.OKEY CABOCLO!

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OKEY CABOCLO!

18/02/2016

Oxalá Criou a Terra Oxalá criou o mar






Oxalá criou a terra, Oxalá criou o mar,
Oxalá criou o mundo,
onde reinam os Orixás. (2x)

A pedra deu pra Xangô
Meu Pai é rei justiceiro.
As matas deu pra Oxóssi,
Caçador, grande guerreiro.
Mar com pescaria farta
Ele deu pra Iemanjá.
Os rios deu para Oxum,
Os ventos para Oyá.
Grandes campos de batalha,
Deu para Ogum guerreiro.
Campinas, Pai Oxalá,
Deu para Seu Boiadeiro.
Jardins com lindos gramados
Deu para as Crianças brincar.

Oxalá criou a terra, Oxalá criou o mar,
Oxalá criou o mundo,
onde reinam os Orixás. (2x)

O poço deu pra Nanã,
a mais velha orixá,
O Cruzeiro bendito
Deu pras almas trabalhar.
Finalmente deu as ruas
Com estrela e luar
Para Exú e Pomba-gira
Nossos caminhos guardar

Oxalá criou a terra, Oxalá criou o mar,
Oxalá criou o mundo,
onde reinam os Orixás. (2x)


Ponto - Oxalá Criou a Terra Oxalá criou o mar
https://www.youtube.com/watch?v=yLXjh0XXr54


- EPA BABÁ, OXALÁ!

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Iansã Comanda os Ventos






Iansã comanda os ventos ( 2x )
E a força dos elementos
Na ponta do seu florim
É uma menina bonita
Quando o céu se precipita
Sempre o princípio e o fim

Iansã comanda os ventos ( 2x )
E a força dos elementos
Na ponta do seu florim
É uma menina bonita
Quando o céu se precipita
Sempre o princípio e o fim…

Iansã Comanda os Ventos (Extended Version) Maria Bethânia
https://www.youtube.com/watch?v=E1q1nJ65Pl8


***

EPARREY, IANSÃ, MINHA MÃE!


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Águas de Cachoeira






Lá na pedreira
Rola da cachoeira
Uma água forte
Pra me banhar
Uma água forte
Pra me banhar

Ela me enche de fé
Me ando um banho de paz

Bebo dela no coité
E vejo bem que me faz
Água de beber
Água de molhar
Água de benzer
Água de rezar

Na boca da mata
tem chave de ouro
Tem pedras de prata
E aves de agouro
Tem um doce mistério
Que eu não sei contar
Eu só sei dizer pra você
Que meu pai mora lá


MARIA BETHANIA - Águas de cachoeira
https://www.youtube.com/watch?v=2YnMp5NB6vU

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- ORA-IÊ -IÊ, MAMÃE OXUM!

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16/02/2016

OGUM DE RONDA






Ogum Dilê, Babá
Ogum Megê...
Ogum Maiê, Bará
Ogum Menê

Na Ronda de Ogum
Meu Santo Protetor
Com o Poder de Sua Espada
Eu defendo o meu amor
É o Guardião da Terra
Major dos Orixás

Ogum é o Deus da Guerra
Mas guerreia pela Paz
Onde eu vou, que o mal se esconda!
E não saia da onde está
Porque eu tenho Ogum de Ronda
No clarão do meu olhar

Ogum Dilê, Babá
Ogum Megê...
Ogum Maiê, Bará
Ogum Menê...

Ehô, ehô, chegou Ogum com seu mariô
Ehô, ehô, é de demanda! Ogum de Ronda chegou
Ehô, ehô, chegou Ogum com seu mariô
Ehô, ehô, é de demanda! Ogum de Ronda chegou...

Ogum Dilê, Babá
Ogum Megê...
Ogum Maiê, Bará
Ogum Menê...


Música e composição de Roque Ferreira
Cantado por: Roberta Nistra - Ogum de Ronda
Part. Moyseis Marques)

https://www.youtube.com/watch?v=Z931tiDKX_c


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- OGUNHÊ, EMU PAI OGUM!


