.OKEY CABOCLO!

.OKEY CABOCLO!
OKEY CABOCLO!

18/12/2011

CANDOMBLÉ DE CABOCLO





O que neste texto é explanado trata-se do culto aos Caboclos numa abordagem de um Terreiro de Camdomblé de Caboclo, por isso é recomendado que ao lê-lo não se faça questionamentos com base nos Cultos de Nações e nem na Umbanda.

Ao nos posicionarmos com uma mente aberta, podemos apreciar a beleza da multiplicidade Divina ao menifestar-Se segundo o entendimento de cada agrupamento de Suas criaturas.

O texto foi baseado nas palavras de um homem formidável, pela simplicidade e a disposição em esclarecer, sem se preocupar com o tempo empregado para isso. Com trejeitos e sorriso que nos lembram um Preto Velho, ele trabalha com amor e caridade, sem nada cobrar. Sacerdote de Camdomblé de Caboclo que pediu para ser identificado apenas como Pai Zé.

No Candomblé de Caboclo, Orixás e Caboclos são tratados como Entidades de naturezas diferentes de como saõ vistos no Candomblé Tradicional  ( Culto de Naçoes ), assim como na Umbanda. Vale esclarecer que eles não trahalham com os Pretos Velhos e os demais Guias de Umbanda. Só incorporam os Orixás e Caboclos.

Além das distinções formais quanto à nomenclatura e seu significado, há aspectos que os distinguem e que são importantes na relação que se estabelece entre cada um deles e seus devotos.

Nos cultos de Nações todo filho-de-santo deve ser iniciado para um determinado Orixá ( Inquice, Loa, ou Vodum), que é considerado seu Antepassado, seu Pai ou Mãe, sua Fonte de vida. A iniciação implica recolhimento e ritos complexos que envolvem toda a hierarquia de uma Roça.

O culto dos Caboclos não requer processo iniciático deste tipo, podendo ocorrer em algumas casas o " Batismo do Caboclo ", um ritual de confirmação, bem mais simples que a “feitura”.

Os Orixás africanos vêm aos terreiros de Nação para dançar e trazer o Axé para seus filhos, Terreiro e comunidade. E, Eles falam, ainda que apenas com algumas pessoas com cargos sacerdotais, diferentemente dos Orixás que descem em Terreiro de Umbanda e Candomblé de Caboclo, que não falam com ninguém.

Já os caboclos dirigem-se diretamente a todos que os procuram nos toques ou nas festas. Conversar é sua característica marcante. Todo caboclo é falante. Pode ser simpático ou carrancudo, amigável ou arredio, irreverente ou reservado, mas é sempre falador.

Para se conhecer a vontade dos Orixás é preciso recorrer ao jogo de búzios, que somente a Mãe ou Pai-de-Santo com permissão, ou " Mão de Ifá " pode jogar. Mesmo com respostas positivas, parecem um tanto distantes de nossa realidade.

Os caboclos dizem o que sentem sem nenhuma mediação. A relação com o consulente é direta, face a face. Eles ainda ajudam no esclarecimento sobre a vontade dos Orixás.

A línguagem é outro fator importante nesta distinção, pois grande parte das pessoas que vão aos terreiros de Nação não compreende a línguagem ritualística que são derivadas do iorubá, fom ou kicongo e kimbundo, etc., e que eles empregam em seus cantos e rezas.

Nem mesmo a maioria dos filhos-de-santo das comunidades sabe o que está cantando, pois as misturas das várias línguas rituais hoje são intraduzíveis.

Aos caboclos, pelo contrário, canta-se em português. Suas cantigas são simples e sugestivas, com expressões e termos conhecidos do catolicismo tradicional e do imaginário popular.

E mesmo que um Caboclo se apresente com uma linguagem que denota sua origem tribal, é mais fácil um entendimento porque há os outros Caboclos que falam em português e fazem a tradução, normalmente o Caboclo Chefe da Casa. Um culto assim é menos afro e mais brasileiro, ou seja, mais “nosso” e para um número , maior de gente.

" Em nosso Terreiro, os Caboclos são concebidos como “Mensageiros” dos Orixás. Eles são transmissores das Vontades Divinas, afinal “eles nos transmitem o que os Orixás desejam nos falar”."

" Outra distinção importante é que, em nosso culto atentamos apenas para a primeira vibração, a original, de cada Caboclo. Sei que muitos consideram isso como padronizar as manifestações, mas eu entendo que tudo o que fazemos e nomeamos é por nossa causa, para o nosso entendimento.

Eu entendo, também que nenhum ser humano na terra pode dizer como é a ordem das coisas Divinas, então se para um melhor desempenho do meu trabalho e daqueles que em mim confiam eu tenha que padronizar, assim eu farei. Mas é por nossa causa, não deles."


A seguir, uma lista com Os Orixás e alguns de Seus respectivos caboclos e caboclas, notando como os nomes dos caboclos tendem a fazer referência a Atributos do Orixá:

Ogum - Caboclo do Sol, Pena Azul, Serra Azul, Sete Laços, Trilheiro de Vizala, Sete Léguas, Rompe Mato, Laço de Prata, Peito de Aço, Sete Espadas, etc.;

Oxóssi -
Mata Virgem, Pena Verde, Jurema, Humaitá, Tupinambá, Sete Flechas, etc.;

Ossaim - Junco Verde, Folha Verde, Boiadeiro das Matas, Floresta, Guaíra, Guarani, etc.;

Omolu - Xapangueiro, Arranca-Toco, Pedra Negra, Pena Preta, Ubatuba, Cambaí, etc.;

Nanã - Treme Terra, Cabocla Camacuê, Rei da Hungria, etc.;

Oxumarê - Caboclo Cobra, Cobra Coral, Jibóia, Sucuri, etc.;

Xangô - Girassol, Mata Sagrada, Boiadeiro Zamparrilha, Boiadeiro Trovador, Boiadeiro Corisco, Sete Pedreiras, etc.;

Iansã - Ventania, Vento, Jupira, Zebu, Jaguar, Caboclo dos Raios, Gira- Mundo, etc.;

Obá - Pena Vermelha, Folha Seca, Tupiara, Poti, Peba, Ciuê, etc.;

Oxum - Cabocla (o) da Lua, Jandaia, Cabocla Menina, Estrela Dourada, Sultão das Matas, Yara, etc.;

Logun-Edé -
Laje Grande, Laje Forte, Bugre, Bugari, Ererê, Pantera, etc.;

Ewá -
Serena, Cainana, Guaraci, Iracema, Peri, Araribóia, etc.;

Iemanjá -
Beira Mar, Sete Ondas, Indaiá, Juremeira, Estrela, Sete Estrelas, Janaína, etc.;

Oxalá -Tomba Morro, Seta branca, Pedra Branca, Pena Branca, Lua Branca, Águia Branca,etc.. 




VSL


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CABOCLO TAMANDARÉ






O Senhor Caboclo Tamandaré raramente desce em terra. Um Caboclo de Oxóssi e Oxum, sendo que sua Falange é Intermediadora entre as Linhas de Oxóssi e Pai Ogum para Oxalá.

Esse Caboclo, específicamente, cuja história é narrada a seguir, veio na " chamada " para Caboclos de Oxum. Mas isso não quer dizer que todos virão com a mesma " chamada ".




- Vamos à história!







SAN JUAN DIEGO CUAUHTLATOATZIN


São Juan Diego Cuauhtlatoatzin (que significa: Águia que fala ou o que fala como águia) nasceu em torno de 1474, em Cuauhtitlán, que pertencia ao reino de Textcoco, no México.

Existem documentos eclesiásticos, datados do século XVI, que fazem parte de importante processo canônico, onde já se pedia aprovação para celebração da festa de Nossa Senhora do Guadalupe nos dias 12 de dezembro.

Posteriormente aprovado e já constituído o Processo Apostólico, constam nestes documentos importantes testemunhos de anciãos (alguns com mais de cem anos de idade), que testificaram e confirmaram a vida exemplar, personalidade e fama da santidade de Juan Diego:

“Era um índio que vivia honesta e recolhidamente e que era muito bom cristão, temente a Deus e, sua consciência, arraigada de muitos bons costumes e modos de proceder”; outro testemunho é o de Andrés Juan, que dizia que Juan Diego era um “varão santo”.

Diversos outros testemunhos contidos naquelas informações jurídicas atestam que, efetivamente, Juan Diego era para o povo “um índio bom e cristão”, ou um “varão santo” e somente estes títulos bastariam para entender a fortaleza de sua fama; pois os índios eram muito exigentes para atribuir algum membro da tribo pelo apelativo de “bom índio” e muito menos ainda considerar sua bondade tão expressiva que pudesse a chegar ao extremo da santidade.

Era um índio pobre, pertencia à mais baixa casta do Império Azteca, sem ser, entretanto, um escravo. Dedicava-se ao difícil trabalho no campo e à fabricação de esteiras. Possuía um pedaço de terra, onde vivia feliz com a esposa, numa pequena casa, mas não tinha filhos.

Atraído pela doutrina dos padres franciscanos que chegaram ao México em 1524, se converteu e foi batizado, junto como sua esposa. Receberam o nome cristão de João Diego e Maria Lúcia, respectivamente. Era um homem dedicado, religioso, que sempre se retirava para as orações contemplativas e penitências. 

Costumava caminhar de sua vila à Cidade do México, a quatorze milhas de distância, para aprender a Palavra de Cristo. Andava descalço e vestia, nas manhãs frias, uma roupa de tecido grosso de fibra de cactos como um manto, chamado tilma ou ayate, como todos de sua classe social.

A esposa, Maria Lúcia, ficou doente e faleceu em 1529. Ele, então, foi morar com seu tio, diminuindo a distância da igreja para nove milhas. Fazia esse percurso todo sábado e domingo, saindo bem cedo, antes do amanhecer.

Durante uma de suas idas à igreja, no dia 9 de dezembro de 1531, por volta de três horas e meia, entre a vila e a montanha, ocorreu a primeira aparição de Nossa Senhora de Guadalupe, num lugar hoje chamado “Capela do Cerrinho”, onde a Virgem Maria o chamou em sua língua nativa, nahuatl, dizendo: “Joãozinho, João Dieguito”, “o mais humilde de meus filhos”, “meu filho caçula”, “meu queridinho”.

A Virgem o encarregou de pedir ao bispo, o franciscano João de Zumárraga, para construir uma igreja no lugar da aparição. Como o bispo não se convenceu, ela sugeriu que João Diego insistisse. No dia seguinte, domingo, voltou a falar com o bispo, que pediu provas concretas sobre a aparição.

Na terça-feira, 12 de dezembro, João Diego estava indo à cidade quando a Virgem apareceu e o consolou. Em seguida, pediu que ele colhesse flores para ela no alto da colina de Tepeyac. Apesar do frio inverno, ele encontrou lindas flores, que colheu, colocou no seu manto e levou para Nossa Senhora.

Ela disse que as entregasse ao bispo como prova da aparição. Diante do bispo, João Diego abriu sua túnica, as flores caíram e no tecido apareceu impressa a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe. Tinha, então, cinquenta e sete anos.

Após o milagre de Guadalupe, foi morar numa sala ao lado da capela que acolheu a sagrada imagem, depois de ter passado seus negócios e propriedades ao seu tio. Dedicou o resto de sua vida propagando as aparições aos seus conterrâneos nativos, que se convertiam.

Ele amou, profundamente, a santa eucaristia, e obteve uma especial permissão do bispo para receber a comunhão três vezes na semana, um acontecimento bastante raro naqueles dias.

João Diego faleceu no dia 30 de maio de 1548, aos setenta e quatro anos, de morte natural.

O papa João Paulo II, durante sua canonização em 2002, designou a festa litúrgica para 9 de dezembro, dia da primeira aparição, e louvou são João Diego, pela sua simples fé nutrida pelo catecismo, como um modelo de humildade para todos nós.


FONTE E DIREITOS AUTORAIS
Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil





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16/12/2011

CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS FALA AOS UMBANDISTAS








Filhos na fé em Oxalá, saudações desse humilde caboclo a todos vocês, aos quais peço as bênçãos do nosso Pai Maior, que é Deus!
Recebam esta religião como uma "Revelação Divina" porque é o que ela é.

Saibam todos que não fui o único fundador da Umbanda no Brasil, mas tão-somente um dos muitos espíritos aos quais foi confiada a missão de desvincular tanto do Espiritismo quanto do Candomblé as manifestações de Umbanda Sagrada.

A miscelânea de manifestações espirituais no inicio do século XX era tão intensa que, ou concretizávamos logo a nascente religião ou mais adiante tal tarefa seria impossível.

