.OKEY CABOCLO!

.OKEY CABOCLO!
OKEY CABOCLO!

26/06/2011

DOMÍNIO E PODER







Domínio e poder: estas duas coisas – talvez porque mal entendidas, mal utilizadas como conceito, ou conceitos que são – levam, quem sabe, nos dias de hoje, a batalhas inúteis de uma guerra cuja vitória será inglória.

Podemos explicar de alguma maneira o que acabo de dizer.

Por mais alto que subíssemos, então, no tempo passado de nossa história, não conseguíamos enxergar, mesmo com olhos atentos, o fim de um imenso território. Pensávamos conosco ou cada um para si, lá no alto da montanha: o que eu posso dominar, aquém dos limites que não consigo enxergar?

Olhávamos, então, ou cada um, para o céu e a imensidão era ainda maior. Tínhamos a consciência perfeita de mesmo sendo pequenos, diante da natureza, que tínhamos um valor intrínseco e verdadeiro que fazia com que cada um de nós compusesse ou fizesse parte daquele universo infinito.

Olhávamos para baixo, então, e na planície que se estendia até onde nossa vista pudesse alcançar, víamos as tribos distribuídas, muito próximas quem sabe, e tínhamos a consciência de poucos de vocês, da modernidade.

Tínhamos a certeza de que cada tribo e todas elas compunham uma só nação. Mesmo com as diferenças sentíamos, mesmo que fosse por alguns momentos; somos apenas um.

Com esta sensação maravilhosa, eu diria, da consciência de ser humano e de reconhecer no outro o irmão, aí sim, mesmo sem o domínio,  de todas as terras, tínhamos o poder imenso de reconhecer que estávamos entre o território e o céu infinito.

E tínhamos a sensação indescritível de sermos todos, e cada um, uma pequena chama, uma minúscula centelha mas com a mesma intensidade de luz daquela do Grande Espírito.

Unam-se amigos e irmãos diante de sua bandeira. Desprendido de todos estes conceitos mas com o conhecimento do verdadeiro poder. Converse com cada um de vocês no silêncio intimo e íntegro.


( Pedra Alta )
Por Helen Ians




ANJOS









Eles existem, sim.
Se quiser sentir-lhes a presença, olhem para cima, nos céus.
Se quiserem saber quantos são, contem as estrelas.
Se quiserem ter um só que seja, perto de vocês, 
abracem com amor uma criança e terão a certeza que os anjos existem, sim.

Agradeço a presença de milhões de anjos aqui.


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De cima da montanha podemos ver o mundo abaixo de nós, em toda a sua beleza. 
Mas a maior beleza é estar abaixo do céu, mas no coração do Pai.

( Pedra Alta )


Por Helen Ians



23/06/2011

MENSAGEM DO CABOCLO TAMBORÉ






Se o Grande Chefe me permite, Tamboré quer deixar recado aqui nesta Casa.  

Quando vai fazer encontro das águas, não poderia deixar aqui de estar presente. Uma vez feito um encontro destes, se colocar dois pássaros na garra grande – como aqui fala:  gavião, pássaro de vôo livre, de caça – dois pássaros respeitando o espaço do outro… Mas se estão dentro de espaço pequeno, acabam por se estranhar.

Homem branco, aqui, se faz encontro com opiniões diferentes, é difícil dizer, mas não está satisfeito e acaba por se estranhar.

Dentro da casa, aonde faz encontro, é importante ter grande respeito porque todos os pássaros são livres e fortes, aos olhos do Guerreiro Pai.

Não se lança uma pergunta sem antes ouvir a resposta do que te trouxe a dúvida. E tem coisa que não são vocês mesmos que tem que responder. Quando os guerreiros aqui fazem,  a sós, perguntas, os guerreiros já vem com as suas próprias respostas, suas conclusões. E estas respostas são traiçoeiras.

Se perceber que as dúvidas tiram você de um encontro, é necessário que os guerreiros aqui saiam com a cabeça tranqüila, sem dúvidas. E como sair com a cabeça tranqüila? É entendendo que o plano espiritual que aqui se apresenta, deixando a vocês estas mensagens de luz, é necessário como aqui vem falando, colocar em prática.

