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25/02/2014

O CAMINHO DO CURADOR ... focando no Coração!








O arquétipo do Curador é uma estrutura mítica universal, que todos os seres vivos têm dentro de si. Entre as culturas indígenas, esse símbolo apóia o princípio de prestar atenção ao que tem coração e significado. Os Cu radores, nas maiores tradições, reconhecem que o poder do amor é a mais poderosa energia de cura de que o ser humano dispõe. O Curador efetivo, em qualquer cultura, é aquele que estende os braços do amor para praticar o reconhecimento, a aceitação, a consideração, o valor e a gratidão.

Muitas culturas nativas acreditam que o coração é a ponte que liga o Pai Céu à Mãe Terra. Para essas tradições, o coração de quatro câmaras, fonte de sustentação de nossa saúde emocional e espiritual, é definido como cheio, aberto, puro e forte. Essas tradições sentem que é importante conferir diariamente as condições desse coração de 4 câmaras, perguntando: "Estou com meu coração cheio, aberto, límpido e forte?"

Quando o coração não está cheio, nos aproximamos das pessoas e das situações só com a metade dele. O sentimento que experimentamos, como se devêssemos fazer algo que não queremos, é o te rreno em que germina o coração pela metade. Sentir o coração só pela metade é sinal de que estamos em má posição.

Quando o coração não está aberto, transformamo-nos em pessoas de coração fechado. Ficar na defensiva, buscar abrigo em nossa própria resistência, proteger-nos contra a possibilidade de sermos feridos são seus sinais. A resposta é abrandar e reabrir o coração.

Quando o coração não está límpido, ficamos confusos e carregamos a dúvida dentro dele. É onde devemos parar e esperar. Os estados de ambivalência e indiferença são precursores da confusão e da dúvida. A passagem por qualquer um desses estados é um lembrete para aguardarmos a clareza, em vez da ação.

Quando nosso coração não está forte, falta-nos coragem de ser autênticos ou dizer o que é verdadeiro para nós mesmos. Força de coração é ter coragem de ser tudo o que somos em nossas vidas. A palavra "coragem" vem do t ermo francês coeur, que quer dizer coração e, etimologicamente, significa "a capacidade de defender nosso coração ou nossa essência". Quando exibimos coragem, demonstramos o poder recuperador de prestar atenção àquilo que tem coração e significado para nós.


OS 6 TIPOS DE AMOR UNIVERSAL:

Manter a saúde de nosso coração de 4 câmaras nos permite explorar nossa natureza interior, bem como estarmos abertos aos 6 tipos de amor universal:

1. Amor entre companheiros e amantes

2. Amor entre pais e filhos

3. Amor entre colegas e amigos

4. Amor profissional

5. Amor por si mesmo

6. Amor incondicional ou espiritual




OITO CONCEITOS DE CURA:

Todos esses tipos de amor são portas para a cura. Quando nos abrimos a eles, nossa capacidade de manter um ponto de vista equilibrado sobre esse assunto aumenta. Jeanne Achterberg, em seu livro Woman as Healer, nos aponta os seguintes conceitos, que contribue m para o alcance desse equilíbrio:

1. A cura é a jornada de toda uma vida no sentido da inteireza;

2. Curar é lembrar o que foi esquecido sobre vínculo, unidade e interdependência, entre tudo que é vivente e não-vivente;

3. Curar é abrir os braços ao que é mais temido;

4. Curar é abrir o que estava fechado, suavizar o que endureceu em forma de obstrução;

5. Curar é penetrar no momento transcendente, atemporal, em que se experimenta o divino;

6. Curar é criatividade, paixão e amor;

7. Curar é buscar e expressar o ser em sua plenitude, sua luz e sua sombra, o masculino e o feminino;

8. Curar é aprender a confiar na vida.

Quando não desenvolvemos em nós qualquer um desses conceitos, encontramos fechada a porta para o amor e para a saúde.


O PRINCÍPIO DA RECIPROCIDADE:

A cura envolve o princípio da Reciprocidade, a capacidade de igualmente dar e receber, e a capacidade de vincular-se. Os 8 conceitos de Achterberg revelam esse princípio em ação. Para mantermos nossa saúde e bem-estar necessitamos manter o equilíbrio entre crescer e receber, e reconhecer quando um dos pólos está mais desenvolvido que o outro. Curar a si e aos outros envolve práticas que cuidam e tratam da natureza interior e da natureza exterior, sem privilegiar ou minorizar condições.



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