A Grande Chance
Por onde passava percebia a aflição e grande ansiedade. Não era por menos, pois chegara o grande dia, onde outra oportunidade jamais teria.
Então fui chamado no local onde se reuniria os mais elevados seres do Astral. E a ordem foi ditada:
- Tem o direito em escolher uma família e um lar na crosta terrestre onde se juntará a outros. E terá a chance, em provar e queimar todos os negativos, para continuar sua evolução.
Logo a jovem com dons raramente vistos, recebe o que para mim não teria ao que se comparar.
Seria mãe, pela primeira vez em sua passagem terrena. Mergulhei em alegria, pois teria uma matéria a reencarnar.
Os dias passaram, a ansiedade novamente tomava conta do meu ser.
E como mágica um enorme túnel vi, por onde comecei minha importante jornada. Logo à frente a luz irradiava, ofuscando meus olhos. Não me importava, pois o pensamento era a certeza do sonho.
Quando pude enxergar não compreendi. O local em que estava parecia muito familiar.
Vi na minha frente mestres do Astral e, meio desorientado, percebi o que havia acontecido. Eu era mais uma vítima de um sonho interrompido e a ansiedade foi trocada por dor e decepção. Eu, fruto do aborto e abandono.
Fui levado novamente aos meus aposentos. O tempo agora era inimigo e a tristeza companheira. O Astral novamente me chamava para dizer que teria que continuar minha evolução.
- Será companheiro e a jovem agora terá seus dons desenvolvidos e aptos a levar a cura espiritual, alegria, harmonia e amor.
A mesma mente que roubara o direito a vida, levara sua mensagem a vontade em viver.
- Vá, pois nela esta a matéria para sua incorporação. Ela será a médium responsável por sua jornada.
E assim o fiz. Me aproximei primeiro em sonhos.
Projetava visões onde mostrava uma grande mata e, em seu meio, lindos rios. Logo enviei energias em seus centros nervosos até chegar a sonhada incorporação.
Esse seria meu objetivo. Mas sem entender novamente fui ignorado, negado, não aceito.
Hoje me encontro no meio dos meus sonhos. Estou sempre na imensa mata do conhecimento, entre os rios amorosos, onde me sinto acolhido a espera de médiuns que saibam que VIVER NADA MAIS É DO QUE A GRANDE CHANCE.
De um caboclinho
dedicado a Adriana, uma irmã de santo.
Ditado a Rivaldo Gomes... / 2009
http://www.paioxalapaiogum.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário