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09/10/2010

ORIXÁS






COLEGIO DE UMBANDA PAI BENEDITO DE ARUANDA



ORIXÁS



   
1. Na Umbanda os Orixás são entendidos como divindades que tem funções bem definidas na criação, entre as quais as de auxiliar-nos, sendo que elas são bem conhecidas pelos umbandistas, que recorrem a um ou a outro Orixá, sempre de acordo com suas necessidades e procedendo segundo os procedimentos de cada um deles.

Eles estão sempre a nossa disposição e tem sim a suas orações especificas.

2. Os Orixás possuem poderes (ou energias) conhecidas como Axés, energias estas que, por provirem de divindades são realizadoras na vida dos seres.


Como exemplo podemos citar uma pessoa com sérios embaraços em sua vida e que recorrem ao Orixá Ogum para desembaraça-la pois o seu axé traz entre outras vibrações divinas uma denominada vibração "desembaraçadora" e cuja função é desembaraçar tudo que estiver embaraçado.

Portanto, ao falarmos em Orixá estamos falando de divindades realizadoras.


3.  Não existe uma diferença de importância dos Orixás na Umbanda e no Candomblé porque em ambas eles são as divindades supremas sustentadoras da criação e só tem acima de si o Divino Criador Olorum.
 

4. Na Mitologia tradicional dos Orixás eles foram descritos como seres humanos excepcionais e fundadores dos reinos e cidades míticas associadas a eles na região da África hoje conhecida como Nigéria. Mas, na Umbanda eles tem recebido uma nova interpretação onde são descritos como divindades- mistérios do Divino Criador Olorum.

Esclarecidas as visões dos Orixás no Candomblé e na Umbanda então podemos afirmar que sim, tal como no Cristianismo Jesus ascendeu, os Orixás Mitológicos também ascenderam.

5.  Uma pessoa pode saber a qual ou quais Orixás ela está conectada energicamente através de vários métodos ou jogos divinatórios tais como: o jogo de búzios, de cauris, do edingolum ou merindingolum, isto no Candomblé pois na Umbanda os processos de identificação são manipulados pelos Guias espirituais.


6.  Se tem muitas pessoas que costumam associar a Umbanda e os Orixás ao mal e a demônios isto se deve a intolerância religiosa, ao preconceito e ao racismo, infelizmente mascarados nas mensagens de supremacia de um deus branco e cristão, ignorância esta propagada continuamente por pessoas seguidoras de certas seitas cristãs.
 

7. Na Umbanda o fenômeno da psicografia não é tão cultivado quanto no espiritismo, mas após o surgimento das obras psicografadas por mim começou a surgir muitos outros médiuns umbandistas também possuidores desta faculdade mediúnica, fato esse comprovado pelos inúmeros livros já editados e que foram psicografados nos anos recentes. 

8.  A pessoa, para ser classificada como médium umbandista tem que possuir a faculdade mediúnica de incorporação.

Agora, para ser umbandista não tem que possui-la e basta converter-se a Umbanda e seguir seus preceitos.

9.  A Umbanda vê a questão da obsessão espiritual de duas formas:


1.-  Como um problema cármico
2.-  Como um desequilíbrio profundo no intimo do encarnado e que atrai seus afins desencarnados.

10. Eu creio que a abordagem da mídia sobre a Umbanda e os Orixás é deficiente e isso deve-se ao fato de que a maioria dos repórteres e jornalistas tem dificuldade de entender a profundidade religiosa existente por trás dos trabalhos espirituais realizados nas sessões de atendimento ao publico pelos guias espirituais.

Confundem os espíritos incorporados, dando consultas , dando passes energéticos e realizando descarregos com algo caótico ou pagão e não diferenciam esse tipo de trabalho socorrista, que aberto, da religião em si e da grandeza dos Orixás que dão sustentação a todos os trabalhos realizados pelos seus falangeiros ou guias espirituais.

11. O Orixá é um poder divino estável na criação e não estão sujeitos a desvios de condutas, inerentes aos seres humanos.

Agora, espíritos ou forças da natureza regidos pelos Orixás e que são seres ainda em revolução, estes sim tanto podem ser direcionados para o bem tanto quanto para o mal, tudo dependendo do grau de evolução deles.

12. Não existe diferença do termo Orixá, a não ser na grafia,  para a Umbanda, Candomblé e Quimbanda.


Pai Rubens Saraceni.



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