Ao perceber que os guerreiros  tem dificuldades de colocar em prática, as irmandades aqui presentes pedem a vocês, guerreiros, que conversem, não perguntando às vezes somente da matéria. Lembrem que, aqui, a corrente tem muitos ensinamentos que vão fazer vocês conquistarem a outra parte da matéria. 

Como dizia um grande estudioso, o importante não é o peixe frito mas é aprender a pescar e saber qual rio dá o melhor peixe. Que o Grande Mestre permita que vocês saiam daqui, renovados.

Muito obrigado pela oportunidade. 


( Guerreiro Tamboré )


Por Helen Ians, em Arte de viver  em setembro 17, 2010 


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ÍNDIO


 


TENHO UM CABOCLO DENTRO DE MIM
QUE BATE TAMBOR, QUE CHEIRA FLORESTA.
QUE É O VAPOR DA ÁGUA QUE CAI.
QUE ANDA PELADO, QUE SENTE NA PELE
A FORÇA DO VERDE.
QUE ANDA DESCALÇO E TEM A COR DA TERRA.
ESSE CABOCLO NÃO MANDA EM NADA
DEIXA A NATUREZA MANDAR  NA SUA VIDA
E ORIENTAR SUA CAMINHADA.
ÊÊÊÊ CABOCLO!!!!



CARLOS



18/06/2011

CARTA DO CAÇIQUE MUTUA À TODOS OS POVOS DA TERRA








O Sol me acordou dançando no meu rosto. Pela manhã, atravessou a palha da oca e brincou com meus olhos sonolentos.


O irmão Vento, mensageiro do Grande Espírito, soprou meu nome, fazendo tremer as folhas das plantas lá fora.



Eu sou Mutua, cacique da aldeia dos Xavantes. Na nossa língua, Xingu quer dizer água boa, água limpa. É o nome do nosso rio sagrado.



Como guiso da serpente, o Vento anunciou perigo. Meu coração pesou como jaca madura, a garganta pediu saliva. Eu ouvi. O Grande Espírito da floresta estava bravo.



Xingu banha toda a floresta com a água da vida. Ele traz alegria e sorriso no rosto dos curumins da aldeia. Xingu traz alimento para nossa tribo.



Mas hoje nosso povo está triste. Xingu recebeu sentença de morte. Os caciques dos homens brancos vão matar nosso rio.



O lamento do Vento diz que logo vem uma tal de usina para nossa terra. O nome dela é Belo Monte. No vilarejo de Altamira, vão construir a barragem. Vão tirar um monte de terra, mais do que fizeram lá longe, no canal do Panamá.



Enquanto inundam a floresta de um lado, prendem a água de outro. Xingu vai correr mais devagar. A floresta vai secar em volta. Os animais vão morrer. Vai diminuir a desova dos peixes. E se sobrar vida, ficará triste como o í ndio.



Como uma grande serpente prateada, Xingu desliza pelo Pará e Mato Grosso, refrescando toda a floresta. Xingu vai longe desembocar no Rio Amazonas e alimentar outros povos distantes.



Se o rio morre, a gente também morre, os animais, a floresta, a roça, o peixe tudo morre. Aprendi isso com meu pai, o grande cacique Aritana, que me ensinou como fincar o peixe na água, usando a flecha, para servir nosso alimento.



Se Xingu morre, o curumim do futuro dormirá para sempre no passado, levando o canto da sabedoria do nosso povo para o fundo das águas de sangue.



Hoje pel a manhã, o Vento me levou para a floresta. O Espírito do Vento é apressado, tem de correr mundo, soprar o saber da alma da Natureza nos ouvidos dos outros pajés. Mas o homem branco está surdo e há muito tempo não ouve mais o Vento.



Eu falei com a Floresta, com o Vento, com o Céu e com o Xingu. Entendo a língua da arara, da onça, do macaco, do tamanduá, da anta e do tatu. O Sol, a Lua e a Terra são sagrados para nós.