Se é memorável a minha manifestação em meu médium Zélio Fernandino de Morais, no entanto muitos outros mentores espirituais da Umbanda já se manifestavam em seus médiuns realizando um trabalho meritório nas mais distantes localidades desse imenso pais chamado Brasil, sede espiritual de todo o astral da religião de Umbanda.

Se fui privilegiado ao desvincular publicamente a Umbanda do Espiritismo e do Candomblé, no entanto não sou o único a ser aclamado, pois muitos mentores espirituais já vinham fazendo isto discretamente com seus médiuns, que um dia dançavam para os orixás e noutro trabalhavam com os amáveis pais-pretos, aos quais incorporavam para que eles dessem consultas num canto dos barracões onde se realizavam os cultos ancestrais.

Minhas reverências aos amados pais-pretos-velhos, detentores de méritos Divinos diante dos sagrados orixás, as nossas divindades de Deus!

Mas havia também a manifestação dos temidos pajés, que são os nossos amados pais da terra, que possuíam seus médiuns de forma estabanada, bravios e carrancudos, como são até hoje.

Eles já atraíam aos seus trabalhos pessoas das mais divers as classes sociais, pois realizavam milagres com seus maracás, suas rezas indígenas e suas receitas infalíveis.

Minhas reverências aos amados pais da terra, detentores de méritos Divinos diante dos sagrados orixás, as nossas divindades de Deus!

Havia, também, a manifestação dos temidos senhores da "quimbanda", os nossos respeitados irmãos exus, que também incorporavam em seus médiuns e fascinavam quem os via e ouvia, pois eram, são e sempre serão incisivamente "humanos".

Minhas reverências aos nossos queridos, amados e respeitados Exus da Lei da Umbanda Sagrada, detentores de méritos diante de Deus, da sua Lei Maior e da sua Justiça Divina, já que são os esgotadores naturais de carmas individuais dentro do Ritual de Umbanda Sagrada.

Também havia muitas outras manifestações espirituais, tais como as dos mestres do catimbó, dos xangôs, das mesas, etc., que aconteciam mais no norte e nordeste do País, e que acontecem a té hoje, pois prestam um inestimável trabalho de espiritualização de pessoas carentes de todos os níveis sociais e culturais.

Minhas reverências aos mestres e rezadores, detentores de méritos Divinos diante dos sagrados orixás, as nossas divindades de Deus! (...)


Texto extraído do livro:

"Doutrina e Teologia de Umbanda Sagrada" 
de Rubens Saraceni.


PONTOS CANTADOS PARA SEO COBRA CORAL





Dentro da mata eu vi
Dois Homens sentados num toco de pau (bis)
De um lado seu Rompe Mato
Do outro seu Cobra Coral
Dentro da mata virgem eu vi
Seu Rompe Mato falava na lingua dos Guaranis(bis)

**v**v**

Galo Cantou na serra
A mata estremeceu(bis)
Caboclo seu pena Branca
Na Cachoeira apareceu(bis)
Ele é Caboclo guerreiro
Que mora num Rochedo
Somente Cobra Coral
Conhece dele o segredo(2x)

**v**v**

Caboclo Cobra Coral
Todos os Caboclos quando vem da mata
trazem a cinta do seu Cobra Coral(2x)
É do seu Cobra Coral, 

É do seu Cobra Coral(2x)

**v**v**


Oke, oke Caboclo
Seu Mata Virgem é da raiz da Orucáia(bis)
Mas ó, que lindo caçador
Naquela mata
Onde a coral piou(bis)

**v**v**


A coral é sua cinta
A jibóia é sua lança(bis)
Kisua, kisua, kisua e
Caboclo mora na mata( bis)



**v**v**


O tambor bateu forte, lá na beira do mar
O tambor bateu forte, lá na beira do mar
Sou eu Caboclo forte, Caboclo Cobra Coral
Sou eu Caboclo forte, Caboclo Cobra Coral

**v**v**

Seu Cobra Coral
Onde é sua morada
Seu Cobra Coral
Onde é sua morada
Ele mora na beira do rio
Ele traz uma pena dourada





**V**V**V**

Prece ao poderoso Cobra Coral

Salve ó poderoso Caboclo que tudo vê e tudo provê em minha vida.

