”Eu vi nas matas um dia Tupinambá sentado em pedra fria. Ele cantava, ele assoviava e lá no céu uma estrela brilhava.”
“Jetruá Boiadeiro Xetro Marrumbaxêtro”
Salve boiadeiro!
Salve a boiada!
Salve a virgem Maria!
Salve esta morada!
Salve a luz Divina!
Um rei lá na chapada!
Salve a Santa Cruz!
Salve a virgem Imaculada!
Significados de algumas palavras do vocabulário desses espíritos de Boiadeiros:
Cavalos = filhos de fé.
Boi = espírito acomodado.
Boiada = grande grupo de espíritos desgarrados reunidas por eles e reconduzidos lentamente às suas sendas evolucionistas.
Laçar = recolher à força os espíritos rebelados.
Atolado = espíritos que afundaram nos lamaçais e regiões astrais pantanosas.
Açoitados pelos temporais = eguns caídos nos domínios de Yansã e do tempo.
Açoite ou chicote = instrumento mágico de Yansã feito de fios de crina ou de rabo de cavalo.
Laço = instrumento do tempo e tem a ver com as ondas espiraladas de Yansã.
Bois afogados em rios = espíritos caídos nas águas profundas das paixões humanas.
Bois arrastados pelas correntezas = espíritos arrastados pelas correntezas turbulentas da vida.
Bois que se embrenham nas matas e se perderam = espíritos que entraram de forma errada nos domínios de Oxóssi.
Bois atolados em lamaçais = espíritos caídos nos domínios de Nanã Buruque
Bois perdidos nos pantanais = espíritos que abandonaram a segurança da razão e se entregaram às incertezas das emoções.
Alguns nomes simbólicos em que essas entidades se apresentam nos Templos Umbandistas:
Zé do Laço, Zé da Espora, Boiadeiro do Chapadão, Boiadeiro Venâncio, João Boiadeiro, Zé das Campinas, Boiadeiro sete estrela, Boiadeiro do Lajedo, Boiadeiro Feiticeiro, Boiadeiro do Ingá, Zé da Espora, Boiadeiro zé dos sete guizo…
Saudação = Saravá os Boiadeiros Chetruá… Jetuá, Boiadeiro!
Velas = Brancas, Amarelas e Azul escuro
(Fonte: “Arquétipos da Umbanda”, Rubens Saraceni, 2007, Madras Editora)
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário