Lembrando quando do tempo de Joana aqui, passava-se luas e luas com a terra seca, buscando um encontro da lua, quando uma noite veio a chegada de um grande Pajé que disse: Para o encontro com o Grande Espírito, é importante estar com o coração limpo, com a cabeça vazia, para que esta seja fortalecida.
Neste momento, o caminho a seguir era ir para as montanhas onde o único companheiro era o ruído dos bichos e a lua que brilhava. Lá era feito, como aqui se diz, higiene mental. Era tirado tudo do coração, o que perturbava a mente de um guerreiro, o que devia ser feito que não conseguia ainda assim fazer.
Isso era colocado por debaixo da pedra, não como assim vocês fazem na escrita, mas com sinais da terra, e por diversas vezes que era feito não podia voltar com dúvida, tinha que ter, sim, a certeza da escolha de um caminho de um guerreiro.
Luas passadas, onde um guerreiro ao se recolher, fez as suas perguntas e talvez não escutando mas, sim, sentindo o que os guerreiros da tribo diziam, o guerreiro sentiu a necessidade de se recolher e em vez de usar a pedra, usou a sua almofada, o travesseiro, para recostar sua cabeça e, do seu jeito, fez a conversa com o Grande Espírito, sobre o que era vantagem e o que deveria ser mudado.
A mudança é feita quando o guerreiro dá o primeiro passo, ao se recolher e sentir a necessidade de estar junto ao Grande Espírito, mesmo que à toa, ainda assim faz dúvidas na cabeça. Da realidade, se o pouco que te sobrou do que achava, se era só um laço, formado pelos mesmos interesses, é importante lembrar que o caminho de um nem sempre é igual ao do outro.
Se a conduta, se o amor, do encontro de um caminho com o outro, faz uma única chegada, Joana responde se lá dentro daquele quarto escuro, só estava você e o Grande Espírito, qual é a sua dúvida, guerreiro, guerreira? Fortalece o seu caminho, não busque tormento onde não tem. Permita que a felicidade e a paz permaneçam dentro do coração. Se diante de um grande encontro, do Grande Pai, do Grande Manitu, ainda assim se sente presente dentro do seu coração, exatamente como você é, eu pergunto por que tantas brigas, por que tanta insatisfação, do que não depende do homem e, sim, da energia do Manitu. Quantas vezes, na espera de um milagre, como vocês dizem, ainda assim se sentindo testados em acreditar na existência do sopro que te faz estar aqui, nesta Casa.
Desde que viestes aqui, e é para você que falo, e tomates a posição onde está, em nem um momento nada fugiu do controle nem de Cacique, nem de Joana, nem de nenhum dos guerreiros que aqui se apresentam. E talvez falte a você saber pedir socorro, saber colocar para fora o que necessita. Que o Grande Manitu abençoe a todos.
Guerreira Joana
Por Helen Ians em Ensinamentos
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