Faz andar tranquilo pelos verdes campos de Oxóssi.

Leva meu pedido até os limites da eternidade, e alcançe , os brados de meus inimigos que se encontram revoltos.

Refrigera a minha alma e guia-me pelas veredas da justiça de Pai Xangô.

Ainda que eu ande pelo vale da morte ,eu não temerei mal algum, pois Obaluaye está sempre ao meu lado.

A minha direita carrego o cajado do Mago da Cobra, e a minha esquerda levo meu Guardião. Misericórdia estarão comigo, pois ao comigo estão as Sete Linhas de Umbanda.

Unge minha corôa, ó Caboclo Cobra Coral, com, o óleo consagrado por Tupã, e afaste todos os obstáculos dos meus passos.


Que a minha taça da Vida e o meu coração transborde com a alegria de minha Criança r a bondade do Caboclo Cobra Coral.

- Saravá!






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AMAZÔNIA QUERIDA








Salve a Amazônia
Guardiã das árvores
Nas quais estão
As fórmulas para as curas
Salve a Amazônia
Que oxigena o planeta
Através do oxigênio puro
Para a terra e as outras
Nações e dimensões
Salve a Amazônia
Que segura a energia
Espiritual de uma
Verdadeira mãe
Mãe querida
Amazônia brasileira
Que cumpre uma
Função e missão especial
Salve a Amazônia
Salve as matas
Salve as cachoeiras
Salve os rios
Salve os mares
Salve a terra mãe
Salve!
É Deus se revelando na natureza ontem, hoje e sempre.


Cacique Aroeira da Amazônia.
Data: 30 de setembro de 2011
Médium: Costa, Suely Braz
Local: Casa da Sopa Dr. Adolpho Fritz
em Uberaba-MG/Brasil.



03/12/2011

Sua fé é tão grande que chega ao seu Pai.








Cacique para guerreira Joana:
 



“Cacique pede a guerreira para que faça o canto, o canto do encontro, o canto do caminho da paz, onde os guerreiros vão caminhar juntos para a evolução, para que a transformação de cada guerreiro se dê dia a dia, lua a lua, assim como o encontro se dê dia a dia com o Grande Espírito.”

(Canto da guerreira Joana)



Todos os territórios, todas as tribos, não só tribos vizinhas, mas todos os guerreiros de luz, em um único propósito: a cura do homem. (canto). O Grande Manitu abençoe este nosso início, aqui na Casa de Luz.

Este novo início de um longo trabalho, abaixo de todas as colônias, sendo que o desejo das tribos é único – a paz dos guerreiros.

Que os guerreiros possam se encontrar com si mesmos, sem esperar que os outros o façam por vocês.

Dentro de cada guerreiro – não só aqueles que se encontram aqui na Casa de Luz, mas aqueles que aqui pertencem à tribo, e outros em busca do encontro – para todos o único objetivo é o equilíbrio e a prática da caridade, a paciência, para que não só vocês da nação brasileira, mas de outros países, possam neste início completar o vosso ciclo, a vossa jornada.

Que os guerreiros possam cumprir a vossa missão, com entendimento, com sabedoria, e principalmente com discernimento, sem desperdiçar o vosso tempo.

E Joana diz a vocês, guerreiros, que tudo isso, não somente depende da Casa onde vocês, guerreiros, freqüentam – como se diz, a Casa Espírita – mas, sim, é essencial na vida dos guerreiros, que possam estar abertos ao que os guerreiros necessitam para o vosso crescimento, não só moral, mas espiritual.

Se antes vocês eram surdos, para as palavras que tocavam os vossos corações, seja dentro de uma Casa de Luz, seja ela dentro de uma sinagoga, dentro de um templo budista ou dentro de uma igreja, onde seja deixadas palavras de sabedoria, aonde os guerreiros não só escutam, mas tentam dar os seus passos.

Não dentro das fantasias, mas dos ensinamentos que nosso mestre Jesus deixou aqui na sua passagem.

Se os guerreiros percorrerem o caminho, levianamente, sem estarem atentos ao que vocês têm como ensinamento, com certeza vão cair na mesma mesmice e aí não adianta mudar, nem de guerreiros nem de Casa.

Porque assim vocês vão procurar não o que vai melhorar, mas, sim, o que vocês desejam ouvir.

