.OKEY CABOCLO!

.OKEY CABOCLO!
OKEY CABOCLO!

29/11/2011

MENSAGEM DE NUVEM VERMELHA II











Encontrem um tempo sagrado para olhar a grande Montanha Sagrada.



É com toda esta energia das palavras do guerreiro Nariz Romano, com a energia de guerra do canto e da batida da guerreira Luz Forte, que a Grande Fogueira Sagrada nossa, acesa com muita força, com muita energia…

Em volta da Grande Fogueira Sagrada, alguns guerreiros, após uma grande guerra feita, na nossa tribo, os guerreiros cantando em volta da fogueira, dançando em volta da fogueira, lua parecida com a lua de hoje, fazia tempo da forma que está hoje…

Mas a fogueira alta, a força de guerra alta, da mesma forma que foi passado aos guerreiros aqui hoje, nesta casa, o canto, a batida…

E assim um grande xamã, um pouco mais distante da fogueira, olhava, olhava, olhava a grande Montanha Sagrada, e por horas ficou olhando aquela montanha, num momento sorrindo, em outro momento, lágrima caia, noutro, apenas concentrado.

E este momento se tornando um, e um guerreiro mais novo se aproximou do grande xamã e perguntou ao grande guerreiro:

O Grande guerreiro me escuta? Eu estou atrapalhando o guerreiro, mas não consigo entender como que o guerreiro perde o seu tempo afastado da grande fogueira, olhando para uma montanha?

E o grande xamã, olhando a grande fogueira, colocou os olhos no guerreiro novo, colocou os olhos na grande Montanha Sagrada, novamente olhando nos olhos do pequeno, novo, que ainda não tinha buscando a sua visão, e disse:

Eu também não consigo entender algumas coisas. Também me pergunto, como que um guerreiro está perdendo o seu tempo naquilo que não tem sentido, no lugar onde não tem entendimento e, sim, o sentir o sagrado. Não existe o entendimento aqui, existe, sim, o sagrado; existe, sim, o sentir a montanha.


Não dá para entender aquilo que não se entende, apenas sente. Xama vê montanha sagrada, em cima da montanha o Grande Espírito está sentado nela, eu vejo. A sua visão vê apenas uma montanha, mas desta Montanha Sagrada a todos, o grande espírito sorri a toda a nação, e o Grande Espírito abençoa a todos os guerreiros.


Por isso também a minha pergunta: passadas algumas luas, na última lua da noite, porque na lua seguinte tribo nossa ia seguir caminho atrás de tatanka, de búfalo, novamente a fogueira acesa, sagrada, guerreiro xamã sentado olhando a grande Montanha Sagrada, o Grande Espírito sentado nela.

Da mesma forma sorrindo, num momento, lágrima caía, no outro – e as visões à sua frente transformadas em um caminho verdadeiro.

Neste momento o guerreiro pequeno se aproxima, senta ao seu lado, num momento sorrindo, no outro a lágrima, e conseguiu ter a visão sagrada do Grande Espírito, a visão sagrada de todo um caminho sagrado, onde uma palavra, uma atitude, uma energia, uma força de guerra.


Ao fundo, os guerreiros dançando em volta da fogueira, e assim como foi feito pela guerreira Luz Forte, a batida no tambor, aqueles dois guerreiros se tornaram um, em luas que se seguiram à frente.

E este xamã, preparado para passar ao pequeno da visão da montanha, luas para a frente também se tornou um grande xamã. Para os guerreiros que não sabem, e é certo que não vão encontrar, em lugar nenhum, aquilo que Cacique vai falar aos guerreiros, esta história que o Cacique conta é a historia do grande xamã Nariz Romano que se apresentou há pouco aos guerreiros.

Que os guerreiros façam de suas luas, assim como disse o guerreiro, o sagrado. Encontrem alegria, encontrem a vitória, façam a sua guerra e não esqueçam, assim como o guerreiro fez com seu novo guerreiro: encontrem um tempo, no tempo de vocês, sagrado – para observarem, olharem a grande Montanha Sagrada, onde o Grande Espírito vai estar mostrando aos irmãos todo um caminho, na verdade de sua busca, onde todos se tornam um só na visão do sagrado, e na visão do Grande Espírito. Que os guerreiros tenham boas luas pela frente e que o Grande Espírito abençoe a todos.

Cacique agradece a todos os guerreiros, agradece a todas as correntes aqui na Casa de Luz que trazem, a todos, alegria, paz, força, guerra, a verdade, a busca.

Que trazem um caminho melhor aos guerreiros, assim como diz o guerreiro Alce Negro, onde a fogueira sagrada – à sua volta os grandes guerreiros, dançando, dando oportunidade para escutarem os tambores batendo, na mata sagrada, acolhendo aos guerreiros – como disse a guerreira Joana, do tapete azul, observando os passos dos guerreiros, onde existem , acompanhando aos irmãos, guerreiros de luz que acompanham a cada guerreiro.


A energia voltada de um parente, a energia voltada para que vocês guerreiros encontrem alegria, encontrem a paz, é grande. Esta é a luta desta corrente e de todas as correntes que acompanham e trabalham em ajuda aqui na Terra, a todos vocês.


Nuvem Vermelha


Por Helen IIans em Caminho Sagrado



 

Nuvem Vermelha










Transformem as palavras no seu dia-a-dia.


Cacique espera que os guerreiros tenham entendido e, principalmente, que os guerreiros reflitam sobre as mensagens deixadas aqui na Casa de Luz e Cacique deixa algumas palavras aos guerreiros.

Que cada um dê aquilo que tem de melhor. Que os guerreiros reflitam da mesma forma estas pequenas palavras, de grande importância, a todos os irmãos que caminham na Terra.

Guerreiros de luz que caminham até aldeia nossa, tribo nossa, para buscarem energia, para transformarem a sua energia, não esqueçam que o verdadeiro valor de um guerreiro é quando dão aquilo que tem de melhor dentro de si.

Cacique espera que os guerreiros transformem todas estas palavras deixadas aqui na Casa de Luz, no seu dia-a-dia, mas que acima de tudo tenham entendido com humildade, com disciplina, com equilíbrio, com determinação, com esperança, com a sua fé, as palavras deixadas por todos os guerreiros que caminham na mesma forma assim como vocês, guerreiros, para a Casa de Luz.

Que os guerreiros encontrem no seu caminho aquilo que precisam , que não guardem o que tem de melhor dentro de si, mas dêem ao seu próximo, e que os guerreiros não esqueçam que muitos dos guerreiros, o que buscam, após o entendimento das palavras, é o silêncio.

Como Cacique falou, há algumas luas atrás, a resposta que os guerreiros buscam os guerreiros encontram, mas nem sempre as respostas são seguidas de uma explicação. Cada guerreiro dá aquilo que tem de melhor.

Que o Grande Espírito abençoe a todos.


Nuvem Vermelha


Por Helen Ians




24/11/2011

FÉ EM SI MESMO








Muitas vezes os guerreiros ficam se perguntando o por que da derrota e a resposta desta pergunta é a falta de fé.

Os guerreiros pensaram agora: eu tenho muita fé no Grande Espírito. Mas é a falta de fé em si próprio.

Quantas vezes os guerreiros esperam outros guerreiros fazer a guerra para vocês, sendo que só o próprio guerreiro pode vencê-la.

E muitas vezes vem se esquecendo do ditado que diz que não podem ter tudo que desejam mas podem ser felizes com tudo que tem.

Que o Grande Espirito abençoe todos os guerreiros.

Chaleira Preta


MENSAGEM DE ANA NERI III








A escuridão, os momentos difíceis, não são eternos.




Lembrai-vos queridos irmãos que a escuridão, os momentos difíceis, os obstáculos não serão eternos. Lembrai-vos que apenas a chama de uma vela pode trazer de volta a luz.

O que é necessário, muito importante, é que se restabeleça o equilíbiro, que não esmoreça a sua fé, pois a Deus nosso Pai nada é impossível. E às vezes de tão afogados e desesperados, vocês não conseguem enxergar onde está a luz, onde está a porta.

Tentem manter o equilíbrio, orem com toda a sua fé, peçam auxílio, pois todos são amparados por correntes espirituais, todos atraem para si, através de vossos pensamentos, energias positivas ou negativas.

Não desistam, não esmoreçam, lembrem-se: o amor, o perdão, a fraternidade, a caridade, a humildade de se doar ao teu próximo, ao teu irmão, tem peso muito maior que todo o mal que você possa achar que esteja acontecendo.

Não há caminho que não possa ser desviado, não há noite que dure para sempre.

Fé, esperança, amor, equilíbrio e segurança para que, na hora certa, vocês possam tomar atitudes certas, às vezes doloridas, mas as mais acertadas.




Ana Neri



Por Helen Ians em Ensinamentos

Chaleira Preta : A lição do guerreiro pequeno.


 






Há muitas luas atrás, um pequeno guerreiro vinha encontrando várias luas os seus pais brigando. Como este guerreiro era muito pequeno para entender o que estava acontecendo, este pequeno buscava a paz e a felicidade brincando com os seus brinquedos.

Um dia, quando os seus pais estavam em uma discussão, a mãe do guerreiro pequeno resolveu levar o guerreiro para outro lugar. E o pequeno pegou o brinquedo que mais o deixava feliz, pois estava muito triste com a briga dos guerreiros maiores .

O guerreiro pequeno e a guerreira mãe foram, assim, caminhar no parque para ver se a guerreira conseguia relaxar. E a guerreira mãe, muito triste, achando que nunca mais iria ser feliz ao lado do pai do guerreiro, viu o seu pequeno brincando com o brinquedo.