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08/02/2016

ORAÇÃO À GRANDE MÃE






"Mãe Nossa, que estais no céu, na terra e em toda a parte
Bendita seja a Tua beleza e a Tua abundância
Traz aos nossos corações a chave que abre o portal
do amor
Que cada um de nós possa respeitar os caminhos de
todos os seres
E que o exercício do perdão faça parte de nossa
existência
Que possamos acolher em nossa mesa aqueles que
querem partilhar conosco o alimento sagrado
Mãe Nossa, que estais no céu, na terra e em toda a
parte
Que o Propósito Maior guie os nossos passos,
e que a batida dos nossos corações possa se unir ao
toque do coração da terra
E assim possamos pulsar em um só ritmo
Que as estrelas nos guiem nas noites escuras
E que o sol brilhe intensamente em nossos corpos.

Alba Maria - Terra Mirim

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Amizade






"Temos uma genuína amizade quando é baseada no verdadeiro sentimento humano. Um sentimento de proximidade onde há um senso de partilha e conectividade.

Eu chamaria esse tipo de amizade de genuína, porque não é afetada pelo aumento ou diminuição da riqueza, status ou poder do indivíduo.

O fator que sustenta esse tipo de amizade é se as duas pessoas têm um sentimento mútuo de amor e carinho.

Amizade verdadeiramente humana está baseada na afeição humana, independente da sua posição.

Portanto, quanto mais você mostrar a preocupação com o bem estar e direitos dos outros, mais você é um verdadeiro amigo, mais você permanece aberto e sincero, e depois, finalmente, mais benefícios receberemos.

Se você se esquecer e não se preocupar com os outros, então você acabará por perder seu próprio benefício."


Dalai Lama


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06/02/2016

Sua “bença” e licença, Mãe!






Sua “bença” e licença, Mãe!

Trouxe flores, mas não trouxe balaio de vime, bambu, nem palha ou cipó. Sou eu, de carne e osso. Não carrego champanhe ou mimos mundanos, mas lavei bem a alma antes de sair de casa. Perfumei cada cantinho do meu espírito pra vir aqui Te ver. Sei o quanto a Senhora ama receber Suas visitas assim!

Decorei o canto dos meus lábios com as flores da felicidade, que feito balões de festa, repuxam as extremidades para cima e não paro de sorrir.

Essas flores são tão frágeis e levinhas, a Senhora sabe bem; mesmo de longe sei que esteve lá me ajudando a cultivá-las e a retirar as ervas daninhas. Elas não resistem à água do mar, não é mesmo?

Calcei meus pés com a determinação, presente que ganhei da senhora! Lembra que me disse que ela me levaria a qualquer lugar? No começo sentia um desconforto, ou melhor dizendo, medo. Mas com o passar do tempo percebi que o tal medo era só uma pedrinha ali no meio. Joguei fora e agora vou aonde quero!

Esta roupa aqui é uma novidade: costurei um pouquinho de cada um que passou por mim nesses doze meses. Pensei que ficaria algo retalhado e infantil, mas veja, é tão colorida que parecem até seus peixinhos e corais! Penso que como o tecido, as vidas também se costuram, e tudo que nos acontece, de bom ou de ruim, fica marcado, pintado ou manchado em nós, pelo tempo que permitirmos.

Como perdoei meus desafetos e pedi perdão pelos meus escorregões; a roupa está brilhando, novinha em folha, do jeito que a senhora gosta! Claro que há um borrão ou outro, assim como alguns furos, dos vazios que me foram feitos esse ano, pela saudade dos que se foram, por opção ou não.

As outras pessoas não conseguem perceber muito bem, pois o conjunto todo ofusca um pouco essas imperfeições. Mas sei que a senhora, com os olhos sobrenaturais de toda mãe, já viu tudo. Obrigada, por sempre me lembrar que por mais que os outros não vejam, o que está errado precisa ser consertado!

Gostou das flores? São brancas iguais às Suas pérolas, e à espuma das Suas ondas.

