Pai Sumé ou Suman é considerado o protetor da terra do Brasil. Este ensinamento tradicional é conservado por alguns pajés indígenas e caboclos.
No Brasil existem dois tipos básicos de Pajelança (Xamanismo Brasileiro): a Indígena e a Cabocla. A Indígena é a tradicional e milenar arte do pajé não possui elementos “brancos”. A Cabocla é derivada da anterior e adotou elementos não indígenas das religiões cristãs e africanas. Ambas tradições são um tesouro espiritual para todo o brasileiro.
Para o sábio da floresta a Natureza é viva e tem alma. A Mãe Terra respira, canta e sente dor. Os bichos tem sua inteligência e parte invisível. Tudo tem uma hierarquia e nada fica solto sem nome ou lei. Portanto, cada coisa tem o seu lugar e uma ordem. Montanhas, rios, grutas, florestas e todos os viventes possuem um guardião.
Ele é o responsável pela harmonia local e deve responder ao seu superior. Desta maneira, cada elemento da Natureza está entrelaçado com o outro. O guardião da mata fala com o guardião da terra que fala com o guardião do lugar (país, continente, etc.).
Pai Sumé é o responsável pelo que chamamos de Brasil, que não tem a mesma geografia que nós “caras pálidas” criamos através de intrigas, guerras e conquistas. Ele zela por estas terras e criaturas que aqui nascem vivem e morrem.
Quando as coisas ficam muito complicadas cá embaixo, Pai Sumé se manifesta em carne e osso para por ordem na casa. Creio que ele já deve estar se preparando para mais uma encarnação!
A tradição conta que muito tempo atrás, quando os brancos não tinham ainda chegado por aqui, Pai Sumé se manifestou, andou, comeu e ensinou entre os nativos.
Neste tempo, dizem os pajés, os indígenas haviam esquecido as tradições mais antigas e viviam segundo seus caprichos. Uns brigavam com os outros e cobiçavam as mulheres de seus parentes. Não conheciam a plantação da mandioca, o segredo das plantas sagradas para falar com os espíritos, a fabricação das canoas e a linguagem das estrelas.
Os mais velhos não se lembravam de sua origem e não conseguiam mais contar as histórias de seus ancestrais. A vida estava um caos.
Pai Sumé, chamado também de Tonapa, tomou um corpo de homem muito alvo e apareceu no mundo. Quem morava perto do mar viu Sumé chegando pelas ondas…
Ele entrou pela aldeia e começou a ensinar. Ficou um tempo e quando tudo retornou à ordem natural foi embora.
Ele fez isso em cada aldeia desta terra e foi visto também nos Andes e na Patagônia. Em cada lugar deixou marcas de sua passagem, como impressões de seus pés, mãos e estranhas inscrições nas pedras dos montes, praias e itapébas (lajes).
Em Santos (SP), muito antigamente, existia uma fonte chamada São Tomé (Sumé foi sincretizado com o apóstolo São Tomé) que ficava no cruzamento das avenidas Bernardino de Campos e Floriano Peixoto de hoje. Na laje da fonte natural se encontrava uma marca do pé de Pai Sumé.
Depois que o sábio Pai restabeleceu a tradição perdida, ele voltou ao Toryba (Paraíso Celestial) de onde continua vigiando.
Certos pajés amazônicos contam que ele escondeu alguns segredos no Norte do país. Pai Sumé teria escrito certos símbolos em pedras e as deixou numa espécie de cova no Acre. As inscrições contêm o destino do Brasil e a verdadeira origem dos primeiros habitantes. Alguns pajés conhecem o caminho da cova e zelam pelo lugar.
Na Pajelança, quando queremos a ajuda de Sumé, cantamos e invocamos seu nome. Também jejuamos e usamos a defumação com certas ervas especiais. Nos tempos de hoje, a intervenção de Pai Sumé é muito importante. Estamos desconectados com a Mãe Terra e com nossas almas.
