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07/03/2012

O POVO MAIA II






A civilização Maia, muito provavelmente, foi a mais antiga das civilizações pré-colombianas, embora jamais tenha atingido o nível urbano e imperial dos Astecas e Incas. Surgiram no século IV d.C. na Península de Yucatán, onde hoje ficam o México, Belize e Guatemala.

Jamais formaram um império, embora possuíssem uma cultura comum. Sempre se organizaram em cidades-estados, porém, na época da conquista espanhola, encontravam-se quase na decadência total.



A sociedade Maia era rigidamente dividida em três classes às quais o indivíduo pertencia desde o nascimento.

Primeiro, a família real, incluindo ocupantes dos principais postos do governo e os comerciantes; em seguida, servidores do Estado, como dirigentes das cerimônias e responsáveis pela defesa e cobrança de impostos, na camada mais baixa, os braçais e os agricultores.




No período de apogeu da civilização Maia, é muito provável que as cidades tivessem sido sociedades teocráticas e pacíficas. As guerras que ocorriam, na maioria delas, eram para obterem prisioneiros para serem sacrificados aos deuses.


Na religião os Maias cultuavam divindades ligados à caça, à agricultura e os astros. Acreditavam que o destino do homem era regido pelos deuses, e para eles ofereciam alimentos, sacrifícios humanos e animais.


A base econômica dos Maias era a agricultura, principalmente do milho (três espécies), praticada com a ajuda da irrigação, utilizando técnicas rudimentares e itinerantes, o que contribuiu para a destruição de florestas tropicais nas regiões onde habitavam. Desenvolveram também atividades comerciais, cuja classe dos comerciantes gozava de grandes privilégios.


Os Maias cultivavam o milho, algodão, tomate, cacau, batata e frutas. Domesticaram o peru e a abelha que serviam para enriquecer sua dieta, à qual somavam também a caça e a pesca.

É importante observar que por serem os recursos naturais escassos, não lhes garantindo o necessário, a tendência foi desenvolverem técnicas agrícolas, como terraços, para vencer a erosão e a drenagem dos pântanos para se obter condições adequadas ao plantio.



Ao lado desses progressos técnicos, observamos que o cultivo de milho se prendia ao uso das queimadas. Durante os meses da seca, limpavam o terreno, deixando apenas as árvores mais frondosas. Em seguida, ateavam fogo para limpá-lo deixando o campo em condições de ser semeado. Com um bastão faziam buracos onde se colocavam as sementes.


O comércio era dinamizado com produtos como o jade, plumas, tecidos, cerâmicas, mel, cacau e escravos, através das estradas ou de canoas.


Quanto a língua falada, são inúmeros os dialetos falados na área correspondente ao Yucatàn, Guatemala, El Salvador e Belize. De qualquer forma, os lingüistas dividem-nos em dois grandes ramos: o huasteca e o maia. Este segundo ramo se subdividiu em outras línguas (como o Chol, Chintal, Mopan, etc).


Em seus monumentos deixaram uma série de inscrições que até hoje não foram decifradas. Infelizmente muitos documentos maias foram destruídos chegando até nós apenas três livros. São eles o Códice de Dresde, o Códice de Madri e o Códice de Paris.


Os livros eram confeccionados em uma única folha que era dobrada como uma sanfona. O papel era feito com uma fibra vegetal coberta por uma fina camada de cal. O conteúdo desses livros são de natureza calendárica e ritual, servindo para adivinhações.

Os ancestrais do povo maia foram, provavelmente, grupos mongóis que atravessaram uma faixa de terra entre a Sibéria e o Alasca, onde hoje é o estreito de Bering, há cerca de 15.000 anos.


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