Sabe, Mãe… Durante o ano, em meio à correria e aos momentos em que não tive tempo de vê-la, o coração doía, como quem estivesse sendo afogado.

A saudade apertava tanto, que meu único alívio era quando a água salgada transbordava pelos meus olhos, me lembrando um pouquinho do teu mar que também habita em mim. Nessas horas, a tempestade passava, a paz chegava, e mesmo transbordando, sentia o colo teu.

A paz veste branco, Mãe. E essas flores são de gratidão pela paz nos momentos difíceis, pela paz nos momentos de euforia, pela paz nos momentos de alegria também.

Agora estou aqui, com os pés na areia quente e macia, enquanto a espuma brinca com eles, risonha.

Ao passo que sinto-me pequena e indefesa, confirmo que não haveria qualquer outro lugar na Terra que preferiria estar. Se Deus nos deu um pedacinho do Céu, não há dúvidas de que está no mar.

Mas, também, não tenho dúvidas que está em nosso Ori, o Guia dos homens, preparado, equilibrado e amparado, pelas mãos da Senhora, minha Mãe Yemanjá!


Thais de Oyá


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- ODOYÁ, IEMANJÁ!
A VOSSA BENÇÃO MÃE AMADA!


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02/02/2016

OXALÁ, MEU PAI!






Oxalá meu Pai. tem pena de nos tem dó
A volta do mundo é grande
Seu Poder é ainda maior!

https://www.youtube.com/watch?v=pRD69tMwHzY.


- ÊPA BABA, OXALÁ!


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Minha Mãe Iemanjá ( Ponto )






Iê iê iê iê minha Mãe Iemanjá

Iemanjá Rainha do Mar
Doçura das Águas Sagradas do Mar
Iemanjá Rainha do Mar
Doçura das Águas que vem pra levar o sofredor

Oh leva pro mar minha Mãe todo esse meu sofrer
Leva pro mar minha Mãe as minhas lágrimas
Oh leva esse sofredor pra se banhar no Seu Amor
Leva pro fundo do mar tudo o que tem pra levar
Laraia laraia

Iê iê iê iê minha Mãe Iemanjá

Teu canto envolve meu ser
Tuas mãos me levantam ao cair
Pois é minha Mãe Sereia
Sempre vou saudar quando vir

Eu sei foi Mãe que escolheu
Só mais um filho de Deus
Pra espalhar Teu Amor
No canto, na letra e na canção

Iê iê iê iê minha Mãe Iemanjá

- Salve as Águas Sagradas de Mamãe Sereia!
Odoyá Mãe!


Artista: Caroline Nascimento
Minha Mãe Iemanjá

https://www.youtube.com/watch?v=rOZwyjiJiSc


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01/02/2016

Crônica






Crônica
https://www.youtube.com/watch?v=2W4kxJhGMu8


Já não passa nenhum carro por aqui
Jã não passa nenhum filme na TV
Você que enrola outro cigarro por aí
E não dá bola pro que vai acontecer

Mais um pouco mais um século termina
Mais um louco pede troco na esquina
Tudo isso já faz parte da rotina
E a rotina já faz parte de você

Que tem idéias tao modernas
É o mesmo homem que vivia nas cavernas
Você que tem idéias tao modernas
É o mesmo homem que vivia nas cavernas

Todo mundo já tomou a coca-cola
E a coca-cola já tomou conta da China
Todo cara luta por uma menina
E a Palestina luta pra sobreviver

E a cidade cada vez mais violenta
Tipo Chicago nos anos 40
E você cada vez mais violento
No seu apartamento ninguém fala com você

Que tem idéias tao modernas
É o mesmo homem que vivia nas cavernas
Você que tem idéias tao modernas...