A guerreira começou a ver as coisas com o olhar do pequeno, e observando o guerreiro filho brincando no parque e dividindo o seu brinquedo favorito com outro guerreiro mais humilde, a guerreira notou que nem sempre as coisas acontecem como a guerreira planeja.

O guerreiro pequeno, com ato de caridade, vendo o outro guerreiro quebrando seu brinquedo favorito, não ficou bravo e lhe deu o seu brinquedo, não só desculpando o outro guerreiro como doando o seu brinquedo favorito.

A mãe do guerreiro começou a perceber que a única coisa que poderia fazer o guerreiro feliz era a amizade e a compreensão dos guerreiros pais porque o guerreiro, desde pequeno, sabia que a busca da felicidade do guerreiro estava em sua tribo, e a guerreira mãe estava pronta a deixar um caminho todo porque as coisas no caminho da guerreira não estavam dando certo com o pai do guerreiro sem encontrar trabalho.

O guerreiro pequeno, com sua sabedoria, com seu olhar de criança, olhou para a mãe do guerreiro e disse: querida mamãe, se isto não é o que está fazendo a guerreira feliz, corra atrás de sua felicidade, mamãe , porque vendo a mamãe feliz, eu estarei feliz.

Que os guerreiros comecem a ver o que é de verdade importante no caminho dos guerreiros, e nunca se esquecendo que os guerreiros são felizes, que os guerreiros não são sozinhos.

E continuem caminhando sempre atrás de sua felicidade, porque os guerreiros estão aqui, não para se tornarem fracassados e, sim, para se tornarem guerreiros melhores, guerreiros que estão sempre abertos a ajudar outros guerreiros.

E que os guerreiros comecem a ver as coisas com outros olhares, que os guerreiros irão perceber que o que o Grande Manitu favorece aos guerreiros muito mais do que os guerreiros possam perceber.

Que o Grande Manitu fique com todos os guerreiros e que continuem caminhando em busca da felicidade, da paz e do amor ao próximo, não se esquecendo que todo guerreiro próximo é filho do Grande Manitu. Que o Grande Manitu fique com todos os guerreiros.



Chaleira Preta




Por Helen Ians em  Ensinamento




LIBERE A RAIVA









Libere a raiva e cuide dos pensamentos.


São muitos os guerreiros da corrente espiritual que nos acompanham . Se toda vibração dos guerreiros deve permanecer em uma perfeita harmonia, isto depende muito dos pensamentos dos guerreiros.

Todos estes fluídos atraídos pelos guerreiros vão ser, alguns, para ajuda dos guerreiros, ao estar sintonizado, mesmo que seja este com pequenos pensamentos, também vão ser atraídos para próximo dos guerreiros, os guerreiros de luz, mas também guerreiros outros, que se aproximam por pura sintonia, pela energia que os pensamentos dos guerreiros manifestam à sua volta, nem sempre bons.

Não existem culpados, esta palavra muito forte. Existe, sim, os guerreiros repensarem não no que deseja para si mesmo mas no que desejam a todos que estão à sua volta.

Muitos escutam aqui na Casa de Luz sobre fortalecer um caminho, e ficam sem entender, acham que fortalecer o caminho é buscar estar dentro da Casa de Luz.

Estar aqui dentro é muito bom, mas é importante estar com o coração e a mente abertos, para poder receber a energia doada tanto pelos guerreiros de luz, como pelos guerreiros que aqui estão, vibrando pelo amor, pela paz, pela união.

Os resultados talvez não sejam tão rápidos como os guerreiros desejam e isto não é porque os guerreiros

que aqui se apresentam – um é mais forte, outro é mais fraco, o outro faz milagre – mas tudo depende unicamente de vocês, guerreiros.

A evolução é de cada guerreiro.

O milagre que você espera, esta gota deste bálsamo – não é Joana, não é Cacique, não é Pedra Alta, nem Chaleira, nenhuma das entidades que aqui se manifesta, que vai colocar no seu remédio – mas, sim, os próprios guerreiros.


Como? Com a sua fé, com a sua mudança.

Os guerreiros chegam aqui, muitas vezes desejando, sim, a cura, e até onde o Pai Todo Poderoso nos permite, toda a equipe da corrente médica e da corrente xamânica, vai tratar e cuidar da saúde dos guerreiros e do emocional, mas é necessário que cada guerreiro acorde e pratique o que aqui é falado.

Há algumas luas passadas, um dos guerreiros buscando um tratamento físico, queria resposta e Joana hoje tem permissão para falar: buscava a cura física, com o seu coração carregado de mágoa, se sentindo humilhado, e carregando aquele peso da vingança, do desejo de um irmão próximo.

Do lado deste guerreiro, tinha o seu guerreiro de luz, ajudando em um tratamento. Do outro lado, a mágoa, o desejo da vingança.

Pela misericórdia se ameniza a dor física e dá oportunidade de escutar as mensagens aqui deixadas, do amor, do perdão, da prática da caridade.

Mas, ao sair daqui, é importante e os guerreiros tem livre arbítrio de levar o que desejam – a paz, o amor, a fé, a confiança.

Mesmo mancando, tropeçando, no dia seguinte, vai poder levantar ou permitir que o desejo da mágoa, da vingança, ainda se aloje em seu coração.

Defeitos nesta grande escola que está debaixo deste céu azul não tem mas tem, sim, o aluno, o filho, que deseja, não só a cura física mas a cura do ser humano.

Chegam até vocês no seu dia-a-dia, os atos que toda a humanidade seja aqui neste país ou em outros,
praticam, um perfurando o olho do outro, e aí vem a vocês , como se julga seres normais juntos – o julgamento.

Alguns chegam a falar até da pena de morte.

Joana pergunta: quantos escutam e mentalizam os mandamentos do Senhor Jesus, e os benefícios deixados pelo Grande Pai, de mentalizar o amor, a paz ao seu próximo?

Quantos, ao sair daqui, na primeira fechada de roda que o outro faz, sai correndo atrás para mostrar que sabe melhor do que o outro?

E aí culpam o governo, os chefes. Cada um é por si, os guerreiros respondem. Se cada um é por si, comece a exercitar o amor, a paz, se colocando dentro de uma grande luz, agindo com dignidade.

No nosso tempo, apenas lutávamos pelo alimento, pela terra. Não levantávamos guerra, tão pouco, dentro de uma tribo, tirávamos a pele de nosso irmão.

Nós protegíamos debaixo da tenda – existia a divisão do alimento. Não precisava fazer como vocês: pegar papel e assinar, pois a palavra de um homem era a sua honra.

Tolos são os que se acham espertos, sujando a imagem do outro e se sentindo ainda o coitado. Se quer fortalecer o seu caminho, reveja os ensinamentos deste povo, como disse “arcaico”.

Os arcaicos respeitam e não amaldiçoam a terra em que pisam. Primitivo é o que carrega a bagagem da vingança e a bandeira suja do ódio.

Se os guerreiros querem provar a sua fortaleza, provem, mudando o sentimento de ódio por amor ao próximo.

Os guerreiros não precisam sentar à mesa com aqueles que tem dificuldade de olhar nos olhos, mas não precisam carregar dentro do seu coração a raiva daquilo que um dia você já foi.

Que o Grande Manitu abençoe a todos os guerreiros.


Guerreira Joana



Por Helen Ians em Ajuda espiritual



18/11/2011

O QUE É A FÉ? - CHALEIRA PRETA








Havia uma pequena cidade no Nordeste do país dos guerreiros e já fazia muito tempo que lá não chovia.

As pessoas que moravam nesta cidade eram muito ligadas à Igreja e vendo seu gado morrer, sua colheita morrer, os guerreiros foram falar com o padre da cidade.

- Padre, vamos fazer uma missa para ver se chove aqui?

O padre concordou. No dia seguinte, no horário mais quente, o grande sol na cabeça dos guerreiros, muitos deles passando mal, o padre fez a missa.

Quando já estava na metade da missa, começaram a aparecer nuvens e uma forte chuva veio.

Todos os guerreiros começaram a correr, procurando uma tenda para se esconder da chuva.

Naquela correria, depois de muitos guerreiros terem encontrado a tenda, só havia sobrado uma pequena e uma senhora que estavam com um guarda-chuva (como os guerreiros chamam aqui), e a pequena perguntou para senhora:

- Se todos sabiam que ia chover por que não trouxeram guarda-chuva?

Deixo na mente dos guerreiros para que procurem a resposta para a pergunta da pequena.



Chaleira Preta

17/11/2011

A flecha lançada, mesmo que você sobreviva, deixa feridas.





No início de uma discussão, quantas palavras em um grito de desabafo, entre um guerreiro e outro, são trocadas, colocando à prova os costumes, o sentimento


Após um desabafo, um vira as costas para o outro, e inicia o sofrimento e o arrependimento. Como dizia o Grande Chefe, após a flecha lançada, mesmo que sobreviva, ficam as feridas.


Após as palavras pronunciadas, existe algo dentro dos guerreiros que é pior do que a flecha, pior do que as palavras – que percorre como um veneno na alma: é o orgulho, o orgulho que não permite reconhecer o exagero.


O orgulho que se coloca como um juiz, um juiz ao se defender, e colocar toda a prova e julgar que também foi ofendido.


Neste campo de batalha, muitos guerreiros permanecem com sua guerra, guerra dentro do seu trabalho, guerra dentro do seu lar, guerra dentro do seu círculo.


Joana deixa aqui a pergunta aos guerreiros: onde está a tolerância que se quebra como um fio de cabelo, onde o desejo é mais de ser tolerado do que se colocar como um guerreiro tolerante.


Se faz mal a você, então por que inicia uma guerra cujo final você já sabe?