Quando um índio nasce, ele se torna parte da Mãe Natureza. Nossos antepassados, muitos que partiram pela mão do homem branco, são sagrados para o meu povo.



É verdade que, depois que homem branco chegou, o ho mem vermelho nunca mais foi o mesmo. Ele trouxe o espírito da doença, a gripe que matou nosso povo. E o espírito da ganância que roubou nossas árvores e matou nossos bichos. No passado, já fomos milhões. Hoje, somos somente cinco mil índios à beira do Xingu, não sei por quanto tempo.



Na roça, ainda conseguimos plantar a mandioca, que é nosso principal alimento, junto com o peixe. Com ela, a gente faz o beiju. Conta a história que Mandioca nasceu do corpo branco de uma linda indiazinha, enterrada numa oca, por causa das lágrimas de saudades dos seus pais caídas na terra que a guardava.



O Sol me acordou dançando no meu rosto. E o Vento trouxe o clamor do rio que está bravo. Sou corajoso guerreiro, não temo nada.



Caminharei sobre jacarés, enfrentarei o abraço de morte da jiboia e as garras terríveis da suçuarana. Por cima de todas as coisas pularei, se quiserem me segurar. Os espíritos têm sentimentos e não gostam de muito esperar.



Eu aprendi desde pequeno a falar com o Grande Espírito da floresta. Foi num dia de chuva, quando corria sozinho dentro da mata, e senti cócegas nos pés quando pisei as sementes de castanha do chão. O meu arco e flecha seguiam a caça, enquanto eu mesmo era caçado pelas sombras dos seres mágicos da floresta.



O espírito do Gavião Real agora aparece rodopiando com suas grandes asas no céu.



Com um grito agudo perguntou:


Quem foi o primeiro a ferir o corpo de Xingu?


Meu coração apertado como a polpa do pequi não tem coragem de dizer que foi o representante do reino dos homens.


O espírito do Gavião Real diz que se a artéria do Xingu for rompida por causa da barragem, a ira do rio se espalhará por toda a terra como sangue e seu cheiro será o da morte.


O Sol me acordou brincando no meu rosto. O dia se abriu e me perguntou da vida do rio. Se matarem o Xingu, todos veremos o alimento virar areia.


A ave de cabeça majestosa me atraiu p ara a reunião dos espíritos sagrados na floresta. Pisando as folhas velhas do chão com cuidado, pois a terra está grávida, segui a trilha do rio Xingu. Lembrei que, antes, a gente ia para a cidade e no caminho eu só via árvores.


Agora, o madeireiro e o fazendeiro espremeram o índio perto do rio com o cultivo de pastos para boi e plantações mergulhadas no veneno. A terra está estragada. Depois de matar a nossa floresta, nossos animais, sujar nossos rios e derrubar nossas árvores, querem matar Xingu.


O Sol me acordou brincando no meu rosto. E no caminho do rio passei pela Grande Árvore e uma seiva vermelha deslizava pelo seu nódulo.


Quem arrancou a pele da nossa mãe? gemeu a velha senhora num sentimento profundo de dor.


As palavras faltaram na minha boca. Não tinha como explicar o mal que trarão à terra.


Leve a nossa voz para os quatro cantos do mundo clamou O Vento ligeiro soprará até as conchas dos ouvidos amigos ventilou por último, usando a língua antiga, enquanto as folhas no alto se debatiam.


Nosso povo tentou gritar contra os negócios dos homens. Levamos nossa gente para falar com cacique dos brancos. Nossos caciques do Xingu viajaram preocupados e revoltados para Brasília. Eu estava lá, e vi tudo acontecer.


Os caciques caraí bas se escondem. Não querem olhar direto nos nossos olhos. Eles dizem que nos consultaram, mas ninguém foi ouvido.


O homem branco devia saber que nada cresce se não prestar reverência à vida e à natureza. Tudo que acontecer aqui vai voar com o Vento que não tem fronteiras. Recairá um dia em calor e sofrimento para outros povos distantes do mundo.