Engenheiros do Hawaii

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ORAÇÃO PARA PAZ DE ESPÍRITO






Eu sei, Senhor, que as dificuldades são inevitáveis.
Quero ter forças para não fugir delas e coragem pra enfrentá-las.
E peço vossa ajuda para transformar cada problema meu - simples ou grave - em exercício positivo para a evolução de minha alma.
Que cada aflição seja um teste divino para me indicar o caminho da verdadeira e infinita felicidade.
Oh! Senhor, eu não peço que afastes de mim as dificuldades, mas que me anime a enfrentá-las e que me ilumine para sair bem de todas elas.
Dai-me, Senhor, agora e sempre, a vossa paz, e obrigado por me dar a certeza de que tudo vai dar certo.
Assim seja!


(Chico Xavier)


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DA AUTO- PERCEPÇÃO






As caridades odiosas

(...)
Foi em uma tarde de sensibilidade ou de suscetibilidade? Eu passava pela rua depressa, emaranhada nos meus pensamentos, como às vezes acontece. Foi quando meu vestido me reteve: alguma coisa se enganchara na minha saia.

Voltei-me e vi que se tratava de uma mão pequena e escura. Pertencia a um menino a que a sujeira e o sangue interno davam um tom quente de pele.

O menino estava de pé no degrau da grande confeitaria. Seus olhos, mais do que suas palavras meio engolidas, informavam-me de sua paciente aflição. Paciente demais. Percebi vagamente um pedido, antes de compreender o seu sentido concreto.

Um pouco aturdida eu o olhava, ainda em dúvida se fora a mão da criança o que me ceifara os pensamentos.

-Um doce, moça, compre um doce pra mim.

Acordei finalmente. O que estivera pensando antes de encontrar o menino? O fato é que o pedido deste pareceu cumular uma lacuna, dar uma resposta que podia servir para qualquer pergunta, assim como uma grande chuva pode matar a sede de quem queria uns goles de água.

Sem olhar para os lados, por pudor talvez, sem querer espiar as mesas da confeitaria onde possivelmente algum conhecido tomava sorvete, entrei, fui ao balcão e disse com uma dureza que só Deus sabe explicar: um doce para o menino.

De que tinha eu medo? Eu não olhava a criança, queria que a cena, humilhante para mim, terminasse logo. Perguntei-lhe: que doce você...

Antes de terminar, o menino disse apontando depressa com o dedo: aquelezinho ali, com chocolate por cima. Por um instante perplexa, eu me recompus logo e ordenei, com aspereza, à caixeira que o servisse.

-Que outro doce você quer? Perguntei ao menino escuro.

Este, que mexendo as mãos e a boca ainda esperava com ansiedade pelo primeiro, interrompeu-se, olhou-me um instante e disse com delicadeza insuportável, mostrando os dentes: não precisa de outro não. Ele poupava a minha bondade.

-Precisa sim, cortei eu ofegante, empurrando-o para a frente. O menino hesitou e disse: aquele amarelo de ovo. Recebeu um doce em cada mão, levantando as duas acima da cabeça, com medo talvez de apertá-los. Mesmo os doces estavam tão acima do menino escuro. E foi sem olhar para mim que ele, mais do que foi embora, fugiu. A caixeirinha olhava tudo:

-Afinal, uma alma caridosa apareceu. Esse menino estava nesta porta há mais de uma hora, puxando todas as pessoas que passavam, mas ninguém quis dar.

Fui embora, com o rosto corado de vergonha. De vergonha mesmo? Era inútil querer voltar aos pensamentos anteriores. Eu estava cheia de um sentimento de amor, gratidão, revolta e vergonha.

Mas, como se costuma dizer, o sol parecia brilhar com mais força. Eu tivera a oportunidade de... E para isso fora necessário um menino magro e escuro... E para isso fora necessário que outros não lhe tivessem dado um doce.

E as pessoas que tomavam sorvete? Agora, o que eu queria saber com auto-crueldade era o seguinte: temera que os outros me vissem ou que os outros não me vissem?

O fato é que, quando atravessei a rua, o que teria sido piedade já se estrangulara sob outros sentimentos. E, agora sozinha, meus pensamentos voltaram lentamente a ser os anteriores, só que inúteis.


Clarice Lispector 
in A descoberta do mundo

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