O país está entregue a “demônios estrangeiros” e muitos brasileiros envenenam as águas, matas e lugares onde vivem. Os verdadeiros donos daqui, nossos irmãos indígenas, são dizimados e roubados em nome da modernidade e do lucro.
Uma das maneiras de pedir a ajuda dele é através do Reiki Sumé, que nasceu sob a bandeira de sua herança e dentro da Umbanda. Quando nos colocamos como veículos da energia universal, Pai Sumé nos ajuda a curar e autocurar.
Esta misteriosa oração pode ser usada para saudar a Pai Sumé:
Prece a Sumé (Pajé Avarumã):
“Guardião de nossa pátria, protetor destas terras, purifica onde vivemos de todo o miasma e protege nossos lares dos seres malvados.
Vigia nossas matas, rios, cachoeiras e montes, Sumé!
Guarda nosso povo dos inimigos e exploradores, Grande Pajé!
Tua bênção, que vem do Toryba¹ e do Coaracyguaçú², se espalhe por onde eu caminhar, Tonapa, nosso Pai!”
[1] Toryba: o paraíso ou morada de Tupã, o Deus Criador.
[2] Coaracyguaçú: o grande Sol invisível que fica atrás do nosso Sol visível. Lugar onde vivem os espíritos puros ou encantados dos primeiros tempos.
Por Edmundo Pellizari
Fonte: O Ser Místico
AS TRILHAS DE SUMÉ*
A pintura representa Sumé (Pai Tumé ou São Tomé) descerrando mata adentro o Caminho de Peabirú. Eis um mapa
Na imagem abaixo, uma ramal paranaense do caminho. Mui utilizado por índios, exploradores espanhóis, tropeiros e bandeirantes. Pelos entradas também
Regato que atravessa a ramal catarinense do Peabirú, em São Bento do Sul (SC)
Outro vestígio de Peabirú
No antigo retrato, expedidores saem em busca de Paebirú
* Uma das mais importantes heranças indígenas encontradas pelos colonizadores ao chegar ao Brasil foi, sem dúvida, o Peabirú, uma estrada de mais de 2.500 quilômetros - e com inúmeras rotas secundárias - que ligava o alto dos Andes até o litoral sul brasileiro.
O Peabirú era uma valeta de 1,40 metro de largura e 40 centímetros de profundidade, forrado por uma gramínea que impedia erosões. Os primeiros relatos sobre o caminho datam de 1516 e são envoltos em mistérios e lendas.
Entre eles, a de que o Peabirú fazia parte da Estrada do Sol, construída durante o Império Inca. O seu formato mais largo em relação às outras trilhas existentes em território brasileiro na época reforça a tese dos defensores dessa teoria.
Já os jesuítas acreditavam que ele havia sido construído por São Tomé. Especulações à parte, o fato é que o caminho, ladeado por muitas aldeias de índios guaranis, foi amplamente usado por diversos conquistadores, em diferentes períodos da colonização.
O trecho inicial do Peabirú, chamado de trilha dos tupiniquins, era o único meio conhecido na época de cruzar a Serra do Mar. Passou a ser muito utilizado também pelos jesuítas, principalmente por José de Anchieta, quando estes colocaram em prática o trabalho de catequização dos índios. Por isso, a trilha foi rebatizada como "Caminho do Padre José".
Daqui
Também tem um documentário rolando - "Expedição Peabirú". Parece bem interessante:http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=Uq8NLm6xsRQ
FONTE: http://zuboski.blogspot.com.br/2009/03/blog-post_17.html
Existe uma crença equivocada de que os caminhos do xamã são apenas para os homens e que se uma mulher quiser seguir por aí, terá que assumir as características masculinas para tal... Engana-se quem pensa assim.
Para quem assistiu ao desenho da Disney Irmão Urso, verá que os dons de conversar com a natureza pertencem as mulheres xamãs, que são respeitadas e admiradas por seus poderes e competências.
A arte xamânica é a capacidade de traduzir a linguagem da natureza para um saber humano, é como se essas pessoas conhecessem o idioma das plantas, pedras e animais, aproximando a raça humana dos seus irmãos de outras naturezas.
Com certeza, poderemos dizer que o primeiro e mais constante movimento ecológico é o dos xamãs (homens e mulheres), pois eles vem de tempos pré-históricos junto de nossos antepassados.
O poder de uma xamã começa pelo amor e respeito aos seres da natureza, a partir dessa consciência ela deve encontrar um mestre nesse meio (para alguns um animal de poder), que lhe instruirá na linguagem natural e nos conhecimentos das artes de cura e proteção.
Um animal de poder é um espírito elemental, e é parte integrante dos meios naturais, diferente dos espíritos humanos com suas individualidades.
Quando alguém começa os seus primeiros contato com o seu animal de poder ele lhe induzirá a viagens e visões especiais, mostrará o reino das plantas e das pedras, como fabricar seus objetos sagrados e, como procurar sua verdade pessoal nos reinos encantados.
Existem várias linhas de xamanismo que utilizam vários meios para alterar o seu estado de consciência, (sair da racionalidade humana) umas usam os tão conhecidos chás como a aywaska, outras optam por transes induzidos por músicas e danças, havendo também aqueles que usam apenas um tambor no meu caso e no dos participanetes da Universidade do Tarot fazemos uso do tarot e da intuição para descobrir os segredos dos totens espirituais; seja como for, tornar-se um xamã requer uma sintonia fina, um casamento coma a natureza.
Como qualquer atividade humana, as pessoas poderão optar pelo caminho solitário ou encontrar um orientador que a introduzirá na arte.
A sensibilidade feminina é um bom aliado nessa caminhada, bem como a arte do xamanismo é um grande apoio na vida massificada das grandes metrópoles.
Se você se sentir tocada a conhecer a esse mundo mágico, dê seu primeiro passo na seara xamânica da seguinte forma:
1- Procure um lugar tranqüilo dentro ou fora de casa, onde não haverá interrupções de terceiros, deite-se confortavelmente (inclusive podendo se cobrir com uma manta); comece a respirar profunda e pausadamente, até sentir o corpo relaxar. (se preferir, toque uma música que tenha sons da própria natureza)
2- Visualize um cenário em meio a natureza de sua escolha e gosto, preste atenção aos detalhes em todos os lados...tente se ver no ambiente (pode ser que você não se pareça com a imagem atual).
3-Nesse lugar, faça uma dança cerimonial [ você fará isso mentalmente ], toque seu tambor do coração e cante canções vindas da alma. Em breve você sentirá uma presença, não se assuste, continue a dança ou a canção, deixe se aproximar. Quando você visualizar um animal, esse será seu animal de poder.
4-Olhe-o bem dentro dos seus olhos e converse com ele mentalmente, pergunte seu nome mágico e no que ele pode lhe ajudar. Combine uma forma de chamá-lo [ evocá-lo, quando precisar ] e, pergunte se ele deseja algum objeto especial, se tem algum horário especial para contatá-lo, fique atenta as suas instruções.
Pronto! você deu seu primeiro passo na caminhada xamânica. Basta agora você seguir as lições desse mestre e muitas felicidades virão disso, pois a filosofia do xamã é o poder da felicidade.
A seguir alguns exemplos dos poderes de alguns animais de poder: (conforme cada um vai ganhando a confiança deles, eles costumam contar mais deles no seu exercício de poder)
águia: visão espiritual
lobo: coragem
cobra: cura
coruja: saber ancestral
touro: poder/força
beija-flor: acesso a outros mundos
leão: força espiritual
cavalo: iluminação
Podem ser outros os animais, o importante é você vir a conhecê-lo profundamente e aprender com ele as lições da vida.
por: Luiz Mota - 09/02/2010
http://www.universidadedotarot.com.br/universidade.html
Tiqsi Wira Quchá... Qaylla Wira Quchá... Pacha Kamáq, Runa Ruraq!
Fogo dos fundamentos... Fogo que impõe limites...
Princípio do espaço-tempo que faz a realidade dos homens.
Maypim kanki? Maypim kanki? Yayá!
Onde estás? Onde estás? Princípio meu...
Tiqsi Qaylla Wira Quchá!
Fogo que impõe fundamentos e limites
Maypim kanki, hanaq pachapichu, kay pachapichu qaylla pachapichu?
Onde estás? Acima daqui, nas profundezas ou aqui nesse mundo mesmo?
Kay pacha Kamáq, Runa Ruráq!
É tu quem faz a realidade dos homens!
Maypim kanki?
Onde estás?
Uyariway!
Olha por mim!
Oração a CON TICSI WIRACOCHA,
copilado por Guamán Poma de Ayala, em 1600.
APU KON TICSE WIRACOCHA PACHAYACHACHI
Deus uno, criado por si mesmo, imortal, introduzido durante a expansão Wari-Tiwanaco, é o deus principal, criador do Universo e tudo que nele existe: a terra, o sol, os homens, as plantas. Adotava distintas formas, e se acreditava que ele estava em toda parte.
Conta a mitologia que Wiracocha organizou o universo em três mundos relacionados entre sí, em dualidade e harmonia.
No HANAN PACHA, o mundo de acima, habitam os seres celestes, constelações, astros, raios, estrelas, arco-íris, nuvens.
No KAY PACHA, o mundo daqui, convivem os seres terrestres, as montanhas, os lagos, os homens, os animais, as plantas.
No UCHU PACHA, o mundo subterrâneo, vivem os mallquis que são as sementes, os ancestrais enterrados para que na terra nasçam os homens novos. Estes mundos estão relacionados através da Yacumama e Sachamama que os atravessam.
YACUMAMA é o poder das águas e da fecundidade. No mundo de acima é o raio, no mundo terreno é o rio, e no subterrâneo é a serpente.
SACHAMAMA é o poder da fertilidade, que no mundo de acima é o arco-íris, aqui no terrestre é a árvore, e no subterrâneo é a serpente de duas cabeças, uma em cada extremidade.
Entre esse mundo interior, ou subterrâneo, existe uma comunicação física através dos orifícios da terra, covas, crateras, lagoas, denominadas genericamente de PACARINAS, relacionadas à origem dos seres viventes.
Entre o mundo terreno e o celeste, a comunicação se torna ideal. O homem se converte no mediador e intérprete dos mundos.
Wiracocha é o arquétipo da ordem do universo no homem.
Fonte: http://xamanismolegadodenossosancestrais.blogspot.com
Os astecas acreditavam que viviam sob o sol de Quetzalcoatl, o deus Serpente Emplumada, Deus da Criação, da aprendizagem e do vento. O sol se move levado por sua respiração. Quando os guerreiros morrem, suas almas se transformam em raras aves emplumadas e voam para o sol.
Quetzalcoatl era o Rei da Cidade dos Deuses. Era totalmente puro, inocente e bom. Nenhuma tarefa era humilde demais para ele. Ele até varria os caminhos para os deuses da chuva, para que eles pudessem chegar a fazer chover.
Seu irmão esperto era Tezcatlipoca, o Deus dos guerreiros, do céu noturno e do raio. Seu nome significa "espelho de fumaça" e vem do espelho mágico no qual ele podia ver tudo e ler o pensamento dos outros.
Tezcatlipoca ficava furioso com tanta bondade e perfeição de seu irmão. Com alguns amigos decidiu pregar uma peça em Quetzalcoatl e transformá-lo em um velhaco preocupado apenas com seu prazer. "Vamos dar a ele um corpo e cabeça humanos", disse. E mostraram a Quetzalcoatl seus novos traços em um espelho de fumaça.
Quando Quetzalcoatl olhou no espelho e viu sua face, foi possuído por todos os desejos terrenos que afligiam a humanidade. Gritou de horror. "Já não posso mais ser rei. Não posso aparecer assim diante do meu povo".
