.OKEY CABOCLO!

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OKEY CABOCLO!

15/05/2012

JAGUAR






 
Foto: National Geographic

Um jaguar macho encarava a câmera enquanto o aparelho tirava sua foto em 27 de abril de 2008, na floresta amazônica do Peru. A câmera foi uma das 23 espalhadas por 22 km2 de uma região remota e não estudada no nordeste do país, como parte do Projeto de Biodiversidade da Amazônia Peruana, administrado pelo Centro para Educação de Conservação e Sustentabilidade do Zoológico Nacional em Washington D.C..


O projeto está investigando o impacto da exploração petrolífera da empresa Repsol Exploracion Peru, com sede em Madri, sobre a fauna da região - particularmente a onça pintada.


Até agora, resultados preliminares sugerem que a onça pintada e outros grandes felinos, incluindo o jaguar, não têm sido afetados pelas operações de exploração, afirmou o cientista da pesquisa do Zoológico Nacional, Joe Kolowski. (A petrolífera está financiando o projeto, mas Kolowski disse que a empresa não tem influência sobre a pesquisa.)


O projeto também está registrando as criaturas raras e elusivas da floresta na região. Entre abril e setembro de 2008, Kolowski e colegas capturaram em filme pelo menos 28 espécies diferentes de mamíferos e 18 espécies de aves.


Checar a câmera a cada 10 dias era como "manhã de Natal", Kolowski conta. "Havia muita expectativa e ansiedade sobre o que encontraríamos... ."


Esse jaguar em particular - identificável por seu padrão de pintas - foi fotografado nove vezes em quatro locais diferentes, um padrão de movimento que não é incomum para predadores que circulam por vastas áreas, ele disse. 



Fonte: NATIONAL GEOGRAPHIC BRASIL




No rastro do Jaguar


A onça-pintada sobreviverá se prevalecer o conservacionismo com visão de futuro


Até a década de 1980, as onças-pintadas eram mortas por caçarem bovinos, muitas vezes por peões de fazenda. Um estudo de 2007 do Projeto Gadonça mostra que os felinos respondem por apenas 0,3% das baixas em um rebanho por ano. Em criações perto de áreas da mata, o número é maior: em torno de 20%


Nas brenhas de uma floresta da Costa Rica, um jovem macho de onça-pintada (ou jaguar, nos países de língua espanhola) levanta-se do sono, espreguiça e parte na surdina, decidido a abandonar para sempre o lugar em que nasceu.


Há muito esconderijo por ali, além de veados jovens, porcos-do-mato e cutias para comer. E ele já detectou a presença de fêmeas com as quais poderia cruzar. Mas tem também um jaguar macho maduro que reivindica para si a floresta - e as fêmeas. O felino mais velho não vai tolerar nenhum rival. O odor da mãe, trazido pela brisa, tão reconfortante para ele em seus tempos de filhote, já não o mantém conectado a seu lar. É hora de partir.

Mas o caminhante escolhe a direção errada. Poucos quilômetros depois ele atinge o limite da floresta. Mais além se encontra uma plantação de café. Tocado pelo instinto e pela necessidade, o felino segue em frente, abrigando-se nas árvores ao longo de cercas e riachos. Logo, porém, os esconderijos se resumem a touceiras esparsas de arbusto e umas poucas árvores, em que não consegue achar nada parar comer. Ele está agora em uma região de fazendas de gado. Certa noite, a fome e o cheiro de bezerro recém-nascido superam sua relutância em atravessar áreas abertas. Rastejando até chegar perto o bastante para o assalto final, a jovem onça mata o bezerro com uma única mordida de suas poderosas mandíbulas.

No dia seguinte o fazendeiro encontra os despojos e os reveladores rastros do felino. Ele chama alguns vizinhos e junta uma matilha de cães. Municiados com cartuchos de bagos de chumbo, os caçadores acham o jovem. Ansiosos, eles disparam de uma distância muito grande. O crânio maciço do jaguar protege-o da morte, mas os bagos de chumbo cegam um de seus olhos e destroem sua perna frontal esquerda.

Aleijado agora, incapaz de achar suas presas costumeiras na mata e ainda menos de perseguilas e matá-las, o bicho é levado pela fome a buscar comida mais fácil. Ele mata outro bezerro numa fazenda e um cão na periferia de uma pequena cidade. Dessa vez, porém, a onça se demora demais por ali. Atraído pelos gritos do cachorro, um grupo de moradores o encurrala em uma árvore e o mata depois de muitos tiros. Os jaguares, dizem eles, não passam de assassinos de gado e de cães. São uma praga. Têm de ser fuzilados no ato, em quaisquer tempo e lugar.

Essa triste história tem-se repetido milhares de vezes no território das onças-pintadas que se estende do México (e originalmente dos Estados Unidos) até a Argentina. Acontece com frequência cada vez maior, à medida que sítios, fazendas e obras públicas foram devorando mais da metade do hábitat primário desse grande felino.