E o caminho de luz, dos guerreiros de luz, eles não vão deixar palavras para limitar um caminho errado. Eles vão estar, sim, deixando palavras onde os guerreiros possam estar atentos.

Bendito é aquele que não necessariamente escuta, mas que sente, porque este está em sintonia com a Grande Luz. Por isso Joana diz sobre o cuidado com a fantasia.

Os guerreiros querem escutar o que alegra a mente dos guerreiros assim como desejam fantasiar e viver do ilusório.

O importante, guerreiros, é estar vigiando os passos, pedindo ao Manitu para que dê entendimento quando chegar à Casa de Luz, ou em qualquer canto.

As riquezas deste plano são importantes, sim, para o bem estar dos guerreiros, mas o importante é uma alma, um espírito evoluir, pois permite aos guerreiros não criar sofrimento muitas das vezes onde não tem.

Lembrem da mensagem do pessimista que vê tudo destruído.

Ele consegue estar em cima de uma montanha e ainda assim se sentir abaixo.

Mas o guerreiro sábio, que se encontra abaixo, ele – com uma pedrinha, seguida de outra – faz criar o seu degrau e alcançar o que deseja.

A sabedoria é saber contornar as dificuldades, não com uma visão de um pessimista, mas, sim, de um sábio, porque é isto o que te faz ser um guerreiro forte, acreditando que você pode ser, sim, pequeno, mas o seu Pai é grande e sua fé é tão grande que chega ao seu Pai.

Antes de culpar que existe a energia contrária na sua vida, antes de buscar culpado, lembre-se da lei da atração e pergunte a si mesmo com o que na verdade os guerreiros querem estar em sintonia.

Guerreira Joana

Por Helen IIans em Caminho Sagrado



Chaleira Preta-O Grande Espírito não nos deixa sozinhos.









Havia um homem, guerreiros, que possuía muita riqueza. Mas este homem não tinha muita fé. Tudo que este homem conquistava era mérito do próprio guerreiro. Todas as coisas, todas as conquistas, o guerreiro dizia a todos: “Fui eu.”

Certa vez, este guerreiro, nos seus dias de lazer, foi até o mar, pegou o seu barco e foi navegar sozinho.

E este guerreiro acabou se envolvendo em um acidente.

Sozinho no mar, no meio do mar, este guerreiro ficou um dia, e estava passando para o segundo dia – já não agüentava mais de frio nem de fome.

O guerreiro já estava quase perdendo a sua vida, quando apareceu um pobre guerreiro, pescador, e percebeu que havia um homem no meio do mar, boiando.

Este guerreiro humilde, o pescador, foi ate lá e salvou o guerreiro e o levou para sua casa.

Depois de se recuperar, o guerreiro que possuía muitas riquezas perguntou ao guerreiro humilde, pescador:


- “Quanto você quer, guerreiro?”.
- “ Não precisa me dar nada, meu amigo.”
E o guerreiro com riquezas disse:
- “Me diga seu nome, pelo menos, guerreiro, para eu dizer quem foi que me salvou.”
E o guerreiro, com toda sua humildade, olhou para o guerreiro e disse:
- “Meu amigo, quando perguntarem quem te salvou diga que foi o Grande Espírito, guerreiro.”
O guerreiro, como não possuía muita fé, ficou abismado, e foi embora pensando nisso e ficou pensando muitas vezes e voltou para conversar com o humildade pescador. Perguntou para o pescador:
- “Por que você disse que foi o Grande Espírito que havia me salvado?”
E o guerreiro explicou:
- “Eu nunca ando, nunca navego por lá, porque lá eu sei que é perigoso, que tem rochas grandes, e eu posso acabar sofrendo um acidente.”
E o guerreiro que possuía riquezas perguntou:
-  “Então por que estava lá guerreiro?”
-  “Porque alguma coisa me disse,  o Grande Espírito havia me avisado, que precisavam de ajuda e eu fui para lá e eu o encontrei.”

Após ter escutado isto, o guerreiro percebeu que o Grande Espírito nunca tinha deixado o guerreiro sozinho, por mais que o guerreiro não acreditasse nele, não tivesse muita fé.

O grande Espírito não desistiu do guerreiro porque sabia que um dia o guerreiro ia deixar de ser cabeça dura e ia entender.