Se aprendestes – desde aqui da Casa de Luz, como de qualquer outro lugar que lhe fez conhecer os ensinamentos – que o verdadeiro amor não é o que está semelhante a você, pois tudo que é igualzinho somatiza tanto as qualidades quanto os defeitos e acaba, por se chocar, como dizem vocês.


Acreditar que aquilo que se passou no seu caminho, lá atrás, talvez fizesse melhor com a concordância no teu hoje, eu respondo a vocês, guerreiros: se se encaixava perfeitamente porque que já passou?


É porque talvez a perfeição não era tão perfeita como você imaginava.


Ao ouvir um guerreiro se pronunciar, há algumas luas, ele disse uma frase, não sei de qual escrita, mas muito sábia: você conhece o seu inimigo quando ele deixa de ser seu amigo e passa a ser seu maior inimigo, mas guardando no peito o grande laço de um verdadeiro amigo.


Porque o inimigo declarado, não sabendo dos seus costumes, pode aniquilar todo o seu veneno mas ele vai ter respeito e vai se declarar.


Mas aquele que sabe e usa de suas fraquezas, e se coloca como um verdadeiro irmão, como um verdadeiro companheiro, como um verdadeiro amigo, para lá na frente te atacar, é como alimentar escorpião.


Não espere do outro o que nem você pode oferecer. Não espera dentro dos ensinamentos alcançar da noite para o dia a perfeição mas sinta-se como um ser que não desperdiça os ensinamentos e tenta fazer para o outro o que você gostaria de estar recebendo.


E quantas vezes for necessário, lembrar a vocês, guerreiros, aqui eu vou estar lembrando: reconcilie-se com si mesmo e, depois, com aqueles que realmente levantam a mesma bandeira com os guerreiros.


Guerreira Joana



Por Helen IIans em Conselhos







14/11/2011

OFERENDAS PARA ORIXÁS






Muitos médiuns vem nos perguntar quais oferendas podemos dar no dia de determinado Orixá. Estaremos agora passando uma receita básica que pode ser utilizada para qualquer Orixá ou Entidade.


1. um pacote de amor, em pó, para que qualquer brisa possa espalhar para as pessoas que estiverem perto ou longe de você;

2. um pedaço (generoso) de fé, em estado rochoso, para que ela seja inabalável;

3. algumas páginas de estudo doutrinário, para que você possa entender as intuições que recebe;

4. um pacote de desejo de fazer caridade desinteressada em retribuição, para não "desandar" a massa.

5. Junte tudo isto num alguidar feito com o barro da resignação e determinação e venha para o terreiro.

6. Coloque em frente ao Congá e reze a seguinte prece:

"Pai, recebe esta humilde oferenda dada com a totalidade da minha alma e revigora o meu físico para que eu possa ser um perfeito veículo dos teus enviados. Amém."

Pronto! Você acabou de fazer a maior oferenda que qualquer Orixá, Guia ou Entidade pode desejar ou precisar...

Você se dispôs a ser um MÉDIUM!



Fonte: http://www.ceurubatan.hpg.ig.com.br/dicas.html
.

Omulú










Omulú é o orixá que rege a morte, ou no instante da passagem do plano material para o plano espiritual (desencarne)

É com tristeza que temos visto o temor dos irmãos umbandistas quando é mencionado o nome do nosso amado Pai Omulu.

E no entanto descobrimos que este medo é um dos frutos amargos que nos foram legados pelos ancestrais semeadores dos orixás em solo brasileiro, pois difundiram só os dois extremos do mais caridoso dos orixás, já que Omulu é o guardião divino dos espíritos caídos.

O orixá Omulu guarda para Olorum todos os espíritos que fraquejaram durante sua jornada carnal e entregaram-se à vivenciação de seus vícios emocionais.

Mas ele não pune ou castiga ninguém, pois estas ações são atributos da Lei Divina, que também não pune ou castiga. Ela apenas conduz cada um ao seu devido lugar após o desencarne.

E se alguém semeou ventos, que colha sua tempestade pessoal, mas amparado pela própria Lei, que o recolhe a um dos sete domínios negativos, todos regidos pelos orixás cósmicos, que são magneticamente negativos.

E Tatá Omulu é um desses guardiões divinos que consagrou a si e à sua existência, enquanto divindade, ao amparo dos espíritos caídos perante as leis que dão sustentação a todas as manifestações da vida..

Esta qualidade divina do nosso amado pai foi interpretada de forma incorreta ou incompleta, e o que definiram no decorrer dos séculos foi que Tatá Omulu é um dos orixás mais “perigosos” de se lidar, ou um dos mais intolerantes, e isto quando não o descrevem como implacável nas suas punições.

Ele, na linha da Geração, que é a sétima linha de Umbanda, forma um par energético, magnético e vibratório com nossa amada mãe Yemanjá, onde ela gera a vida e ele paralisa os seres que atentam contra os princípios que dão sustentação às manifestações da vida.

Em Tatá Omulu descobri o amor de Olorum, pois é por puro amor que uma divindade consagra-se por inteiro ao amparo dos espíritos caídos.

E foi por amor a nós que ele assumiu a incumbência de nos paralisar em seus domínios, sempre que começássemos a atentar contra os princípios da vida.

Enquanto a nossa mãe Yemanjá estimula em nós a geração, o nosso pai Omulu nos paralisa sempre que desvirtuamos os atos geradores.

Mas esta “geração” não se restringe só à hereditariedade, já que temos muitas faculdades além desta, de fundo sexual.

Afinal, geramos idéias, projetos, empresas, conhecimentos, inventos, doutrinas, religiosidades, anseios, desejos, angústias, depressões, fobias, leis, preceitos, princípios, templos, etc..

Temos a capacidade de gerar muitas coisas, e se elas estiverem em acordo com os princípios sustentados pela irradiação divina, que na Umbanda recebe o nome de “linha da Geração” ou “sétima linha de Umbanda”, então estamos sob a irradiação da divina mãe Yemanjá, que nos estimula.

Mas, se em nossas “gerações”, atentarmos contra os princípios da vida codificados como os únicos responsáveis pela sua multiplicação, então já estaremos sob a irradiação do divino pai Omulu, que nos paralisará e começará a atuar em nossas vidas, pois deseja preservar-nos e nos defender de nós mesmos, já que sempre que uma ação nossa for prejudicar alguém, antes ela já nos atingiu, feriu e nos escureceu, colocando-nos em um de seus sombrios domínios.

Ele é o excelso curador divino pois acolhe em seus domínios todos os espíritos que se feriram quando, por egoísmo, pensaram que estavam atingindo seus semelhantes.

E, por amor, ele nos dá seu amparo divino até que, sob sua irradiação, nós mesmos tenhamos nos curado para retomarmos ao caminho reto trilhado por todos os espíritos amantes da vida e multiplicadores de suas benesses.

Todos somos dotados dessa faculdade, já que todos somos multiplicadores da vida, seja em nós mesmos, através de nossa sexualidade seja nas idéias, através de nosso raciocínio, assim como geramos muitas coisas que tornam a vida uma verdadeira dádiva divina.

Tatá Omulu, em seu pólo positivo, é o curador divino e tanto cura alma ferida quanto nosso corpo doente.

Se orarmos a ele quando estivermos enfermos ele atuará em nosso corpo energético, nosso magnetismo, campo vibratório e sobre nosso corpo carnal, e tanto poderá curar-nos quanto nos conduzir a um médico que detectará de imediato a doença e receitaria medicação correta.

O orixá Omulu atua em todos os seres humanos, independente de qual,. seja a sua religião. Mas esta atuação geral e planetária processa-se através de, uma faixa vibratória especifica e exclusiva, pois é através dela que fluem as irradiações divinas de um dos mistérios de Deus, que nominamos de “Mistério da Morte”.

Tatá Omulu, enquanto força cósmica e mistério divino, é a energia que se condensa em torno do fio de prata que une o espírito e seu corpo físico, e o dissolve no momento do desencarne ou passagem de um plano para o outro.

Neste caso ele não se apresenta como o espectro da morte coberto com manto e capuz negro, empunhando o alfanje da morte que corta o fio da vida.

Esta descrição é apenas uma forma simbólica ou estilizada de se descrever a força divina que ceifa a vida na carne.

Na verdade, a energia que rompe o fio da vida na carne é de cor escura, e tanto pode parti-lo num piscar de olhos quando a morte é natural e fulminante, como pode ir se condensando em torno dele, envolvendo-o todo até alcançar o espírito, que já entrou em desarmonia vibratória porque a passagem deve ser lenta, induzindo o ser a aceitar seu desencarne de forma passiva.

O orixá Omulu atua em todas as religiões e em algumas é nominado de “Anjo da Morte” e em outras de divindade ou “Senhor dos Mortos”.

No antigo Egito ele foi muito cultuado e difundido e foi dali que partiram sacerdotes que o divulgaram em muitas culturas de então.

Mas com o advento do Cristianismo seu culto foi desestimulado já que a religião cristã recorre aos termos “anjo” e “arcanjo” para designar as divindades.

Logo, nada mais lógico do que recorrer ao arquétipo tão temido do “Anjo da Morte”, todo coberto de preto e portando o alfanje da morte, para preencher a lacuna surgida com o ostracismo do orixá ou divindade responsável por este momento tão delicado na vida dos seres.

O culto a Tatá Omulu surgiu entre os negros levados como escravos ao antigo Egito, que o identificaram como um orixá e o adaptaram às suas culturas e religiões.

Com o tempo, ele foi, a partir desse sincretismo, assumindo sua forma definitiva, até que alcançou o grau de divindade ligada à morte, à medicina e às doenças.