O tempo da verdade chegou e existe missão em cada estrela que brilha nas ondas do Rio Xingu. Pronta para desvendar seus mistérios, tanto no mundo dos homens como na natureza.


Eu sou o cacique Mutua e esta é minha palavra! Esta é minha dança! E este é o meu canto!


Porta-voz da nossa tradição, vamos nos fortalecer. Casa de Rezas, vamos nos fortalecer. Bicho-Espírito, vamos nos fortalecer. Maracá, vamos nos fortalecer. Vento, vamos nos fortalecer. Terra, vamos nos fortalecer.



Rio Xingu! Vamos nos fortalecer!



Leve minha mensagem nas suas ondas para todo o mundo: a terra é fonte de toda vida, mas precisa de todos nós para dar vida e fazer tudo crescer.



Quando você avistar um reflexo mais brilhante nas águas de um rio, lago ou mar, é a mensagem de lamento do Xingu clamando por viver.



Cacique Mutua
 
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http://pistasdocaminho.blogspot.com/2011/06/carta-do-cacique-mutua-todos-os-povos.html



12/06/2011

PALAVRAS DO CABOCLO COBRA CORAL






PONTO:

Um grito de guerra

Ecoou

La nas matas

De Oxóssi

Toda a floresta

Silenciou

Povo de Aruanda

Não gostou

Caboclo guerreiro

Viu homem branco

Caçar bicho da mata

Onça pintada

Pássaros

Pra vender pro Sinhô

Seu Cobra Coral

Chegou

Sou caboclo da terra

Nas minhas veias

Corre a seiva da mata

Ninguém toca na natureza

Sem a justiça de Xangô

EPA-BABÁ, meu pai

Oxalá

EPA-BABÁ, Nosso Senhor!


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Compreendam que tudo é energia, inclusive vocês. Toda energia é composta de um padrão vibratório. As energias afins se unem e as distintas se repelem por natureza própria.

Sendo assim, meus filhos, a afinidade por uns e o distanciamento de outros é natural do ser, devido a emanação de sua energia. A afinidade é natural, mas o respeito pelo outro é obrigação, apesar do distanciamento.

Esse diferença energética não faz ninguém melhor ou pior do que ninguém, só os faz diferentes. Compreendam isso, e seus relacionamentos serão sempre proveitosos.


Palavras do Caboclo Cobra Coral (Kiinin)
http://aruandaondee.blogspot.com/2010/02/



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Pedra Alta- Momento de mudança...




 


...Em que espelho olham?


Pouca coisa a acrescentar ao que já sabiamente foi dito aqui nesta lua. Mas vale a pena prosseguir nesta linha e mostrar a vocês, quem sabe, onde está, eu pergunto a vocês, o inimigo?

Acredito que seja uma pergunta interessante, pois identificá-lo, a nível de sua ameaça, talvez justifique o modo como muitos de vocês agem, defensivos, quase o tempo todo.

E eu pergunto outra vez, não onde está, mas quem é o inimigo? E na verdade, talvez respondendo por vocês,  o mais ameaçador de todos reflete-se no espelho quando, fora do equilíbrio, vocês mesmo se vêem feios.

Mas eu duvido que, felizes, confiantes, plenos e conscientes de suas capacidades, junto à grandeza da natureza, em campo aberto, onde espelho é a superfície plana de um lago azul que reflete o céu. Em um lugar assim, em um momento como este, o seu reflexo é deslumbrante, com certeza.

Portanto, em que espelhos estão se olhando? Em quais modelos vocês se baseiam para seguir em frente?

Talvez seja mesmo, como já dissemos, o momento de mudança, virada de um ciclo, em direção ao novo mundo. Talvez por isso se sintam com medo, retraídos em uma insegurança diante do desconhecido.

Pois bem: abram os olhos, estufem o  peito, olhem ao sol, desafiem a vida, no bom sentido. Nada, nem ninguém, pode ser seu inimigo, porque se fosse, não estaria à altura dos seus olhos, que olham para o alto, como disse, desafiando o sol. E esta autoconfiança, esta certeza, esta força que vocês tem, não poderá jamais se transformar no excesso e na arrogância.

