Há almas capazes de despertar com o canto de um pássaro, enquanto outras só “acordam” com explosão de uma bomba. Para as primeiras, mais sensíveis, basta-lhes chegar às mãos um livro moralizante que fustigue a reflexão, e então, corrigem-se no trajeto.
Para as segundas, entretanto, não basta estar ruim, é preciso que tudo esteja realmente péssimo para que suas consciências despertem. Extremamente arraigadas aos entretenimentos da vida material e aos apegos da personalidade, se não sofrem o abalo de uma tragédia pungente, se não veem ruir os edifícios das ilusões que criaram, jamais erguem os olhos ao céu.
Se mais evoluídos fôssemos, mais sensíveis seríamos às sugestões divinas e, consequentemente, menos precisaríamos dos processos drásticos e higienizadores da renovação.
(*) "Para conseguir a melhora da Humanidade, não podia Deus empregar outros meios que não os flagelos destruidores?
- Pode e os emprega todos os dias, pois que deu a cada um os meios de progredir pelo conhecimento do bem e do mal. O homem, porém, não se aproveita desses meios. Necessário, portanto, se torna que seja castigado no seu orgulho e que se lhe faça sentir a sua fraqueza.
Quando um povo não progride tão depressa quanto deveria, Deus o sujeita, de tempos em tempos, a um abalo físico ou moral que o transforma.
Preciso é que tudo se destrua para renascer e se regenerar. O que chamais destruição não passa de uma transformação, que tem por fim a renovação e melhoria dos seres vivos.”
Foi assim com a Babilônia, com a Síria, com o Egito, com o povo Hebreu, com a Grécia, com Roma… e assim será…
(*) Síntese das perguntas 738, 783 e 728 de O Livro dos Espíritos.
Investigue: "Ciclos Históricos - Estamos condenados a repetir o passado?", link abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=WrgIymOv5Co
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