Já em outras regiões da África, este mistério foi assumindo outras feições e outros orixás semelhantes surgiram, foram cultuados e se humanizaram. “Humanizar-se” significa que o orixá ou a divindade assumiu feições humanas, compreensíveis por nós e de mais fácil assimilação e interpretação.

Tatá Omulu não vibra menos amor por nós do que qualquer um dos outros orixás e está assentado na Coroa Divina, pois é um dos Tronos de Olorum, o Divino Criador. Atotô, meu pai!


Pai Rubens Saraceni
Teologia de Umbanda




Yemanjá










Yemanjá é o Trono feminino da Geração e seu campo preferencial de atuação é no amparo à maternidade.
Yemanjá é por demais conhecida e não nos alongaremos ao comentá-la.

O fato é que o Trono Essencial da Geração assentado na Coroa Divina projeta-se e faz surgir, na Umbanda, a linha da Geração, em cujo pólo magnético positivo está assentada a Orixá Natural Yemanjá, e em cujo pólo magnético negativo está assentado o Orixá Omulu.

Yemanjá, a nossa amada Mãe da Vida é a água que vivifica e o nosso amado pai Omulu é a terra que amolda os viventes. Como dedicamos um comentário extenso ao Orixá Omulu, vamos nos concentrar em Yemanjá.

Yemanjá rege sobre a geração e simboliza a maternidade, o amparo materno, a mãe propriamente. Ela se projeta e faz surgir sete pólos magnéticos ocupados por sete Yemanjás intermediarias, que são as regentes dos níveis vibratórios positivos e são as aplicadoras de seus aspectos, todos positivos, pois Yemanjá não possui aspectos negativos.

Estas sete Yemanjás são intermediárias e comandam incontáveis linhas de trabalho dentro da Umbanda. Suas Orixás intermediadoras estão espalhadas por todos os níveis vibratórios positivos, onde atuam como mães da “criação”, sempre estimulando nos seres os sentimentos maternais ou paternais.

Todas atuam a nível multidimensional e projetam-se também para a dimensão humana, onde têm muitas de suas filhas estagiando. Todas têm suas hierarquias de Orixás Yemanjás intermediadoras, que regem hierarquias de espíritos religados às hierarquias naturais.


OFERENDA: Velas brancas; azuis e rosas; champagne, calda de ameixa ou de pêssego, amnjar, arroz-doce e melão; rosas e palmas brancas, tudo depositado à beira-mar.


Pai Rubens Saraceni

Teologia de Umbanda



Nanã










A orixá Nanã rege sobre a maturidade e seu campo preferencial de atuação é o racional dos seres. Atua decantando os seres emocionados e preparando-os para uma nova “vida”, já mais equilibrada.

A orixá Nanã Buruquê rege uma dimensão formada por dois elementos, que são: terra e água.

Ela é de natureza cósmica pois seu campo preferencial de atuação é o emocional dos seres que, quando recebem suas irradiações, aquietam-se, chegando até a terem suas evoluções paralisadas.

E assim permanecem até que tenham passado por uma decantação completa de seus vícios e desequilíbrios mentais. Nanã forma com Obaluaiyê a sexta linha de Umbanda, que é a linha da Evolução.

E enquanto ele atua na passagem do plano espiritual para o material (encarnação), ela atua na decantação emocional e no adormecimento do espírito que irá encarnar.

Saibam que os orixás Obá e Omulu são regidos por magnetismos “terra pura”, enquanto Nanã e Obaluaiyê são regidos por magnetismos mistos “terra-água”.

Obaluaiyê absorve essência telúrica e irradia energia elemental telúrica, mas também absorve energia elemental aquática, fraciona-a em essência aquática e a mistura à sua irradiação elemental telúrica, que se torna “úmida”.

Já Nanã, atua de forma inversa: seu magnetismo absorve essência aquática e a irradia como energia elemental aquática; absorve o elemento terra e, após fracioná-lo em essência, irradia-o junto com sua energia aquática.

Estes dois orixás são únicos, pois atuam em pólos opostos de uma mesma linha de forças e, com processos inversos, regem a evolução dos seres.

Enquanto Nanã decanta e adormece o espírito que irá reencarnar, Obaluaiyê o envolve em uma irradiação especial, que reduz o corpo energético, já adormecido, até o tamanho do feto já formado dentro do útero materno onde está sendo gerado .

Este mistério divino que reduz o espírito ao tamanho do corpo carnal, ao qual já está ligado desde que ocorreu a fecundação do óvulo pelo sêmen, é regido por nosso amado pai Obaluaiyê, que é o “Senhor das Passagens” de um plano para outro.

Já nossa amada mãe Nanã, envolve o espírito que irá reencarnar em uma irradiação única, que dilui todos os acúmulos energéticos, assim como adormece sua memória, preparando-o para uma nova vida na carne, onde não se lembrará de nada do que já vivenciou.

É por isso que Nanã é associada à senilidade, à velhice, que é quando a pessoa começa a se esquecer de muitas coisas que vivenciou na sua vida carnal.

Portanto, um dos campos de atuação de Nanã é a “memória” dos seres. E, se Oxóssi aguça o raciocínio, ela adormece os conhecimentos do espírito para que eles não interfiram com o destino traçado para toda uma encarnação.

Em outra linha da vida, ela é encontrada na menopausa. No inicio desta linha está Oxum estimulando a sexualidade feminina; no meio está Yemanjá, estimulando a maternidade; e no fim está Nanã, paralisando tanto a sexualidade quanto a geração de filhos.

Nas “linhas da vida”, encontramos os orixás atuando através dos sentidos e das energias. E cada um rege uma etapa da vida dos seres.

Logo, quem quiser ser categórico sobre um orixá, tome cuidado com o que afirmar, porque onde um de seus aspectos se mostra, outros estão ocultos.

E o que está visível nem sempre é o principal aspecto em uma linha da vida. Saibam que Nanã em seus aspectos positivos forma pares com todos os outros treze orixás, mas sem nunca perder suas qualidades “água-terra”.

Já em seus aspectos negativos, bem, como a Umbanda não lida com eles, que os comente quem lidar, certo?


Pai Rubens Saraceni
Teologia de Umbanda




Obaluaiyê













Obaluaiyê é o Orixá que atua na Evolução e seu campo preferencial é aquele que sinaliza as passagens de um nível vibratório ou estágio da evolução para outro.

O Orixá Obaluaiyê é o regente do pólo magnético masculino da linha da Evolução, que surge a partir da projeção do Trono Essencial do Saber ou Trono da Evolução.

O Trono da Evolução é um dos sete Tronos essenciais que formam a Coroa Divina regente do planeta, e em sua projeção faz surgir, na Umbanda, a linha da Evolução, em cujo pólo magnético positivo, masculino e irradiante, está assentado o Orixá Natural Obaluaiyê, e em cujo pólo magnético negativo, feminino e absorvente está assentada a Orixá Nanã Buruquê.

Ambos são Orixás de magnetismo misto e cuidam das passagens dos estágios evolutivos.

Ambos são Orixás terra-água (magneticamente, certo?). Obaluaiyê é ativo no magnetismo telúrico e passivo no magnetismo aquático. Nanã é ativa no magnetismo aquático e passiva no magnetismo telúrico. Mas ambos atuam passivamente, o outro atua ativamente.

Nanã decanta os espíritos que irão reencarnar e Obaluaiyê estabelece o cordão energético que une o espírito ao corpo (feto), que será recebido no útero materno assim que alcança o desenvolvimento celular básico (órgãos físicos).

É o mistério “Obaluaiyê” que reduz o corpo plasmático do espírito até que fique do tamanho do corpo carnal alojado no útero materno. Nesta redução, o espírito assume todas as características e feições do seu novo corpo carnal, já formado.

Muito associam o divino Obaluaiyê apenas com o Orixá curador, que ele realmente é, pois cura mesmo! Mas Obaluaiyê é muito mais do que já o descreveram.

Ele é o “Senhor das Passagens” de um plano para outro, de uma dimensão para a outra, e mesmo do espírito para a carne e vice-versa.

Espero que os Umbandistas deixem de temê-lo e passem a amá-lo e adorá-lo pelo que ele realmente é: um Trono Divino que cuida da evolução dos seres, das criaturas e das espécies, e que esqueçam as abstrações dos que se apegaram a alguns de seus aspectos negativos e os usam para assustar seus semelhantes.

Estes manipuladores dos aspectos negativos do Orixá Obaluaiyê certamente conhecerão os Orixás cósmicos que lidam com o negativo dele.

Ao contrário dos tolerantes Exús da Umbanda, estes Obaluaiyês cósmicos são intolerantes com quem invoca os aspectos negativos do Orixá maior Obaluaiyê para atingir seus semelhantes.

E o que tem de supostos “pais de Santo” apodrecendo nos seus pólos magnéticos negativos só porque deram mau uso aos aspectos negativos de Obaluaiyê... Bem, deixemos que eles mesmos cuidem de suas lepras emocionais. Certo?

Oferenda: Velas brancas e brancas/pretas; vinho rosé licoroso, água potável; coco fatiado coberto com mel e pipocas; rosas, margaridas e crisântemos, tudo depositado no cruzeiro do cemitério, á beira-mar ou á beira de um lago.



Pai Rubens Saraceni
Teologia de Umbanda


IANSÃ











Iansã é a aplicadora da Lei na vida dos seres emocionados pelos vícios. Seus campo preferencial de atuação é o emocional dos seres: ela os esgota e os redireciona, abrindo-lhes novos campos por onde evoluirão de forma menos “emocional”.

No comentário sobre o orixá Egunitá já abordamos nossa amada mãe lansã. Logo, aqui seremos breves em nosso comentário sobre ela, que também foi analisada no capitulo reservado ao orixá Ogum.