Ele chamou o coiote Xolotl, o deus asteca da estrela da noite; seu nome significa "gêmeo", e muitas vezes ele é chamado de duplo de Quetzalcoatl. O coiote lhe fez um manto de plumas verdes, vermelhas e brancas do pássaro Quetzal. Também fez uma máscara turquesa, uma peruca e uma barba de penas azuis e vermelhas. Pintou de vermelho os lábios do rei, de amarelo sua testa e pintou seus dentes para que parecessem os de uma serpente. E assim Quetzalcoatl ficou disfarçado de serpente emplumada.
Mas Tezcatlipoca tinha pensado em uma nova peça para pregar em seu irmão. Ofereceu-lhe vinho, dizendo que era uma poção para curar seu problema. Quetzalcoatl, que nunca havia bebido álcool antes, ficou bêbado. Quando já estava em estupor, Tezcatlipoca persuadiu-o a fazer amor com sua própria irmã, Quetzalpetatl.
Quando Quetzalcoatl acordou, ficou amargamente envergonhado com o que tinha feito. "Este é um mau dia", disse e resolveu morrer. Quetzalcoatl ordenou a seus servos que fizessem uma caixa de pedra, e ficou dentro dela quatro dias. Depois se levantou e pediu aos servos para encher a caixa com todos os seus maiores tesouros e depois selá-la.
Foi até o mar e lá colocou seu manto de plumas de Quetzal e sua máscara de turquesa. E pôs fogo em si mesmo e queimou até que só restassem cinzas na praia. Dessas cinzas, aves raras se levantaram e voaram para o céu.
Quando Quetzalcoatl morreu, a aurora não se levantou por quatro dias, pois ele tinha descido para a terra dos mortos com seu duplo, Xolotl, para ver seu pai, Mictlantecuhtli. Ele disse a seu pai, o Senhor dos Mortos, "Vim buscar os preciosos ossos que o senhor tem aqui para povoar a Terra".
E o Senhor dos Mortos respondeu: "Está bem".
Quetzalcoatl e Xolotl pegaram os ossos preciosos e voltaram à terra dos vivos. Quando a aurora se levantou outra vez, Quetzalcoatl borrifou seu sangue sobre os ossos e deu-lhes vida. Os ossos se transformaram nas primeiras pessoas.
Quetzalcoatl ensinou à Humanidade muitas coisas importantes. Ele encontrou o milho, que as formigas tinham escondido, e roubou um grão para dar ao povo que tinha criado para que eles pudessem cultivar seu próprio alimento.
Ensinou-lhes a polir o jade, a tecer e a fazer mosaicos. O melhor de tudo, ensinou-lhes a medir o tempo e a entender as estrelas, e distribuiu o curso do ano e das estações.
Finalmente, chegou o tempo de Quetzalcoatl deixar os humanos cuidarem-se de si mesmos. Quando a aurora surgiu, no céu apareceu a estrela Quetzalcoatl, que conhecemos como Vênus. Por essa razão, Quetzalcoatl é conhecido como o Senhor da Aurora. Alguns dizem que Quetzalcoatl partiu para o leste em uma jangada de serpentes e um dia retornará.
Kukulcán era a versão maia do deus asteca Quetzalcóatl, a serpente emplumada.
Para os maias "kukul" significa sagrado ou divino e "can" significa serpente.
Para alguns pesquisadores este Deus (o mesmo Quetzalcoatl dos astecas) provém da cultura tolteca, para outros provém da cultura olmeca.
Em todo caso sua origem é muito anterior aos maias e esta presente em toda a América Central, inclusive os incas o cultuava também.
Entre os restos arqueológicos de Chichen Itza se lhe pode observar como uma serpente que desce nos vértices do edifício em forma de colunas de ar durante os dois solstícios.
Foi uma deidade rapidamente assimilada pela aristocracia, apesar de que tenha se incorporado ao panteão maia em uma época tardia. Aparece como uma das divindades criadoras sob o nome de Gucumatz, e como deidade dos ventos com o nome de Ehecatl na esteira 19 de Ceibal. Em Chichen Itza foi conhecido como o "Estrela d'Alva".
É a deidade que mais freqüentemente aparece nos manuscritos do Códice de Dresden e outros. Tem o nariz comprido e truncado, como o de um tapir, e nele se encontram todos e cada um dos signos de um deus dos elementos.