O exercício contrário é perfeito, como fazíamos nós em silêncio, à noite. Às vezes, sozinhos, para estarmos perto de nós mesmos, em noite de lua grande, alguns de nós ajoelhávamos com respeito à beleza.

Nem por isso, éramos, nesta suavidade, menos homens, menos guerreiros e menos valentes. Portanto, filhos, irmãos, amigos, alternem ousadia e coragem com delicada e sutil humildade. 

Ousadia e coragem não é arrogância, nem a humildade, subserviência. Este talvez seja o segredo do equilíbrio em suas relações internas, pessoais, e nas relações com todos que nós chamávamos tribo, nação e vocês chamam sociedade. 

Que a paz possa estar no fundo de cada um de vocês, para que reflitam e sejam vocês, espelhos perfeitos para os novos tempos.


( Pedra Alta )


Por Helen Ians em Arte de viver



10/06/2011

Pedra Alta



 


Chefes, caciques, xamãs de si mesmos.

Muitos de vocês se perguntam muitas vezes a respeito da linguagem com que nos comunicamos com vocês, plena de significados, símbolos e até segredos, desvendados por sinais. Aos poucos vamos traduzindo esta forma de dizer e a essência de ser.

Rituais que, na verdade, todos fazem a cada dia, simples como sentar-se à mesa com iguais, dentro de suas tipis, no cerne da família, durante as refeições. Alguns perderam este hábito e deveriam reavê-lo. Nada mais sagrado do que este encontro.

Um outro exemplo é dado por nós: aqueles que tem a memória da tribo e sentem a sua presença, nos vêem, muitas vezes com penas sobre a cabeça, que simbolizam os grandes chefes e os xamãs em momentos muito especiais.

A leveza de ser e o movimento, quando o movimento faz com que estas penas como se fossem pensamentos que ficam para trás. Aí está o segredo quando algo se vai e se olha para a frente: aquele instante absolutamente presente é a própria consciência de quem somos ou de quem são vocês. Aparentemente simples, não é?

Raramente praticado nesta civilização de vocês que, infelizmente, criam muitas paredes, muros, alguns intransponíveis, onde a energia não flui.

Eu peço a vocês, abram portas e janelas de suas casas, no mais amplo sentido e deixem que o vento movimente as penas sobre suas cabeças, como se fossem, cada um de vocês, Caciques da tribo – e readquiram o poder verdadeiro de olhar altivo, com dignidade para a frente. 

Aí sim, ao invés de se calarem, como muitas vezes dizemos, para não dizer impropérios, gritem bem alto: Eu quero! Eu posso! Eu faço! – como uma ordem ao Universo, sem arrogância mas com confiança, com certeza.

Todos podem ser e serão assim, chefes, caciques, xamãs de si mesmos. Este é um dos rituais, um dos símbolos na linguagem magnífica da espiritualidade, que faz com que vocês expressem o seu autoconhecimento.

Que se valorizem por dentro e sejam mais atraentes, mais respeitados, encantadoramente grandiosos como cada um de vocês pode ser. Sejam bem vindos, grandes chefes de si mesmos que se reconhecem como iguais e que sentam à mesma mesa, em círculo como fazemos nós, irmãos de tribo e descendentes de uma mesma nação. 

Wakan Tanka! Só ele, Grande Espíritro, é maior que vocês.

Honrados estamos com a presença grandiosa de vocês, chefes, caciques de si mesmo.
 

( Pedra Alta)



Por Helen Ians, em Conselhos , em agosto 18, 2010 


 


04/06/2011

CABOCLO PENA PRETA


EM ALGUMAS PARTICULARIDADES DOS CABOCLOS


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O Guardião do Sol



 
Os Carajás, Nação Indígena que habita as margens do Rio Araguaia, possuem uma Lenda da Criação... toda especial e própria... eles se consideram : O povo que veio do furo da pedra... em uma semelhança incrível com Omulu do continente africano...
O mesmo Mito reverbera em diversos locais!