Como dissemos antes, lansã, em seu primeiro elemento, e ar e forma com Ogum um par energético onde ele rege o pólo positivo e é passivo pois suas irradiações magnéticas são retas.

lansã é negativa e ativa, e suas irradiações magnéticas são circulares ou espiraladas. Observem que lansã se irradia de formas diferentes: é cósmica (ativa) e é o orixá que ocupa o pólo negativo da linha elemental pura do ar, onde polariza com Ogum.

Já em seu segundo elemento ela polariza com Xangô, e atua como o pólo ativo da linha da Justiça, que é uma das sete irradiações divinas.

Na linha da Justiça, lansã é seu aspecto móvel e Xangô é seu aspecto assentado ou imutável, pois ela atua na transformação dos seres através de seus magnetismos negativos.

lansã aplica a Lei nos campos da Justiça e é extremamente ativa. Uma de suas atribuições é colher os seres fora-da-Lei e, com um de seus magnetismos, alterar todo o seu emocional, mental e consciência, para, só então, redirecioná-lo numa outra linha de evolução, que o aquietará e facilitará sua caminhada pela linha reta da evolução.

As energias irradiadas por lansã densificam o mental, diminuindo seu magnetismo, e estimulam o emocional, acelerando suas vibrações.

Com isso, o ser se torna mais emotivo e mais facilmente é redirecionado. Mas quando não é possível reconduzi-lo à linha reta da evolução, então uma de suas sete intermediárias cósmicas, que atuam em seus aspectos negativos, paralisam o ser e o retém em um dos campos de esgotamento mental, emocional e energético, até que ele tenha sido esgotado de seu negativismo e tenha descarregado todo o seu emocional desvirtuado e viciado.

Nossa amada mãe Iansã possui vinte e uma lansãs intermediárias, que são assim distribuídas: Sete atuam junto aos pólos magnéticos irradiantes e auxiliam os orixás regentes dos pólos positivos, onde entram como aplicadoras da Lei segundo os princípios da Justiça Divina, recorrendo aos aspectos positivos da orixá planetária Iansã.

Sete atuam junto aos pólos magnéticos absorventes e auxiliam os orixás regentes dos pólos negativos, onde entram como aplicadoras da Lei segundo seus princípios, recorrendo aos aspectos negativos da orixá planetária Iansã.

Sete atuam nas faixas neutras das dimensões planetárias, onde, regidas pelos princípios da Lei, ou direcionam os seres para as faixas vibratórias positivas ou os direcionam para as faixas negativas.

Enfim, são vinte e uma orixás lansãs intermediárias aplicadoras da Lei nas Sete Linhas de Umbanda. Como seus campos preferenciais de atuação são os religiosos, não é de se estranhar que nossa amada mãe lansã intermediária para a linha da Fé nos campos do Tempo seja confundida com a própria Oiá, já que é ela quem envia ao tempo os eguns fora-da-Lei no campo da religiosidade.

lansã do Tempo, não tenham dúvidas, tem um vasto campo de ação e colhe os espíritos desvirtuados nas coisas da Fé, enviando-os ao Tempo onde serão esgotados.

Mas, não tenham dúvidas, antes ela tenta reequilibrá-los e redirecioná-los, só optando por enviá-los a um campo onde o magnetismo os esvazia quando vê que um esgotamento total em todos os sete sentidos é necessário.

E isto o Tempo faz muito bem! Já lansã Bale, do Bale, ou das Almas, é outra intermediária de nossa mãe maior lansã que é muito solicitada e muito conhecida, porque atua preferencialmente sobre os espíritos que desvirtuam os princípios da Lei que dão sustentação à vida e, como vida é geração e Omulu atua no pólo negativo da linha da Geração, então ela envia aos domínios de Tatá Omulu todos os espíritos que atentaram contra a vida de seus semelhantes ao desvirtuarem os princípios da Lei e da Justiça Divina.

Logo, seu campo escuro localiza-se nos domínios do orixá Omulu, que rege sobre o lado de “baixo” do campo santo.

Mas também são muito conhecidas as lansãs intermediárias Sete Pedreiras, dos Raios, do Mar, das Cachoeiras e dos Ventos (lansã pura).

As outras assumem os nomes dos elementos que lhes chegam através das irradiações inclinadas dos outros orixás, quando surgem as Iansãs irradiantes e multicoloridas.

Temos:


• uma Iansã do Ar.
• uma Iansã Cristalina.
• uma lansã Mineral.
• uma Iansã Vegetal.
• uma lansã Ígnea.
• uma lansã Telúrica.
• uma lansã Aquática.

Bom, só por esta amostra dos múltiplos aspectos de nossa amada regente feminina do ar, já deu para se ter uma idéia do imenso campo de ação do mistério “Iansã”.

O fato é que ela aplica a Lei nos campos da Justiça Divina e transforma os seres desequilibrados com suas irradiações espiraladas, que o fazem girar até que tenham descarregado seus emocionais desvirtuados e suas consciências desordenadas!

Não vamos nos alongar mais, pois muito já foi dito e escrito sobre a “Senhora dos Ventos”. 





Pai Rubens Saraceni
Teologia de Umbanda






OGUM






Ogum é o Orixá da Lei e seu campo de atuação é a linha divisória entre a razão e a emoção. É o Trono Regente das milícias celestes, guardiãs dos procedimentos dos seres em todos os sentidos.

Ogum é sinônimo de lei e ordem e seu campo de atuação é a ordenação dos processos e dos procedimentos.

O Trono da Lei é eólico e, ao projetar-se, cria a linha pura do ar elemental, já com dois pólos magnéticos ocupados por Orixás diferenciados em todos os aspectos.

O pólo magnético positivo é ocupado por Ogum e o pólo negativo é ocupado por Iansã.

Esta linha eólica pura dá sustentação a milhões de seres elementais do ar, até que eles estejam aptos a entrar em contato com um segundo elemento. Uns têm como segundo elemento o fogo, outros têm na água seu segundo elemento, etc.

Portanto, na linha pura do “ar elemental” só temos Ogum e Iansã como regentes.

Mas se estes dois Orixás são aplicadores da Lei (porque sua natureza é ordenadora), então eles se projetam e dão início às suas hierarquias naturais, que são as que nos chegam através da Umbanda.

Os Orixás regentes destas hierarquias de Ogum e Iansã são Orixás Intermediários ou regentes dos níveis vibratórios da linha de forças da Lei.

Saibam que Oxalá tem sete Orixás Intermediários positivos e tem outros sete negativos, que são seus opostos, e tem sete Orixás neutros; Oxum tem sete Orixás intermediárias positivas e tem outras sete negativas, que são suas opostas; Oxóssi tem sete Orixás intermediários positivos, sete negativos, que são seus opostos, e tem sete outros que formam uma hierarquia vegetal neutra e fechada ao conhecimento humano material; Xangô tem sete Orixás intermediários positivos e tem sete negativos, que são seus opostos.

E o mesmo acontece com Obaluayê e Yemanjá. Agora, Ogum e Iansã são os regentes do mistério “Guardião” e suas hierarquias não são formadas por Orixás opostos em níveis vibratórios e pólos magnéticos opostos, como acontece com outros.

Não, senhores! Ogum e Iansã formam hierarquias verticais retas ou seqüenciais, sem quebra de “estilo” , pois todos os Oguns, sejam os regentes dos pólos positivos, dos neutros ou tripolares, ou dos negativos, todos atuam da mesma forma e movidos por um único sentido: aplicadores da Lei!

Todo Ogum é aplicador natural da Lei e todos agem com a mesma inflexibilidade, rigidez e firmeza, pois mão se permitem uma conduta alternativa.

Onde estiver um Ogum, lá estarão os olhos da Lei, mesmo que seja um “caboclo” de Ogum, avesso às condutas liberais dos freqüentadores das tendas de Umbanda, sempre atento ao desenrolar dos trabalhos realizados, tanto pelos médiuns quanto pelos espíritos incorporadores.

Dizemos que Ogum é, em si mesmo, os atentos olhos da Lei, sempre vigilante, marcial e pronto para agir onde lhe for ordenado.

OFERENDA: Velas brancas, azuis e vermelhas; cerveja, vinho tinto licoroso; flores diversas e cravos, depositados nos campos, caminhos, encruzilhadas, etc..


Teologia de Umbanda
Pai Rubens Saraceni


.

Egunitá






Egunitá é o Orixá Cósmico aplicador da Justiça Divina na vida dos seres racionalmente desequilibrados

Fogo, eis o mistério de nossa amada mãe Egunitá, regente cósmica do Fogo e da Justiça Divina que purifica os excessos emocionais dos seres desequilibrados, desvirtuados e viciados.

Os hindus nos legaram uma divindade cósmica do fogo, punidora das falhas, dos erros e das paixões humanas por excelência.

Kali, no panteão hindu, é uma divindade temida e evitada por todos os que desconhecem seu mistério e o porquê de sua existência em complemento à de Agni, o Senhor do Fogo Divino, do fogo da Fé?

O fato é que todas as irradiações divinas, enquanto são apenas essências, são neutras. Mas quando se condensam e dão origem aos elementos, ai se polarizam em todos os sentidos e assumem naturezas bem distintas.

Pois aí, no fogo, surgem Agni e Kali. Ele é o fogo em seu aspecto positivo e ela o é em seu aspecto negativo, ou o fogo da purificação das ilusões humanas. Agni é o fogo da fé e Kali é o fogo das paixões humanas. Agni é pólo masculino e Kali é pólo feminino.