Alan Rabinowitz vislumbra um 1 m diferente para esse drama. Ele imagina o jovem jaguar, ao sair de seu torrão natal, passar despercebido pelos seres humanos por um corredor quase contínuo de vegetação protetora. Em poucos dias, o animal encontrará um pequeno trecho de floresta com quantidade su1 ciente de presas para que se detenha e descanse um ou dois dias, antes de retomar a caminhada. Por 1 m, alcançará um parque nacional ou uma reserva onde pode se estabelecer, com espaço para deambular, além de caça em abundância e fêmeas prontas para cruzar.

Rabinowitz é o mais destacado especialista em onças-pintadas do mundo, e começou a pôr em prática seu sonho de criar vasta rede de corredores interconectados e refúgios que se estende da fronteira do México com os Estados Unidos à América do Sul. Tal rede é chamada de Paseo del Jaguar ("Caminho do Jaguar"). Rabinowitz considera que nesse sistema está a maior esperança de afastar esse grande felino da companhia de leões e tigres na lista de espécies ameaçadas.

por Mel White
Fonte: NATIONAL GEOGRAPHIC BRASIL







Em Acapulco, o refúgio de Rivera

Em Acapulco, México, colocada à venda a Casa dos Ventos, da mecenas Dolores Olmedo, onde seu amigo, o genial pintor Diego de Rivera (1886-1957) deixou murais com motivos pré-hispânicos, entre eles o que narra a história do mítico jaguar Ipelpucul, que enfrentou a serpente emplumada Quetzacoatl, descida dos céus.

Mestre Rivera, conta o jornal espanhol El Pais, ali viveu seus últimos anos, depois de perder sua companheira Frida Khalo, em 1954. A mansão, de 1940, chamada Exekatlkalli, ou Casa dos Ventos, possui estúdio debruçado sobre o mar, e ali, nos seus três últimos anos de vida, o grande mestre criou cinco murais em mosaico veneziano. Quatro deles referindo lendas aztecas, e o quinto com memórias de viagem à Rússia empreendida em 1955. Diego de Rivera também pintou enquanto hóspede dos Olmedo, uma famosa série de telas chamadas de Os 25 entardeceres. Com estes crepúsculos, Rivera despediu-se desta vida.




A dona da casa, Dolores Olmedo, que morreu em 2002, foi casada com o bilionário Patiño, e seus herdeiros, que vivem nos EUA, dão preferência de venda da propriedade aos que prometerem transformá-la em centro cultural. A família já mantém, ao sul da cidade do México, o museu Dolores Olmedo Patiño, com expressivo acervo. Na ilustração, Dolores, retratada por Diego em trajes típicos, e o casal de artistas Diego e Frida, amantes apaixonados entre si e pela antiga alma do México.






Deus_Jaguar_by_ricardoafranco


Deus Jaguar

A civilização Olmeca parece ter sido baseada na crença em um ou vários Deuses Jaguar. Algumas vezes esta divindade é representada como um Homem-Jaguar, também chamado de Were-Jaguar ( em inglês, a palavra Were colocada antes do nome de um animal indica o hibridismo daquele animal com o homem, dessa forma, o Were-Wolf é o nosso Lobisomem, mas em português não temos palavras adequadas para referir híbridos lendários, por isso utilizarei o termo inglês ), em outras é apenas um Jaguar ou, tão somente seu rosto.

Acredita-se que as deformações cranianas, se é que elas existiram; visto que não há um único exemplar de corpo Olmeca, uma vez que o clima da Zona Metropolitana é extremamente quente e úmido, o que faz com que os cadáveres se decompõem muito rapidamente; teriam sido inspiradas na face do Jaguar.

Sendo assim, os dentes incisivos superiores seriam arrancados e o lábio superior mutilado de forma a parecer um lábio de Jaguar. Estátuas e estatuetas de Jaguar eram muito comuns e havia até mosaicos imitando a face daqueles animais em certos lugares da Zona Metropolitana,como em La Venta.

O Deus Jaguar seria, segundo as incidências de sua imagem, a principal divindade do panteão Olmeca e seu culto poderia estar relacionado com a Guerra (devido ao fato de o Jaguar ser um animal naturalmente agressivo e, por conseqüência, temido),com a Terra (pois segundo algumas crenças Mesoamericanas, os Jaguares seriam os verdadeiros donos do mundo e, algum dia o iriam retomar dos homens), com as Florestas ( por motivos óbvios, uma vez que este é o habitat dos Jaguares ) e, com menor probabilidade, com o Milho ( já que se disseminou juntamente com a imagem do Jaguar pela América ) e com as Chuvas(visto que as florestas onde os Jaguares habitam são úmidas).

O culto ao Jaguar era tão forte no mundo Olmeca que possivelmente teria dado origem a uma espécie de culto messiânico

Ricardo Afranco


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