O Mundo era escuro e frio... e os feiticeiros tentavam a luz a qualquer preço...

Pajés eram responsáveis por clarear a vida...





Eles caçavam vaga-lumes para prendê-los em pequenas cestas de palha as quais eram utilizadas como lanternas...
Um dia um Bravo feiticeiro desafiou o Urubu Rei para que este libertasse o Sol...
Mas foi vencido... e quando o Grande Urubu pousou vitorioso sobre o corpo do Pajé Guerreiro, abriu suas asas e delas o grande astro surgiu... Iluminando a vida!


Conta outra parte da Lenda de Origem dos Carajás que eles moravam dentro das pedras...
onde era escuro... ( Feito a Alegoria da Caverna de Platão ) E um dia um bravo grupo de guerreiros resolveu sair, e por isto foram caçados e perseguidos, e tidos como loucos 'hereges' e 'profanos'
pelos seus irmãos que amavam ainda a escuridão!
Ao cruzar o furo da pedra imensa... depararam-se com o Dia!
E perceberam que estavam agora no Paraíso!
Que grande lição nos trás esta lenda... este mito... se tornaram profanos aos olhos dos seus familiares para serem moradores do Paraíso!
Que grande alegoria, das nossas religiões, e do comportamento sócio-religioso que nos é exigido!...
Acaso não é sempre que o Novo é tentado...
é perseguido quem o tenta!?
Este Povo está intimamente ligado a Tribo Urubu... ao Povo Urubu, sim isto mesmo!
Aqueles pássaros pretos imensos, que aqui no Brasil costumamos ver no céu toda hora, ( Os Abutres também trabalham como Totens, com o mesmo poder! ) aqui temos os urubus voando bem alto, ou no meio da carniça...
Os Carajás sabiam, que além de serem lixeiros naturais, limpadores da Terra, os Urubus, eram os Guardiões da Luz, e a eles eram atribuídos Dons de Cura e Iluminação...



 
Desta linhagem de Espíritos Trabalhadores, surge o Caboclo Pena Preta, Feiticeiro Vodum,
De Omulu, e de Kananciuê ( Ou Oxumarê! ) Ligado ao culto de Dhaomé pela Serpente do Arco-Íris que é Oxumarê, o Renovador da Vida.
Caboclo Urubu ou Pena Preta, é Curador Exímio, Despertador da Luz, onde as trevas reinam absolutas,
trabalha com os Exus do Cemitério e da Morte ( Guardiões da Morte ) e com os Guardiões da Vida!



 
Um Caboclo pouco conhecido na Umbanda.
Salve Caboclo Urubu!
Saravá Feiticeiro Negro!
Okê Seo Pena Preta!

Ele ensina que este mundo possui Mistérios Profundos...

e que a noite é necessária, para 'embalar' o dia!
Ensina que nas trevas mais densas existe Luz!
Ensina assim Integração da Personalidade!
E desperta o Dom da Cura e da Expulsão de espíritos vagantes!



 
Eu particularmente, tenho um Amor imenso pelos Urubus, desde pequeno...
Uma amiga e irmã querida que também os ama, me ensinou a observá-los e assim aprendi o Oráculo dos Urubus...



 
E agora reencontro o Guardião Poderoso, Caboclo Pena Preta!
E a Familia do Povo Urubu!
Reencontrei minha linhagem de Antepassados Carajás.
E lhes pude retribuir tanto Amor e Conhecimento!
Que lindo! ( Chorei de Alegria quando os reencontrei! )
E como diz um Ponto de firmeza dele, ( Passado pelo próprio! ) ele Desperta o Amanhecer, ele é portanto,
um dos Despertadores do Novo Sol, do Novo Mito!

"Eh hê! Guardião do Sol

Eh hê! Guardião da Luz
Seo Pena Preta
desperta o amanhecer!"