Agni é passivo e irradiante e Kali é ativa e atratora. Agni ilumina o ser e Kali o toma rubro. Agni é o raio dourado e Kali é o raio rubro. Agni é a serpente flamigea da Fé e Kali é a serpente rubra da paixão. Agni é a chama que aquece e Kali é o braseiro que queima.

Esperamos que tenham entendido que, se recorremos às divindades hindus Agni e Kali, foi para mostrar como um mesmo elemento possui dois pólos, duas naturezas, duas formas de nos alcançar e de nos estimular ou de nos paralisar; de acelerar ou paralisar nossa evolução; de estimular nossa fé ou de esgotar nossos emocionais desequilibrados.

Agora, coloquem no lugar de Agni o nosso amado orixá Xangô e no lugar de Kali a nossa amada mãe Egunitá e teremos os mesmos aspectos divinos, mas irradiados por divindades humanizadas em solo africano.

Teremos a linha pura do fogo elemental, cujas energias incandescentes e flamejantes tanto consomem os vícios quanto estimulam o sentimento de justiça, que são as qualidades, atributos e atribuições de Xangô e Egunitá: aplicar a Justiça Divina em todos os sentidos da vida!

Afinal, ou entendemos as divindades a partir da ciência ou até o ano 3000 d.C. ainda estaremos adorando-as somente através dos fenômenos da natureza.

E não é isto que elas desejam de nós, e não foi para isto que deram inicio à sua renovação através da Umbanda, certo?

Nossa mãe Egunitá é fogo puro e suas irradiações cósmicas absorvem o ar pois seu magnetismo é negativo e atrai este elemento, com o qual se energiza e se irradia até onde houver ar para dar-lhe esta sustentação energética e elemental.

Como Egunitá (fogo) é feminina, ela se polariza com Ogum (ar), que é masculino e lhe dá a sustentação do elemento que precisa, mas de forma passiva e ordenada.

Só assim suas irradiações acontecem de forma ordenada e alcançam apenas o objetivo que ela identificou. Se ela polarizasse com Iansã, suas energias não seriam irradiadas porque aconteceria uma propagação delas na forma de labaredas, já que as duas são de magnetismo e elemento feminino.

Eis ai a chave das polarizações, que obedecem a uma ordenação das irradiações através dos magnetismos.

O inverso acontece com Ogum, que é passivo e só se torna ativo em seu segundo elemento, que é o fogo que o alimenta, aquecendo-o e energizando suas irradiações. Ogum, enquanto aplicador da Lei, atua nos campos da justiça como aplicador das sentenças.

Logo, se Ogum absorver o fogo de Xangô, que também é passivo em seu magnetismo, este fogo só irá consumir o ar de Ogum e não irá gerar a energia ígnea que fluiria como calor através das irradiações retas do seu magnetismo, que é passivo.

Ogum é passivo no magnetismo eólico e ativo em seu segundo elemento, que é o fogo que energiza (aquece) o ar. Ogum irradia em linha reta (irradiação continua). Xangô irradia em linha reta (irradiação continua). Iansã irradia em espirais (irradiação circular).

Egunitá irradia por propagação (irradiação propagada). Xangô polariza com Iansã, e suas irradiações passivas se tornam ativas no ar (raios); Egunitá polariza com Ogum, e suas irradiações por propagação magnética assumem a forma de fachos flamejantes.

Observem que Lei e Justiça são inseparáveis e para comentarmos Egunitá temos de envolver Ogum, Xangô e Iansã, que são os outros três orixás que também se polarizam e criam campos específicos de duas das Sete Linhas de Umbanda.

Ela é cósmica (negativa) e seu primeiro elemento é o fogo, que se polariza com seu segundo elemento que é o ar. Portanto, como o fogo é o elemento da linha da Justiça, ela é uma divindade que aplica a Justiça Divina na vida dos seres.

E, porque o ar é o seu segundo elemento, que a alimenta e energiza e é o elemento da linha da Lei, ela é uma divindade que aplica a justiça como agente ativa da Lei e consome os vícios emocionais e os desequilíbrios mentais dos seres.

Os vícios emocionais tornam os seres insensíveis à dor alheia. Os desequilíbrios mentais transformam os seres em tormentos para seus semelhantes.

As divindades têm uma função a realizar e nós sempre seremos beneficiários de sua atuação. Quando nos paralisam, também estão nos ajudando, pois estão evitando que continuemos trilhando um caminho que nos conduzirá a um ponto sem retorno.

Ela é a executora da Justiça Divina nos campos da Lei, regidos por Ogum no pólo positivo da linha pura da Lei. 


Teologia de Umbanda
Pai Rubens Saraceni

.

XANGÔ






Xangô é o Orixá da Justiça e seu campo preferencial de atuação é a razão, despertando nos seres o senso de equilibrio e eqüidade, já que só conscientizando e despertando para os reais valores da vida a evolução se processa num fluir contínuo.

O Trono Regente Planetário se individualiza nos sete Tronos Essenciais, que projetam-se energética, magnética e vibratoriamente e criam sete linhas de forças ou irradiações bipolarizadas, pois surgem dois pólos diferenciados em positivo e negativo, irradiante e absorvente, ativo e passivo, masculino e feminino, universal e cósmico.

Uma dessas projeções é a do Trono da Justiça Divina que, ao irradiar-se, cria a linha de forças da Justiça, pontificada por Xangô e Egunitá (divindade natural cósmica do Fogo Divino).

Estes sete Xangôs são Orixás Naturais; são regentes de níveis vibratórios; são multidimensionais e são irradiadores das qualidades, dos atributos e das atribuições do Orixá maior Xangô.

Eles aplicam os aspectos positivos da justiça divina nos níveis vibratórios positivos e polarizam-se com os Xangôs cósmicos, que são os aplicadores dos aspectos negativos da justiça divina.

Como, na Umbanda, quem lida com os regentes desses aspectos são os Exús e as Pomba-Giras.

Os Xangôs intermediários, tal como todos os Orixás Intermediários, possuem nomes mântricos que não podem ser abertos ao plano material.

Muitos os chamam de Xangô da Pedra Branca, Xangô Sete Pedreiras, Xangô dos Raios, etc. Enfim, são nomes simbólicos para os mistérios regidos pelos Orixás Xangôs Intermediários.

Só que quem usa estes nomes simbólicos não são os regentes dos pólos magnéticos da linha da Justiça, e sim os seus intermediadores, que foram “humanizados” e regem linhas de caboclos que manifestam- se no Ritual de Umbanda Sagrada comandando as linhas de trabalhos de ação e reação.
Eles são os aplicadores “humanos” dos aspectos positivos da justiça divina.

Logo, se alguém disser: “Eu incorporo o Xangô tal”, com certeza está incorporando o seu Xangô individual, que é um ser natural de 6° grau vibratório, ou um espírito reintegrado às hierarquias naturais regidas por estes Xangôs.

Nem no Candomblé se incorpora um Xangô de nível intermediário ou qualquer outro Orixá desta magnitude. O máximo que se alcança, em nível de incorporação, é um Orixá de grau intermediador.

Mas no geral, todos incorporam seu Orixá individual natural, ou um espírito reintegrado às hierarquias naturais e, portanto, um irradiador de um dos aspectos do seu Orixá maior.


Temos, na Umbanda, os:

Xangôs da Pedra Branca, Xangôs da Pedra Preta, Xangôs das Sete Pedreiras, Xangô das Sete Montanhas, etc.

Que são todos eles, Orixás Intermediadores e regentes de subníveis vibratórios ou regentes de pólos energo-magnéticos cruzados por muitas correntes eletromagnéticas, onde atuam como aplicadores dos mistérios maiores, mas já em pólos localizados em subníveis vibratórios.

E todos estes Xangôs intermediadores são regentes de imensas linhas de trabalho, ação e reação. Ou não é verdade que temos caboclos da Pedra Branca, da Pedra Preta, do Fogo, etc.?

Meditem muito sobre o que aqui comentei, pois em se tratando de Orixás, é preciso conhecê-lo a partir da ciência divina ou nos perdemos no abstracionismo e na imaginação humana.

Reflitam bastante e depois consultem seus mentores espirituais acerca do que aqui estou ensinando, irmão em Oxalá.

Oferenda: Velas brancas, vermelhas e marrom; cerveja escura, vinho tinto e licor de ambrosia; flores diversas, tudo depositado em uma cachoeira, montanha ou pedreira.


Teologia de Umbanda
Pai Rubens Saraceni



.

Obá














Obá é a orixá que aquieta e densifica o racional dos seres, já que seu campo preferencial de atuação é o esgotamento dos conhecimentos desvirtuados.

Comentar sobre nossa amada mãe Obá é motivo de satisfação, pois, nas lendas, resumem sua existência ao papel de esposa repudiada por Xangô.

Mas, justiça lhe seja feita, as lendas vêm sendo repetidas a tanto tempo, e às vezes de forma tão empobrecida pelas transmissões orais que, até como lendas, deixam a desejar e mostram como é deficiente o conhecimento sobre o campo de ação dos orixás.

Saibam que a orixá Obá que nós conhecemos e aprendemos a amar e reverenciar é uma divindade regida pelos elementos terra e vegetal, e forma com Oxóssi a terceira linha de Umbanda Sagrada, que rege o Conhecimento. Oxóssi está assentado no pólo positivo e irradiante desta linha e Obá está assentada em seu pólo negativo ou cósmico, que é absorvente.

Esta lenda, na verdade, refere-se a um rei que, como herdeiro das qualidades de Xangô, tinha várias esposas, que também se apresentavam como herdeiras das qualidades das orixás femininas.

E, se o que esta lenda conta é verdade, no entanto só se refere a personagens humanos que eram tidos na conta de semideuses. Mas é só, porque esta história de orixá disputar pelejas tipicamente humanas e carnais, está mais para coisas humanas de que mistérios divinos.