Caminha sobre a água, maneja tochas ardentes e se senta na árvore cruciforme dos quatro ventos que com tanta freqüência aparece nos mitos americanos. Evidentemente é um deus do cultivo e herói, já que se lhe vê plantando milho, levando ferramentas e continuando uma viagem, feito com que estabelece sua conexão solar.
***************
O último chefe azteca, Montezuma, usava como enfeite um Toucado de Penas do pássaro Quetzal. Em 1519, ele deu este toucado ao aventureiro espanhol, Cortez, pensando que era Quetzalcoatl que havia retornado ( Porque segundo fontes incertas e tradições orais, uma das representações deste deus é um homem branco, barbado e de olhos claros. Há também, uma corrente ocultista que afirma que um Ser de alta hierarquia veio para a Mesoamérica liderar a implantação denovos planos de evolução e que, esse Ser é o mesmo qu encarnou como Jesus na palestina ).
( Há ainda toda uma religião com igreja e tudo dedicada a Ele como Cisto. Confira no link: http://iglesiadequetzalcoatl.blogspot.com.br/ )
Dois anos mais tarde, o Império é conquistado pela Espanha, sob liderança de Cortez.
Amigos,
Já faz algum tempo que publicamos aqui no blog um áudio em que ouvíamos Zélio de Moraes contar que ele havia iniciado Benjamim Figueiredo na Umbanda (para quem não leu, clique aqui e aqui)
Pois, bem. Nosso amigo Sergio Navarro, CCT da Fraternidade Umbandista Luz de Aruanda e autor do blog homônimo, descobriu uma preciosidade nos arquivos da Biblioteca Nacional: um texto escrito em que os repórteres documentaram Benjamim Figueiredo afirmar que: "Meu trabalho na umbanda começou no Centro do "Seu Sete Encruzilhada" na Praça XV, nos meados de 1917".
(Para acessar o blog Fraternidade Umbandista Luz de Aruanda, de nosso amigo Sergio, e ler a integra do texto, clique aqui)
Isso lança mais luz sobre o início da Umbanda e nos faz ter que rever alguns pontos, inclusive do que escrevemos antes. Vamos a eles.
Primeiro. De acordo com Leal de Souza, na obra "O Espiritismo, a Magia e as Sete Linhas de Umbanda", em seu capítulo XXIV, que "O Caboclo das Sete Encruzilhadas fundou e dirige quatro Tendas: de Nossa Senhora da Piedade, a matriz, em Neves, subúrbio de Niterói encravado no município de São Gonçalo e as de N. S. da Conceição, São Pedro e de Nossa Senhora da Guia, na Capital Federal, além de outras no interior do Estado do Rio.
" Ainda nesse capítulo, um pouco mais abaixo, lemos que: "Dez ou doze anos depois, com contingentes dessa Tenda, incumbiu a Sra. Gabriela Dionysio Soares de fundar, com o Caboclo Sapoéba, a de N. S. da Conceição e quando a nova instituição começou a funcionar normalmente, encarregou o Dr. José Meirelles, antigo agente da municipalidade carioca e deputado do Distrito Federal, e os espíritos de Pai Francisco e Pai Jobá, com o auxílio das duas existentes, da criação da Tenda de S. Pedro."
Segundo. No antigo site da Tenda Espírita Mirim, podíamos ler que: "No dia 12 de Março de 1920, o Médium Benjamim Gonçalves Figueiredo, teve a primazia de incorporar, pela primeira vez, o Caboclo Mirim, Grande Mestre que veio para nos ensinar a Escola da Vida, que poucos conheciam na época."
Terceiro. De acordo com o áudio que mencionei mais acima, ouvímos Zélio contar que Benjamim passou a frequentar as sessões da sua tenda para que Zélio o desenvolvesse na Umbanda e, em uma dessas ocasiões, Orixá Mallet, incorporado em Zélio, pegou Benjamim e após carregá-lo nas costas por meio quilômetro, o atirou no mar, tendo, logo após o fato, dito que Benjamim estava pronto para trabalhar com o Caboclo Mirim.
