito santo ver um Guardião com tridente na mão? Há há há! Seria uma loucura. Neste caso ficamos de terno e gravata. E como disse, para cada caso um forma própria.
- E onde entra os Orixás neste caso?
- No mesmo lugar onde entra os Devas, os Santos e os Deuses…
- Como assim?
- Cabra, cada vertente religiosa tem sua forma própria de interpretar e rotular o Criador e seus “braços”. Uns chamam estes “braços” de Orixás, outros de Santos, outros de Deuses e por aí vai. O que não se pode esquecer é que a essência é uma só.
- Mas sempre esquecem, não é Guardião?!?
- É sim. Até então é normal. No entanto, tudo que há debaixo do Sol está “subjugado” a Ele e é tudo uma conseqüência Dele. Deu pra entender?
- Sim e não!
- Bom, os nomes que levamos na Umbanda são simbólicos e retratam de forma análoga qual a ancestralidade e campo de atuação do espírito.
Eu sou Exu Tranca-Ruas das 7 Encruzilhadas, logo, sou um espírito que desenvolvi uma capacidade “EXU”, que na energia da Divindade de mesmo nome é a força que vitaliza e desvitaliza tudo no Universo.
Tranca-Ruas é um símbolo de Ogum, pois tudo que abre também fecha e 7 Encruzilhadas é um símbolo de Oxalá, pois é o cruzamento das sete linhas do Criador cultuado na Umbanda como Sete Linhas de Umbanda que quando manifestado cria uma estrutura religiosa e estimuladora da Fé, por isso então ser um símbolo de Oxalá.
Logo, eu sou um espírito do Grau Guardião que vitaliza e desvitaliza a Ordem-Desordem (Ogum) no aspecto Religioso-Fé (Oxalá) do ser humano.
- Nossa! Tá certo Exu e como se forma o arquétipo de Exu na Umbanda?
- Pois é, nosso arquétipo é baseado mesmo na milícia, na organização militar, policial mesmo. Pois a guarda é o que fazemos e o combate aos espíritos desordeiros é o que executamos e não temos nada de ignorante ou trapaceiro, tampouco demoníaco.
Chifres, rabos e bagunças fica a cargo da criatividade e imoralidade de vocês encarnados.
Diferente dos outros arquétipos baseado no Brasil, Exu não entra nesta categoria, pois Exu está para todas as nações e é uma questão de Grau e consciência. Somos então o que chamam de Exu de trabalho ou pessoal. Queremos ajudá-los até onde vocês nos permitem.
- Esta permissão deve ser consciente?
- De forma alguma. Ela acontece de acordo com a moral de vocês!
- Então devem estar raras as permissões. (risos)
- Não ria, infelizmente é uma realidade que muito nos entristece. Portanto, isto é assunto pra outro momento.
O que tem que ficar dito é isso. Registre corretamente e multiplique como puder e não esqueça o conceito: “Exu de Umbanda é um espírito humano que sofreu sua queda, se redimiu e trabalha nas Trevas em prol da Luz, na busca de sua evolução em auxílio dos encarnados.”
- Muito obrigado Sr. Guardião. Laroyê!
- Saravá. Fique em paz.
- Salve!
Nota do Médium: Salve a força de Exu! Penso que neste texto temos mais uma chamada de atenção do que mesmo uma explicação sobre o arquétipo.
Na linha de Exu, o espírito que assume tal grau como comentado vai manter suas características e encontramos exus de todas etnias existentes.
Tivemos notícia até de uma falange de Exus que são Samurais, naturalmente se manifestaram num Terreiro que está no Japão.
E poderemos ver estas particularidades em outros países. Porém, sempre encontramos nos Terreiros exus contando suas histórias e narrando que eram europeus, ou africanos, ou orientais, etc. E o arquétipo fica baseado então na Milícia, pois é o que são.
Vale ressaltar que Exu não é um espírito que precisa ser “doutrinado”, ou que é um ignorante arruaceiro. Por favor, vamos afastar estes conceitos depreciativos de dentro dos Terreiros. Não confundir animismo e mistificação com uma manifestação real de Exu.
Estes espíritos quando chegam ao ponto de assumirem a Esquerda de um médium, já foram devidamente preparados e conscientizados para tanto.
O contrário disso seria o mesmo que mandar um soldado pra guerra no primeiro dia de exército, sem nunca ter pego numa arma e tampouco feito uma marcha, ou seja, desastre na certa.
Fonte: Este texto faz parte da apostila que compõe o material de estudos do curso Arquétipos da Umbanda, desenvolvido e ministrado por meio da plataforma Umbanda EAD..
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