Chefes, caciques, xamãs de si mesmos.
Muitos de vocês se perguntam muitas vezes a respeito da linguagem com que nos comunicamos com vocês, plena de significados, símbolos e até segredos, desvendados por sinais. Aos poucos vamos traduzindo esta forma de dizer e a essência de ser.
Rituais que, na verdade, todos fazem a cada dia, simples como sentar-se à mesa com iguais, dentro de suas tipis, no cerne da família, durante as refeições. Alguns perderam este hábito e deveriam reavê-lo. Nada mais sagrado do que este encontro.
Um outro exemplo é dado por nós: aqueles que tem a memória da tribo e sentem a sua presença, nos vêem, muitas vezes com penas sobre a cabeça, que simbolizam os grandes chefes e os xamãs em momentos muito especiais.
A leveza de ser e o movimento, quando o movimento faz com que estas penas como se fossem pensamentos que ficam para trás. Aí está o segredo quando algo se vai e se olha para a frente: aquele instante absolutamente presente é a própria consciência de quem somos ou de quem são vocês. Aparentemente simples, não é?
Raramente praticado nesta civilização de vocês que, infelizmente, criam muitas paredes, muros, alguns intransponíveis, onde a energia não flui.
Eu peço a vocês, abram portas e janelas de suas casas, no mais amplo sentido e deixem que o vento movimente as penas sobre suas cabeças, como se fossem, cada um de vocês, Caciques da tribo – e readquiram o poder verdadeiro de olhar altivo, com dignidade para a frente.
Aí sim, ao invés de se calarem, como muitas vezes dizemos, para não dizer impropérios, gritem bem alto: Eu quero! Eu posso! Eu faço! – como uma ordem ao Universo, sem arrogância mas com confiança, com certeza.
Todos podem ser e serão assim, chefes, caciques, xamãs de si mesmos. Este é um dos rituais, um dos símbolos na linguagem magnífica da espiritualidade, que faz com que vocês expressem o seu autoconhecimento.
Que se valorizem por dentro e sejam mais atraentes, mais respeitados, encantadoramente grandiosos como cada um de vocês pode ser. Sejam bem vindos, grandes chefes de si mesmos que se reconhecem como iguais e que sentam à mesma mesa, em círculo como fazemos nós, irmãos de tribo e descendentes de uma mesma nação.
Wakan Tanka! Só ele, Grande Espíritro, é maior que vocês.
Honrados estamos com a presença grandiosa de vocês, chefes, caciques de si mesmo.
( Pedra Alta)
Por Helen Ians, em Conselhos , símbolos em agosto 18, 2010
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