 
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Ritual para Chamar a Luz do Caboclo Pena Preta


Deve ser realizado as cinco e meia da manhã:


Uma Vela Preta e Branca e uma Vela Dourada,

acenda no seu altar, coloque ao lado esquerdo uma onix preta e um citrino ou pedra do sol,
no meio das duas pedras, um cristal de quartzo que tenha um arco-íris dentro, ( mesmo que pequeno)
um copo com água mineral gasosa, levemente gelada, entre as velas.

Chame o Caboclo Pena Preta:


Eu Peço Licença ao Divino Criador, e a meus Guaridiões

e Saúdo o Guardião do Amanhecer!
Peço que venha até mim neste amanhecer do Novo Dia!
E leve embora a Morte
e deixe comigo o Sol!
Amém Amém Amém!
Agradeço ao Senhor Pena Preta!

Abra tuas asas Espírito do Urubu!

Abra tuas asas e devolva o sol da minha alma!
Eu vos Saúdo Nação Urubu!
Eu vos Saúdo Nação Carajá, dos Guartdiões da Luz!!!

Beba a água toda do copo, pensando: Eu bebo da Água da Vida!


Agradeça, fique em silêncio por um pouco e então faça seus pedidos

SEMPRE pedidos de paz para sua familia, de cura para alguém, de saúde inabalável, de livramento de ataques psíquicos, magias negras e bruxedos... pode pedir pela cura imediata das depressões e síndrome do pânico.

( Nunca peça por afastamento de casais, ou para casar, nunca peça maldades! Pois estas coisas todas sempre lhe serão cobradas além é claro de não serem realizadas! )


Deixe as velas queimarem, e depois guarde o cristal de quartzo com o arco-íris, junto com você, pode levá-lo sempre consigo ou deixá-lo em seu altar ou criado-mudo, sempre limpo como se deve limpar os critais ( se não sabe procure no Google! ) pode ficar sempre visível, mas não deve ser tocado por outras pessoas com frequência, se acontecer não entre em choque está tudo bem! Pode limpá-lo novamente da maneira tradicional e deixá-lo por perto sempre!...


As outras duas pedras, onix e citrino ou pedra do sol ( dependendo da que vc escolheu! ) guarde dentro de uma sacola ou bolsa-descartável, pois você não deve colocar dentro de outra bolsa nem de um bolso , e leve o mais rápido possível a um cemitério ou campo aberto, peça licença aos Guardiões do lugar escolhido, ( Se for no Cemitério vá até o Cruzeiro peça licença aos Guardiões do Cruzeiro e deixe ali ) Lembre-se que:

para entrar em ambos os lugares e para deixar ali as pedras, você deve pedir licença, e licença para sair, ao sair saia agradecido. Agradeça mais uma vez ao Caboclo Pena Preta, Feiticeiro Pena Preta, Pajé Negro... neste momento você saberá como chamá-lo! E saiba que a partir daí, você será intuído a se tornar um Despertador do Sol, em sua casa, no seu trabalho e no seu amor!

A partir deste momento terá a Proteção do Caboclo Pena Preta!




 
E tenha a certeza que o amanhecer lhe trará uma nova vida
de harmonia e paz...



 
Como Animal Toten ou de Poder, ele come as energias estagnadas em seu corpo energético, e em sua vida, e as transmuta.
São curadores e limpadores dos Pontos de Força ou Vórtices de Energia Planetários, bem como dos Chácras Planetários!

( Este Blog pretende também difundir um Novo olhar sobre o Xamanismo e a Umbanda. Um olhar mais harmonioso, sem crendices, onde mostra que este Caminho é BELO HARMÔNICO E ILUMINADO, sem a farsa que a ele foi atribuído por inúmeros charlatães! )





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Imagens desta postagem: Urubu/Google Imagens
Pajé Carajá/ Google Imagens.



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OBS.: Este post ( lindo! ) é uma cópia fiel do original feito por um irmão muito amado, William Garibaldi, do blog O NOVO MITO , recomendo:

http://onovomito.blogspot.com/2011/06/o-guardiao-do-sol.html


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