Por mais que os guerreiros errem, por mais que os guerreiros façam coisas erradas, o Grande Espírito nunca esquece dos guerreiros. E ele sempre vai estar olhando para os guerreiros.

Agora, se os guerreiros se esquecerem do Grande Espírito, aí que começam os problemas na vida do guerreiro.

Que os guerreiros nunca se esqueçam do Grande Espírito, do Grande Pai. E que continuem tendo a conversa diária, e que procurem fazer mais para agradar o Grande Espírito. E os guerreiros sabem como agradar.

Que o Grande Espírito fique com todos os guerreiros e que os guerreiros não se esqueçam de praticar a caridade. Que o Grande Manitu fique com todos os guerreiros.


Chaleira Preta


Por Helen Ians em Ajuda espiritual






MENSAGEM DE CHALEIRA PRETA







Os dois caminhos

 


Certa vez, em uma pequena tribo que estava passando momentos difíceis – não havia caça e era tempo de luas frias, dias frios. Muito tempo sem a tribo comer.

Esta tribo ficava perto de um centro com uma grande árvore. Os guerreiros, já com muita fome, dor na barriga, estavam entrando em desespero.


Apareceu uma serpente nesta árvore. Estes guerreiros possuíam uma águia que fazia vôo alto para ver quando uma caça se aproximava. Por tempos, os guerreiros sobreviviam pela águia, com o olho da águia vendo a caça vindo.

Os guerreiros, com fome, escutaram a serpente: “eu sei como acabar com a fome de vocês… é só os guerreiros comerem a águia, ela não está servindo para mais nada”.


E os guerreiros tiveram a opção de comer e não comer – como guerreira Joana disse: o certo e o errado.

E os guerreiros escutaram a serpente e comeram a sua águia que fazia vôo alto para ver a caça.

Três luas depois, os guerreiros novamente com fome.

E a serpente aparece novamente.

“Serpente, como a gente pode matar a fome agora, já que não tem mais águia?”.

E havia dois cavalos amarrados em um canto.

A serpente disse: “Os guerreiros tem duas escolhas – ou morrem os guerreiros e os cavalos, atrás de caça que não haverá, ou os guerreiros esperam os cavalos morrerem de fome e de sede, ou os guerreiros matam os cavalos e saciam a fome dos guerreiros.”

E novamente os guerreiros escutaram a serpente.

A serpente, cheia de boas intenções, querendo ajudar os guerreiros, e os guerreiros já estavam começando a idolatrar a serpente: ”Como a serpente é boa”. E nisso mataram os cavalos.

Serpente tem fome também.

E apareceu na La seguinte.

A serpente queria a águia morta porque águia come serpente.

A serpente queria cavalos mortos porque cavalos são mais rápidos do que a serpente.

O que a serpente queria, na verdade, era se alimentar dos guerreiros que agora estavam fracos.

A serpente não tinha mais a predadora delas e os guerreiros não tinham como fugir.

E a serpente comeu os guerreiros.

A serpente chegou cheia de boas intenções, mas, como diz o ditado: “de boas intenções o inferno está cheio”.

E assim, no caminho dos guerreiros, como disse a guerreira Joana, existem dois caminhos e muitas vezes aparecem guerreiros dando opções para os guerreiros.

Agora basta os guerreiros perceberem os caminhos que vão seguir, e não se deixarem ser enganados.

E não confiar em todos os guerreiros que chegam com boas intenções porque os guerreiros conhecem o ditado.

Que os guerreiros voltem a agir com sabedoria e que não acreditem nas cobras, nas serpentes que possam aparecer no caminho dos guerreiros.


Chaleira Preta


Por Ellen IIans em, Caminhos Sagrados 






CABOCLOS







A Umbanda tem nos caboclos uma de suas linhas de trabalhos espirituais. A linha de caboclos é formada por milhões de espíritos, todos incorporados às hierarquias espirituais regidas pelos Orixás menores, o primeiro grau da hierarquia dos Tronos Naturais.

Espíritos oriundos de todas as religiões, com as mais diversas formações teológicas e mesmo culturais, têm se integrado às linhas de caboclo realizando um trabalho de caridade, doutrinação e espiritualização junto aos seus afins encarnados.