Juntando as três peças acima, com as novas informações trazidas pelo nosso amigo Sergio, podemos supor que:
Se havia uma tenda do Caboclo das Sete Encruzilhadas na Praça XV, Rio de Janeiro, em meados de 1917, é altamente provável que ela fosse a Tenda Espírita Nossa Senhora da Guia (TENSG), que teria sido fundada pelo menos 09 anos depois da Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade (TENSP), e não 10 ou 12 como estimou Leal de Souza. Além disso, descobrimos, pela primeira vez, em que local da antiga capital federal ela ficava.
Se Benjamim Figueiredo iniciou na Umbanda no "Centro do 'Seu Sete Encruzilhada'" em meados de 1917, é altamente provável que ele tenha iniciado na Tenda Espírita Nossa Senhora da Guia.
Se a primeira incorporação de Benjamim Figueiredo com o Caboclo Mirim foi em 1920, ele só veio a incorporar essa entidade depois de pouco mais de 02 anos de ter começado no "Centro do 'Seu Sete Encruzilhada'".
Se a primeira incorporação de Benjamim Figueiredo com o Caboclo Mirim foi em 12/03/1920 e se ele incorporou o Caboclo Mirim depois de Orixá Mallet tê-lo batizado no mar, então é provável que esse batizado tenha ocorrido em 1920. Ainda não podemos afirmar se foi nesse batizado, inclusive, a primeira incorporação, mas pelo registrado no áudio parece que sim.
Como Neves fica bem mais distante do mar do que a Praça XV no Rio de Janeiro, é provável que o batismo de Benjamim Figueiredo tenha ocorrido em um dia de sessão na TENSG.
Bom, amigos leitores, já especulamos bastante. rs... Agora, é trabalharmos em busca de fatos que possam comprovar nossas especulações ou descartá-las.
Um grande abraço, Renato
by Renato Guimarães
http://wp.me/pyYHo-lJ
Como o Búfalo, a Águia, o Coiote e o Urso, começaram a ajudar os Espíritos Guardiões das Direções
Há muito tempo atrás, quando os animais podiam falar uns com os outros e com os humanos, os quatro "poderosos animais " tiveram uma discussão. Cada um deles, sentia ser "o melhor" chefe do Conselho dos Animais.
Isso causou mal estar geral no Conselho, onde o Urso, sempre havia sido o chefe. Ele tinha essa posição, porque era forte e tomava boas decisões com suas irmãs e irmãos.
Enquanto muitos animais sentiam que o Urso deveria continuar chefe, outros achavam que deveria haver uma revezamento entre os candidatos.
Um dos candidatos era o Búfalo. Disse o Búfalo:
- Eu sou o mais forte e poderoso dos animais, eu me dou generosamente para todos os nossos irmãos e irmãs humanos, bem como para o Reino Animal. Eu mereço ser o chefe, devido a minha pureza de propósitos e habilidade em renovar todos aqueles que recebem os meus presentes.
O outro concorrente era a Águia, e disse:
- Eu vôo mais alto do que qualquer uma das criaturas aladas. Vejo mais claramente. Vôo mais perto do Grande Espírito, do que qualquer um deste Conselho. Por causa da minha claridade e sabedoria, desejo ser o chefe do Conselho.
O outro candidato era o Coiote, que disse:
- Eu sou o mais habilidoso (malicioso) de todos os animais. Eu posso sobreviver em qualquer lugar. Tenho a habilidade para ensinar coisas a todos os que queiram ou não aprender. Por trazer o crescimento, eu desejo ser o chefe.
O Urso disse :
- Eu tenho grande respeito por meus irmãos que querem ser chefe, mas vocês não têm motivos para me substituir. Eu os tenho atendido sempre bem. Eu sou forte e ainda tenho sido sempre bondoso em minhas decisões. Sempre penso muito antes de decidir qualquer coisa a respeito de vocês. Desejo continuar servindo-os como sempre tenho feito.