E, não tenham dúvidas de que os orixás são mistérios divinos que foram, em muitos casos, descaracterizados pelas próprias lendas, que visam eternizá-los na mente e nos corações humanos.

Saibam que Obá é uma orixá cósmica cujo elemento original é a terra, pois ela é orixá telúrica por excelência e atua nos seres através do terceiro sentido da vida, que é o Conhecimento, que desenvolve o raciocínio e a capacidade de assimilação mental da realidade visível, ou somente perceptível, que influencia nossa vida e evolução continua.

Já o seu segundo elemento é o vegetal. Enquanto o orixá Oxóssi, o mitológico caçador, estimula a busca do conhecimento (evolução), Obá atrai e paralisa o ser que está se desvirtuando justamente porque assimilou de forma viciada os conhecimentos puros.

O culto à orixá Obá iniciou-se a quatro milênios atrás com a irradiação simultânea de uma de suas qualidades ou aspectos, a várias partes do mundo, quando, então, ela se humanizou.

E se nossa amada mãe Obá já recolheu boa parte de seus filhos encantados que se espiritualizaram, muitos ainda estão evoluindo nos dois lados da dimensão humana.

Muitos dos seus filhos são, hoje e na Umbanda, alguns dos mais silenciosos exus e das mais discretas pomba-giras, dos mais aguerridos caboclos e caboclas, resolutos nas suas ações, precisos nos seus conselhos, e não são de muita conversa quando sentem que o conhecimento que trazem não é assimilado por seus médiuns ou pelas pessoas que os consultam.

Agora, deixando os aspectos individuais ou comentários de apoio, o fato é que nossa amada mãe Obá é uma divindade planetária, regente do pólo negativo da linha do Conhecimento, que é a terceira linha de forças de Umbanda Sagrada.

Ela e Oxóssi formam esta linha e atuam em pólos opostos: enquanto ele estimula a busca do conhecimento, ela paralisa os seres que se desvirtuaram justamente porque adquiriram conhecimentos viciados, distorcidos ou falsos.

O campo onde Obá mais atua é o religioso. Como divindade cósmica responsável por paralisar os excessos cometidos pelas pessoas que dominam o conhecimento religioso, uma de suas funções é paralisar os conhecimentos viciados e aquietar os seres antes que cometam erros irreparáveis.

O ser que está sendo atuado por Obá começa a desinteressar-se pelo assunto que tanto o atraia e torna-se meio apático, alguns até perdendo sua desvirtuada capacidade de raciocinar.

Então, quando o ser já foi paralisado e teve seu emocional descarregado dos conceitos falsos, ai ela o conduz ao campo de ação de Oxóssi, que começará a atuar no sentido de redirecioná-lo na linha reta do conhecimento.

É certo que esta atuação que descrevemos é a que Obá realiza através do seu aspecto positivo ou luminoso, por onde fluem suas qualidades, atributos e atribuições positivas.

Mas como todo orixá cósmico, ela também possui seus aspectos negativos, que ativa sempre que é preciso acelerar a paralisação de um ser que, com seus conhecimentos, está prejudicando muitas pessoas e atrapalhando suas evoluções pois está induzindo-as a seguirem em uma direção contrária à que a Lei Maior reservou-lhes.

Saibam que todas as doutrinas religiosas rígidas e rigorosas com seus adeptos têm a sustentá-las a silenciosa atuação de nossa amada mãe Obá.

Vasto é o campo de atuação de nossa amada mãe Obá e aqui não dá para mostrá-lo todo. Mas acreditamos que os filhos de Umbanda já entenderam onde e quando ela atua.

E, porque ela atua de forma silenciosa e vai paralisando os seres que dão mau uso ao dom do raciocino e aos conhecimentos adquiridos, e atua preferencialmente no campo religioso, então está na hora de resgatar os aspectos luminosos dessa amada mãe cósmica e lançar no lixo religioso a lenda que denigre sua imagem humana, pois foi por amor a nós, espíritos humanos, que ela se humanizou e ajudou a acelerar nossa evolução.

Que fiquem propagando sua falsa humanização os que um dia haverão de conhecer as verdades sobre Obá, mas nos domínios de seus aspectos negativos.



Pai Rubens Saraceni

Teologia de Umbanda



OXOSSI

 










Oxóssi é o caçador por excelência, mas sua busca visa o conhecimento. Logo, é o cientista e o doutrinador, que traz o alimento da fé e o saber aos espíritos fragilizados tanto nos aspectos da fé quanto do saber religioso.

O Orixá Oxóssi é tão conhecido que quase dispensa um comentário. Mas não podemos deixar de fazê-lo, pois falta o conhecimento superior que explica o campo de atuação das hierarquias deste Orixá regente do pólo positivo da linha do Conhecimento.

O fato é que o Trono do Conhecimento é uma divindade assentada na Coroa Divina, é uma individualização do Trono das Sete Encruzilhadas e em sua irradiação cria os dois pólos magnéticos da linha do Conhecimento.

O Orixá Oxóssi rege o pólo positivo e a Orixá Obá rege o pólo negativo.

Oxóssi irradia o conhecimento e Obá o concentra.

Oxóssi estimula e Obá anula.

Oxóssi vibra conhecimento e Obá absorve as irradiações desordenadas dos seres regidos pelos mistérios do Conhecimento.

Oxóssi é vegetal e Obá é telúrica.

Oxóssi é de magnetismo irradiante e Obá é de magnetismo absorvente.

Oxóssi está nos vegetais e Obá está em sua raiz, como a terra fértil onde eles crescem e se multiplicam.

Oxóssi é o raciocínio hábil e Obá é o racional concentrador. 





OFERENDA:
Velas brancas, verdes e rosa; cerveja, vinho doce e licor de caju; flores do campo e frutas variadas, tudo depositado em bosques e matas.


Pai Rubens saraceni

Teologia de Umbanda



Oxumaré













Oxumaré é o orixá que rege sobre a sexualidade e seu campo preferencial de atuação é o da renovação dos seres, em todos os aspectos.

Oxumaré é um dos orixás mais conhecidos, e no entanto é o mais desconhecido dos orixás dentro da Umbanda, pois os médiuns só cultuam a orixá Oxum, que na linha do Amor ou da Concepção forma com ele a segunda linha de Umbanda.

O aspecto positivo de Oxumaré, que nos chega através das lendas dos orixás, é que ele simboliza a renovação. Isto é verdadeiro. E o aspecto mais negativo é que ele é andrógino, ou parte macho e parte fêmea. Mas isto não é verdade.

É inadmissível que uma divindade planetária tenha essas qualidades bissexuais, que só acontecem em seres com disfunções genéticas que provocam má formação, ou dupla formação, dos órgãos sexuais, e em seres com desequilíbrios emocionais ou conscienciais que fazem com que, psiquicamente, eles troquem seus sinais mentais e invertam sua sexualidade.

Portanto, não tem sustentação alguns médiuns, com seus sinais sexuais trocados, alegarem que são homossexuais porque são filhos de Oxumaré e que ele é um orixá que por seis meses é macho e por seis meses é fêmea.

Seres humanos com má-formações emocionais, mentais, genéticas ou conscienciais, no afã de se justificarem, passam às divindades suas vicissitudes humanas e não atentam para um detalhe fundamental: com seus desequilíbrios, estão desfigurando divindades planetárias que existem no mundo desde que Deus o criou, que são imutáveis em sua natureza, seja ela masculina ou feminina, e que regem alguns sentidos dos seres humanos, mas também regem outras dimensões planetárias paralelas à dimensão humana da vida.


Logo, desumanizaram uma divindade que humanizou algumas de suas qualidades, atributos e atribuições somente para acelerar nossa evolução e nos conduzir pelo caminho reto.

Bastará um pouco de bom senso para detectar, nesta caracterização negativa de Oxumaré, uma justificativa de seres com desequilíbrios emocionais, mentais, conscienciais ou genéticos, já que uma divindade é de natureza positiva ou negativa, ativa ou passiva e masculina ou feminina, mas nunca possui as duas em si mesma.

Logo, que cultue um Oxumaré andrógino aquele que é desprovido do bom senso, certo? “Quem não souber valorizar a religiosidade que o libertará da terra, então que pague caro pela religiosidade que o aprisionará num diletantismo materialista!”

Saibam que é isto que tem feito, e muito bem, este nosso irmão cósmico encarnado que, após ser afastado da Umbanda, criou todo um culto cuja doutrina, ao invés de pregar os valores maiores de Jesus Cristo, tem pregado, religiosamente, os seus próprios valores da “mais valia”.

E também tem cobrado de seus fiéis seguidores o justo preço que ele estipulou: tudo o que puder tirar deles para usar em seu próprio benefício, ou de sua “igreja. Que pague para cultuar Deus quem não aprendeu a amá-Lo e adorá-Lo de graça! Certo?

Oxumaré, tal como revela a lenda dos orixás , e a renovação continua, mas em todos os aspectos e em todos os sentidos da vida de um ser. Sua identificação com Dá, a Serpente do Arco-íris, não aconteceu por acaso, pois Oxumaré irradia as sete cores que caracterizam as sete irradiações divinas que dão origem às Sete Linhas de Umbanda.

E ele atua nas sete irradiações como elemento renovador. Oxumaré é a renovação do amor na vida dos seres. E onde o amor cedeu lugar à paixão, ou foi substituído pelo ciúme, então cessa a irradiação de Oxum e inicia-se a dele, que é diluidora tanto da paixão como do ciúme.