Saibam que o Ritual de Umbanda Sagrada congrega em seus colégios magnos, existentes no astral, espíritos oriundos de todas as religiões, inclusive muitas que já cumpriram suas missões no plano material, mas continuam ativas no lado espiritual da vida, onde têm planos espirituais só seus e destinados a acolher seus afins que reencarnaram.

O que foi codificado é que as religiões antigas teriam a oportunidade de criar linhas de trabalhos espirituais e magísticas, que atuariam sob a regência dos Orixás, mas recorreriam aos seus próprios conhecimentos e aos mistérios das divindades intermediárias que os regiam.

Assim surgiram muitas linhas de trabalhos, e todas foram englobadas no grau de linhas de caboclos, de preto-velhos, de Exus e de Pomba- Giras.

Nas linhas de caboclo muitas religiões estão presentes, e, só como exemplo, temos a linha de Caboclos do Fogo, que é toda formada por “magos” do fogo adoradores de “Agni”, e temos a linha de Caboclos "Tupã”, formada por pajés adoradores de Tupã, que é Deus para os índios brasileiros.


- Agni é Deus na Índia, para os hindus que o cultuam com esse nome.

- Tupã é Deus no Brasil, para os índios que o cultuam com esse nome.


O simbolismo e a analogia regularam à denominação das linhas de trabalhos espirituais, e todos os espíritos incorporados a elas, venham da religião que for, preservarão o culto e a reverência aos nomes iorubas das divindades, já que tanto o Deus hindu Agni quanto o Orixá africano Xangô são o mesmo Trono da Justiça Divina mas adaptado a dois povos, duas culturas e duas formas de cultuá-lo e adorá-lo.

A divindade planetária regente da Justiça Divina é uma só mas manifestou-se de forma diferente para povos e culturas diferentes. Logo, como a Umbanda, fundamentou-se na teogonia iorubá, espíritos cuja formação religiosa processou-se na Índia, quando incorporados trabalham com nome de Xangô, o Orixá da Justiça Divina.

Com isso ordenou-se a religião e a religiosidade dos umbandistas, pois um médium sabe que seu mentor é um espírito cuja última encarnação ocorreu na Índia, mas manifesta-se quando cantam para Xangô, ou para Oxóssi, ou para Ogum, pois mesmo os hindus são regidos pelos Sete Orixás Ancestrais ou Sete Tronos Essenciais que não pertencem a esta ou àquela religião e povo, mas, sim, estão na ancestralidade de todos os espíritos.

Portanto, os espíritos que são incorporados, só são nas linhas cuja divindade ou Orixá seja regente ancestral.

Assim, se na ancestralidade de um caboclo está o elemento fogo, quem o rege é Xangô; e se está o elemento mineral, quem o rege é Oxum, etc. E sua linha de trabalhos espirituais atuará no campo do Orixá que está dando amparo divino à atuação dos espíritos que se apresentam com o seu nome simbólico.

Não vamos dar todos os nomes das linhas de trabalhos, mas só algumas:


-Linha de Caboclos Sete-Montanhas, regidos por Xangô

-Linha de Caboclos Sete-Espadas, regidos por Ogum

-Linha de Caboclos Cruzeiro, regidos por Obaluaiyê

-Linha de Caboclos Sete-Pedras, regidos por Oxum

-Linha de Caboclos das Matas, regidos por Oxossi, etc.

Mas temos linhas mistas ou regidas por mais de um orixá:


-Linha de Caboclos Sete-Flechas, regidos por Oxóssi e Yansã

-Linha de Caboclos Sete-Pedreiras, regidos por Xangô e Yansã

-Linha de Caboclos Cobra-Coral, regidos por Ogum, Xangô, Yansã, Oxóssi.

Nestas linhas, e em todas as outras, são incorporados milhares de espíritos cujas religiões não eram a ioruba nem a indígena brasileira. Mas todos têm uma forma de incorporar bem características, que todos reconhecem quando incorporam para trabalhar, diferenciando-os dos pretos-velhos.

A última religião de um espírito pouco importa, pois na Umbanda ele reverenciará os Orixás aos quais já servia, só que com outro nome.

Afinal, Deus é único, o Trono regente do nosso planeta em seu todo também é único. E os quatorze Tronos Planetários Naturais (os nossos Orixás) também são únicos, ainda que sejam cultuados com muitos nomes.


Fonte: Livro “UMBANDA SAGRADA”
Obra de Rubens Saraceni