Depois que os quatro poderosos animais terminaram suas falas, todos os outros animais tiveram a chance de falar no " Pau Falante " , passado no círculo.
Quando o " Pau Falante " circulou por todos, ficou claro que os animais estavam divididos sobre quem deveria ser o chefe. Não havia consenso. Todos sentiram-se mal, pois era a primeira vez que eles se desagregaram tão fortemente. Eles não sabiam o que fazer. Todos os Quatro Animais eram poderosos e tinham a Medicina que os qualificavam para serem chefes.
De repente, os ventos começaram a soprar fortemente em todas as Direções. Os animais tentavam passar algo para o Conselho na segunda rodada do " Pau Falante ", cada um tentava provar que o seu ponto de vista estava certo e o porque escolheram um dos animais como favorito, mas não conseguiam ser ouvidos devido ao forte som dos ventos.
Finalmente fez-se o silêncio e quando todos preparavam-se para passar novamente o "Pau Falante" um dos " Espíritos Professores apareceu" no centro. Ele apareceu como um poderoso homem de meia-idade que chegou do Vento Oeste e falou fortemente ::
- Eu sou Mudjekeewis , o Espírito Guardião do Oeste. Onde eu ando o Vento Oeste me acompanha. Muito tempo, antes de vocês terem nascido, eu decidí que poderia ser o "Chefe dos Guardiões das Direções. Como vocês; Aguia, Urso, Búfalo e Coiote, nós mantemos as direções fortes. Nós somos crianças da mesma Mãe, e nós todos possuímos a força e sabedoria, específicos de cada um dos pais.
Ao invés de brigar sobre quem é mais forte e quebrar a "Lei da unidade " nós decidimos, com ajuda da Nossa Mãe, a nos responsabilizarmos por um quarto da Roda Medicinal. Então, podemos usar nossas forças separadamente da melhor forma possível.
Agindo assim, nós tornamos a Roda forte em todas as Direções, e nos tornamos, em conjunto, mais fortes, por termos uma Direção definida para manifestar nossa força.
Eu fui escolhido pelo " Grande Um " para intervir neste Conselho dos Animais, e também ouvir vocês falarem. Por ter muitos anos de consenso, vim servir como elo de ligação. Isso porque nesta hora a Lei de Unidade entre os animais poderia ser quebrada se vocês brigassem. E não seria bom para as relações na Terra.
O "Grande Espírito" não quer que isso aconteça. Então, cada um de vocês vai fundir o seu poder, com o poder de cada Direção. Desta forma suas forças também vão ajudar a fazer a Roda forte, e cada um terá uma Direção específica a seguir.
Urso ! Você se fundirá comigo, com o Oeste, porque como eu, você é forte e pensa bastante antes de falar comigo sua pele será preta, como a noite com seus cabelos prateados para honrar as estrelas. Você permanecerá como chefe do Conselho Animal, assim como eu sou o chefe do Conselho dos Ventos.
Búfalo ! Você se fundirá com o poder de Waboose, do Norte, assim compartilhará das qualidades de renovação e pureza. Quando você trabalhar com Waboose, seu pelo será branco, como a cor das neves.
Águia ! Você se fundirá com o poder de Wabun do Leste. Com sua visão clara, ajudará a trazer consciência, sabedoria e iluminação. Quando você trabalhar com Wabun, você vestirá penas douradas, a cor do raiar do dia.
Coiote ! Você se fundirá com o poder do Sul, Shawnodese. Com sua habilidade para ensinar e sobreviver, você ajudará a trazer crescimento e confiança aos seres. Quando você trabalhar com Shawnodese, sua pele terá a cor do Sol do meio-dia, que fertiliza a Terra.
Então meus honrados amigos, sejam felizes agora com os presentes de poder do grande espírito, que foi dado a cada um de vocês.
Cada um deverá servir da melhor forma, na Direção que está sendo dada, e poderão contribuir para a harmonia da Criação.
Isso é bom !
Retirado do site http://www.xamanismo.com.br