Domínio e poder: estas duas coisas – talvez porque mal entendidas, mal utilizadas como conceito, ou conceitos que são – levam, quem sabe, nos dias de hoje, a batalhas inúteis de uma guerra cuja vitória será inglória.
Podemos explicar de alguma maneira o que acabo de dizer.
Por mais alto que subíssemos, então, no tempo passado de nossa história, não conseguíamos enxergar, mesmo com olhos atentos, o fim de um imenso território. Pensávamos conosco ou cada um para si, lá no alto da montanha: o que eu posso dominar, aquém dos limites que não consigo enxergar?
Olhávamos, então, ou cada um, para o céu e a imensidão era ainda maior. Tínhamos a consciência perfeita de mesmo sendo pequenos, diante da natureza, que tínhamos um valor intrínseco e verdadeiro que fazia com que cada um de nós compusesse ou fizesse parte daquele universo infinito.
Olhávamos para baixo, então, e na planície que se estendia até onde nossa vista pudesse alcançar, víamos as tribos distribuídas, muito próximas quem sabe, e tínhamos a consciência de poucos de vocês, da modernidade.
Tínhamos a certeza de que cada tribo e todas elas compunham uma só nação. Mesmo com as diferenças sentíamos, mesmo que fosse por alguns momentos; somos apenas um.
Com esta sensação maravilhosa, eu diria, da consciência de ser humano e de reconhecer no outro o irmão, aí sim, mesmo sem o domínio, de todas as terras, tínhamos o poder imenso de reconhecer que estávamos entre o território e o céu infinito.
E tínhamos a sensação indescritível de sermos todos, e cada um, uma pequena chama, uma minúscula centelha mas com a mesma intensidade de luz daquela do Grande Espírito.
Unam-se amigos e irmãos diante de sua bandeira. Desprendido de todos estes conceitos mas com o conhecimento do verdadeiro poder. Converse com cada um de vocês no silêncio intimo e íntegro.
( Pedra Alta )
Por Helen Ians
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