Ele dilui a religiosidade já estabelecida na mente de um ser e o conduz, emocionalmente, a outra religião, cuja doutrina o auxiliará a evoluir no caminho reto. Ou não é comum os testemunhos dados pelos neo-convictos no púlpito dos pastores mercantilistas, que dizem quase todos isto:

“Irmãos, quando eu freqüentava a Umbanda, eu fornicava, traia minha esposa e irmãos, gastava meu ordenado no jogo e nas bebidas, mentia, mas desde que me converti e me entreguei a Jesus, tudo em minha vida mudou.

Hoje vivo para minha esposa e filhos, e para Jesus!”. Sem dúvida, concordamos nós. Mas... porque o mesmo irmão não ouviu os conselhos recebidos nos centros de Umbanda, que, se seguidos corretamente, o teriam conduzido pelo caminho reto?

Não, ele não só não deu ouvidos às orientações dos guias e dos pais e mães espirituais, como deu vazão ao seu emocional e deu inicio ao mau uso do que aprendia dentro de uma religião magística por excelência, quando solicitava aos exus que fechassem os caminhos de seus desafetos em todos os campos da vida, além de pedir outras coisas, tais como: mulher, dinheiro, posses, etc.

E ele não diz que nasceu numa família católica e cristã, mas porque era um relapso para as coisas da fé, foi até a Umbanda para ver se nela se emendava. Como não conseguiu, logo acabou retomando ao reformatório religioso de Jesus Cristo.

Pois é isto o que são as igrejas evangélicas: reformatórios religiosos onde nosso amado mestre Jesus recolhe os que nasceram sob sua irradiação luminosa mas não souberam captá-la da forma passiva como ela é passada pela Igreja Católica.

Ele, que é bondade, amor e misericórdia, os conduz às divindades naturais (que são os orixás), os conduz ao espiritismo e a muitas outras doutrinas para ver se encontram uma onde suas naturezas ativas absorvam irradiações luminosas.

Mas, quando vê que eles não se adaptam em nenhuma delas, ativa seu pólo cósmico, e um de seus aspectos negativos logo os arrasta para um de seus reformatórios religiosos, para que eles voltem a trilhar o caminho reto. E se o aspecto negativo ativado não conseguir reconduzi-los ainda na carne, não desistirá, mesmo depois de desencarnar.

Renovação, eis a palavra chave que bem define o divino Oxumaré que, em seu aspecto negativo, tem um mistério escuro chamado por nós de “Sete Cobras” ou “Sete Caminhos Tortuosos”, que é por onde transitam todos os seres que saíram do caminho reto e entraram nos desvios da vida, que sempre conduzem aos caminhos da morte.

Bem, já falamos sobre vários aspectos do nosso pai Oxumaré e de nossa amada mãe Oxum, que formam um par energético, magnético, vibratório que dá formação à segunda linha de Umbanda, que é a linha do Amor ou da Concepção.

Como dissemos, se nos estendêssemos daria um volumoso livro. Por isso encerramos aqui nosso comentário e vamos ensinar como se deve proceder para oferendar o divino Oxumaré.


Pai Rubens Saraceni

Teologia de Umbanda






Nota: Todos os destaques são meus.





OXUM










Oxum é o Trono irradiador do Amor Divino e da Concepção da Vida em todos os sentidos. Como “Mãe da Concepção” ela estimula a união matrimonial, e como Trono Mineral ela favorece a conquista da riqueza espiritual e a abundância material.


A Orixá Oxum é o Trono Regente do pólo magnético irradiante da linha do Amor e atua na vida dos seres estimulando em cada um os sentimentos de amor, fraternidade e união.

Seu elemento é o mineral e, junto com Oxumaré, forma toda uma linha vertical cujas vibrações, magnetismo e irradiações planetárias multidimensionais atuam sobre os seres e os estimula os sentimentos de amor e acelera a união e a concepção.

Na Coroa Divina, a Orixá Oxum e o Orixá Oxumaré surgem a partir da projeção do Trono do Amor, que é o regente do sentido do Amor.

Oxum assume os mistérios relacionados à concepção de vidas porque o seu elemento mineral atua nos seres estimulando a união e a concepção.

Todos devem saber que a água é o melhor condutor das energias minerais e cristalinas. Por esta sua qualidade única, surgem diversos tipos de água, sendo que a água “doce” dos rios é a melhor rede de distribuição de energias minerais que temos na face da Terra. E o mar é o melhor irradiador de energias cristalinas.

Saibam que a energia irradiada pelo mar é cristalina e a energia irradiada pelos rios é mineral. E justamente neste ponto, surgem confusões quando confundem a Orixá Oxum com Yemanjá.

A energia mineral está presente em todos os seres e também em todos os vegetais. E por isto Oxum também está presente na linha do Conhecimento, pois sua energia cria a “atração” entre as células vegetais carregadas de elementos minerais.

Já em nível mental, a atuação pelo conhecimento é uma irradiação carregada de essências minerais ou de sentimento típicos de Oxum, a concepção em si mesma.

Saibam que a Ciência dos Orixás é tão vasta quanto divina, e está na raiz do todo o saber, na origem de todas as criações divinas e na natureza de todos os seres.

É na Ciência dos Orixás que as lendas se fundamentam, e não o contrário. Leiam e releiam estes comentários até entenderem esta magnífica ciência divina e apreenderem suas chaves interpretadoras da ciência dos entrecruzamentos.

Se conseguirem estas duas coisas, temos certeza que daí por diante entenderão porque a rosa vermelha é usada como presente pelos namorados e a rosa branca é usada é usada pelos filhos quando presenteiam suas mães.

Ou porque se oferece rosas vermelhas para oferendar pomba-gira, rosas brancas para Yemanjá e rosas amarelas para oferendar Oxum, ou rosas “cor de rosa” para as crianças (Erês).

Saibam que, se todas são rosas, no entanto os pigmentos que as distinguem são os condutores de “minerais” e de energias minerais. Para um leigo, todas são rosas.

Mas para um conhecedor, cada rosa é um mistério em si mesma. E o mesmo acontece com cada cor, certo? Logo, o mesmo acontece com cada Orixá Intermediário, que são mistérios dos Orixás Maiores.

Saibam também que todo jardim com muitas roseiras é irradiador de essências minerais que tornam o ambiente um catalisador natural das irradiações de amor da divindade planetária que, amorosamente, chamamos de Mamãe Oxum.

Outra coisa que recomendo aos Umbandistas é: por que vocês, ao invés de oferecerem rosas às suas Oxuns, não plantam perto das cachoeiras mudas de roseiras?

As rosas murcham e logo apodrecem. Mas uma muda de roseira cresce, floresce, embeleza e vivifica o santuário natural dessas nossas mães do Amor.

Oferenda:
Velas brancas, azuis e amarelas; flores, frutos e essência de rosas; champagne e licor de cereja, tudo depositado as pé de uma cachoeira.


Pai Rubens Saraceni

Livro Teologia de Umbanda




Oyá













O “Tempo” é a chave do mistério da Fé regido pela nossa amada mãe Oiá, porque é na eternidade do tempo e na infinitude de Deus que todas as evoluções acontecem.

A orixá Oiá forma um pólo magnético vibratório e energético oposto ao do orixá Oxalá, e ambos regem a linha da Fé, que é a primeira das Sete Linhas de Umbanda, que são as sete irradiações divinas do nosso Criador.

Logo, o campo de atuação de nossa amada mãe Oiá é o campo da fé, onde flui a religiosidade dos seres, todos em continua evolução.

Oiá é a regente cósmica da linha da Fé, e tempo é o vazio cósmico onde são retidos todos os espíritos que atentam contra os princípios divinos que sustentam a religiosidade na vida dos seres.

“Tempo”, eis as qualidades, atributos e atribuições negativas de Oiá, de que tanto falamos e alertamos aos supostos pais de Santo ou magos negros que recorrem ao “Tempo” para prejudicar seus semelhantes com seus ebós sujos e suas magias negras.

Oiá é a orixá regente do pólo negativo da linha da Fé, que é a primeira das Sete Linhas de Umbanda e, com Oxalá assentado em seu pólo positivo, dão sustentação a todas as manifestações da fé e dão amparo a todos os “sacerdotes” virtuosos e guiados pelos princípios divinos estimuladores da evolução religiosa dos seres.

Quando Oiá “vira no tempo”, seja contra um seu filho direto quanto um seu filho indireto (que têm a coroa regida por outros orixás), então sua vida entra em parafuso e só deixará de rodar quando esgotar tudo de desregrado e desvirtuado que nela existia. Isto é Oiá, amados filhos dos orixás!

Mãe religiosa por sua excelência divina, mas mãe rigorosa por sua natureza cósmica, cujo principal atributo junto dos espíritos humanos é o de esgotar o lobo sanguinário que oculta-se por baixo da pele de cordeiro.

Enquanto Oxalá é irradiante, Oiá é absorvente, e enquanto os filhos de Oxalá são extrovertidos, os de Oiá são introspectivos e até um tanto tímidos, pois a natureza forte de sua mãe divina exige deles uma certa “beatitude” já que, das mães divinas, ela é a mais ciumenta por seus filhos amados e a mais rigorosa com os seus filhos relapsos. Isto é Oiá, amados filhos das nossas amadas mães divinas!

Se ela é assim, é porque ela é a orixá que, junto com Oxalá, rege a primeira linha de Umbanda, que é a linha da Religiosidade.

Logo, os filhos de Umbanda, que têm em Oxalá o divino Pai da Fé, também devem cultuar a divina mãe Oiá. Com ele no pólo positivo e ela no pólo negativo, forma-se o par dos orixás excelsos que regem a linha da Fé e estimulam a religiosidade nos seres.


Pai Rubens Saraceni

Livro Teologia de Umbanda