A Mesoamérica é local entendido pela região onde floresceu a alta cultura indígena do México central e meridional, e no território contíguo dos países da América Central como: Guatemala, El Salvador, Honduras, Nicarágua, Costa Rica, Equador, Peru e Andes Centrais.
Os olmecas precederam e influenciaram grandes civilizações como os maias, os astecas, e os incas.
Estes constituíram uma civilização que desenvolveu uma espécie de proto-urbanismo em La Venta cujas cidades possuíam pirâmides feitas de barro dedicadas aos deuses.
Estas sociedades possuíam uma economia de subsistência e não utilizavam nenhum outro animal além do cachorro para domesticação, além de não desenvolverem um uso prático de rodas ou metalurgia. Teotihucan, “a metrópole dos deuses”, constituiu-se no apogeu da civilização clássica do planalto central, e o centro do reino de diversos povos.
Nestas cidades foram construídas grandes pirâmides como o Templo de Quetzacóal, e foram descobertos palácios, escolas, extensos bairros onde membros da comunidade tinham residências, centros administrativos e religiosos, avenidas, ruas pavimentadas e um sistema de drenagem planejado. A sociedade mesoamericana era dividida em hierarquias e posições vinculadas à divisão do trabalho.
Existia um exército forte, uma agricultura extensiva e um comércio organizado que atingiam outras civilizações e localidades mais distantes.
A língua falada era o nahuat. Os teotihuanos cultuavam diversos deuses relacionados à natureza: fogo, flores, água e etc, e eram politeístas. A primeira civilização clássica que atingiu o apogeu a partir dos olmecas foram os maias, que estabeleceram-se junto a outras civilizações na mesoamérica de 650 a 950 d.c..
A explicação para a decadência dos maias zapateca, e teotihuacos relaciona-se: primeiro a um grande incêndio e secas sucessivas, e a segunda hipótese a destruição por forças externas, como uma luta política, religiosa responsável por deixar estas civilizações em ruínas.
Após o declínio do império maia, a América Central passa a ser dominada pelos astecas, que se fixaram na ilha de Tenochtitlán em 1325. Até a construção do império, os astecas tiveram que passar por peregrinações, perseguições e guerras com outras sociedades indígenas.
Em 1390 fundou-se a cidade de Tenochtitlán, mas até 1490 os reis que se seguiram de diferentes origens ainda sujeitavam os astecas ou mexicas ao domínio, apenas após a derrota destas lutas internas os mexicanos puderam cumprir a profecia e estabelecer o domínio de terras e tributo da nobreza pipiltin.
Entre os astecas existia divisão de classes e níveis de hierarquias relacionadas a posse de terra e ao Estado maior: o reino. Portanto, a sociedade divida-se em: rei, nobreza de terra, governantes administrativos, sacerdotes, comerciantes, plebeus. Os cargos administrativos mais importantes eram reservados para os pipiltins.
Estes por sua vez, não pagavam tributos e podiam contratar tantos mayeques (trabalhadores) que desejassem para o cultivo de suas terras. Os filhos dos pipiltin freqüentavam escolas para preparar-se para os cargos mais altos da sociedade asteca.
Liam textos nativos escritos em codex – desenhos e pinturas antigas; aprendiam hinos, poesias, histórias, doutrinas religiosas, astronomia, astrologia e maneiras de governar.
Os astecas também possuíam grande entendimento de engenharia, constituíram diques, aquedutos e caminhos sobre os terrenos pantanosos que facilitaram o desenvolvimento da metrópole asteca.
Além disso, construíram templos, urbanizaram a metrópole, estabeleceram longas rotas comerciais e um mercado local de produção manufaturada (artesanatos), e cultivavam uma extensa agricultura para subsistência. O ouro, a prata, cobre, estanho e chumbo eram metais conhecidos pelos mesoamericanos para produção de ferramentas, utensílios e armas.
Segundo a religiosidade dos astecas o mundo nasceu de um processo de evolução onde os elementos da natureza foram construídos um após o outro, ou seja, primeiro a terra, depois o sol, os seres humanos, animais, etc..
Para os astecas o tempo era cíclico, pois se ordenava de acordo com a natureza e os fenômenos naturais, sendo assim caracterizados como povos extremamente supersticiosos.
Eles acreditavam terem previsto o fim dos tempos, e em troca da harmonia ofereciam aos deuses sacrifícios humanos para que a energia vital do sol pudesse ser mantida. As guerras internas consistiam em uma maneira de conseguir vítimas humanas para os sacrifícios e rituais aos deuses.
Reconheciam que sua existência na terra era transitória, portanto aceitavam a morte com maior clareza. O auge do império de Tenochtitlán foi com o rei Montezuma I, contemporâneo da chegada de Henán Cortez, o conquistador espanhol da América responsável pelo genocídio deste grandioso império.
Por Clarissa F. do Rêgo Barros
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